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terça-feira, 29 de dezembro de 2015

Apesar dos avanços, combate ao ebola no oeste da África ainda requer atenção


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A epidemia de ebola registrada no oeste da África foi definida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como a maior, mais severa e mais complexa já registrada na história da humanidade. Até o dia 20 de dezembro deste ano, 28.637 casos foram identificados em todo o mundo, além de 11.315 mortes. No Brasil, pelo menos dois casos suspeitos foram registrados – um em Cascavel (PR) e outro em Belo Horizonte (MG) – e, posteriormente, descartados.
O vírus foi identificado pela primeira vez em 1976 em dois surtos simultâneos – um em Nzara, no Sudão, e outro em Yambuku, na República Democrática do Congo. Na atual epidemia, iniciada em 2014, foram confirmados mais casos e mais mortes provocadas pela infecção do que em todos os surtos anteriores somados. A doença, conhecida como febre hemorrágica ebola, é grave e geralmente fatal em humanos, sobretudo se não tratada.
epa04339981 A photograph made available 03 August 2014 shows a Liberian nurse in protective clothing being sprayed with disinfectant after preparing several bodies of victims of Ebola for burial in the isolation unit of
Na Libéria, enfermeiro passa por descontaminação após ter contato com corpos de vítimas do ebolaAhmed Jallanzo/EPA/Agência Lusa/ Direitos Reservados
Outro agravante, segundo a OMS, é que o ebola, desta vez, cruzou fronteiras e se espalhou entre diversos países, começando pela Guiné e passando por Serra Leoa, Libéria, Nigéria, Senegal, Mali e Estados Unidos. As nações mais seriamente afetadas pela doença foram Guiné, Libéria e Serra Leoa, em razão de sistemas de saúde precários e por se tratarem de localidades que enfrentaram recentemente períodos de conflito e instabilidade.
epaselect epa04350775 A Liberian woman from the Women in Peace Building Network (WIPNET) distributes Ebola sensitization information to girls at the WIPNET prayer ground in Monrovia, Liberia 12 August 2014. According to
Em Serra Leo, civis distribuem material informativo na tentativa de conter surto de ebola EPA/Agência Lusa/Direitos Reservados
A própria OMS admite que a atual epidemia ganhou proporção tão grande que muitos temiam que o vírus ebola fosse o patógeno responsável pelo fim da civilização. “Agora, um ano depois, o terror foi substituído pela confiança de que forte liderança; adaptação da resposta a culturas e ambientes; e inovação viraram a maré”, declarou a instituição.
Dados coletados pela entidade mostram que a Libéria conseguiu interromper a transmissão da doença e que Serra Leoa está próximo de atingir o mesmo marco. Guiné, por sua vez, ainda registra casos de infecção por ebola, mas em números bem mais baixos que os anteriormente registrados e por meio de surtos passíveis de serem controlados.
Este mês, a diretora-geral da OMS, Margaret Chan, declarou que a epidemia de ebola permanece classificada como emergência em saúde pública de interesse internacional, mantendo o decreto emitido em agosto do ano passado. Até o momento, nenhuma vacina contra a doença foi licenciada, mas dois candidatos em potencial, segundo a entidade, estão em avaliação.
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Agência Brasil


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