Enchentes: Eldorado vive pesadelo, com 20 mil desalojados
População da cidade é de 37 mil. Quem não está fora de casa tenta ajudar os atingidos pela chuvarada
O acesso principal de Eldorado do Sul (RS) está bloqueado. Os pátios das empresas às margens da rodovia estão alagados. No momento, a água é o maior pesadelo dos cerca de 20 mil moradores desalojados – o município tem 37 mil residentes. O cenário logo choca. Há água acumulada nas ruas e parece que todos os habitantes estão fora de casa. Alguns vagam aparentemente sem rumo enquanto outros se ocupam de salvar pertences.
Quem não está desabrigado tenta ajudar. No ginásio Loteamento Popular, no Centro, o vice-prefeito, Domingos Sávio, lamenta a situação. “Só em 1967 houve enchente parecida com essa”. Ali estão desalojadas 220 famílias. A alimentação é preparada por voluntários, que também recolhem mantimentos. “Por mais que a gente acolha bem, dê comida e roupa, ninguém queria estar aqui”, lembrou.
Bruna, 23, e os três filhos – de 8, 4 e 3 anos – chegaram no sábado. “Subimos móveis com tijolos antes de sair, mas parece que a água já atingiu mais da metade da casa”, lamenta. Colchões acumulam-se enfileirados. São eles que delimitam o espaço de cada família. Essa é a terceira vez que uma enchente atinge a cidade neste ano. Na primeira, não houve desabrigados. Na segunda, há 3 meses, 15 famílias tiveram de deixar suas casas. “Agora praticamente a cidade inteira foi atingida”, disse Sávio.
Fonte: Correio do Povo, página 13 de 13 de outubro de 2015.
Empregos: geração tem pior resultado em 15 anos
Brasília – O Brasil criou 623.077 empregos formais (com carteira assinada) em 2014 – uma redução de 58% no crescimento de vagas ante o ano anterior, quando foram abertos 1,49 milhão de postos. Os dados são da Relação Anual de Informações Sociais (Rais) divulgados ontem pelo Ministério do Trabalho. Este é o pior resultado desde 1999, quando o país criou 501.630 vagas de emprego.
Além dos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), que englobam os trabalhadores celetistas, os números da Rais também incluem os servidores públicos federais, estaduais e municipais.
A indústria foi o setor com o pior desempenho na geração de empregos formais em 2014, com o fechamento de 121,7 mil vagas. Em seguida vem a construção civil (queda de 76,9 mil).
Entre os cinco setores da economia que apresentaram saldo positivo em 2014, o destaque ficou com serviços, que criou 587 mil vagas, seguido do comércio, que abriu 217 mil novos postos. O cenário em 2015 não demonstra que o saldo positivo do ano passado vai se repetir. O dado mais recente disponível mostra que nos sete primeiros meses deste ano foram fechadas 494 mil vagas de trabalho, segundo levantamento do Caged, também divulgado pelo ministério.
O saldo de empregos formais de agosto, que será apresentado no final da próxima semana, deve ser negativo. Mas o ministro Manoel Dias espera que os números do Caged do mês passado apresentem uma queda menos intensa do que a registrada em julho, quando houve retração de 158 mil postos.
Fonte: Correio do Povo, página 6 de 10 de setembro de 2015.
Encenação abre mostra de internos da Fase
A arte é uma forma de menores que têm privação de liberdade na Fundação de Atendimento Socioeducativo (Fase) mostrarem a delicadeza e até um sinal de que podem ser ressocializados. Os quadros feitos por 25 adolescentes estão expostos até o dis 15 no Memorial do Ministério Público, na Praça da Matriz, Porto Alegre. As telas são uma mostra do que as oficinas com o artista plástico Aloizio Pedersen realizam por esses jovens. “Este é um novo olhar sobre o presídio, sobre o cárcere”, disse ele. Na abertura da exposição, um dos jovens da Fase fez uma encenação atrás de grades.
Fonte: Correio o Povo, página 14 de 3 de outubro de 2015.
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