sexta-feira, 20 de novembro de 2015

Único senador do PSol anuncia saída da sigla

Prazo de troca de partido para concorrer em 2016 termina na sexta-feira


O senador Randolfe Rodrigues (AP) e o prefeito de Macapá, Clécio Luís, anunciaram ontem que deixarão o PSol. Único senador eleito pelo partido, Randolfe disse que deixa a sigla porque o ambiente político exige maior capacidade de articulação. Em seu discurso, não houve tom de mágoa. O senador disse que o PSol é um partido “irresponsável do ponto de vista ético e de prática parlamentar irretocável”. Randolfe afirmou que deixa a sigla para fortalecer suas convicções, e não para abandoná-las. Clécio Luís foi o único prefeito de capital eleito pelo PSol.
Embora não tenha revelado qual seu destino, a presença do engenheiro Alcione Cavalcante, do diretório nacional da Rede, indica a ida de Randolfe para a a legenda da ex-senadora Marina Silva, que obteve registro na semana passada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Quando tomou a palavra, Cavalcante convidou o senador para ingressar na Rede. Randolfe se reúne hoje, às 15h, com Marina.
Deputados e senadores insatisfeitos com seus partidos se movimentam para trocar de legenda a tempo de concorrer nas eleições municipais de 2016. O prazo para que um candidato possa se registrar em uma legenda e disputar um cargo eletivo no ano que vem termina na próxima sexta-feira, exatamente um ano antes do dia de votação das próximas eleições.
A legislação eleitoral exige que um candidato esteja filiado a partido político ao menos um ano antes do pleito. Mas esse prazo poderá mudar se a presidente Dilma Rousseff sancionar o projeto de lei da reforma política aprovado no senado e na Câmara que estabelece somente seis meses de antecedência e não mais um ano. Após 18 anos no PT, o deputado Alessandro Molon (RJ), um dos vice-líderes do partido na Câmara, se registrou na última quinta-feira na Rede, com a intenção de ser candidato a prefeito do Rio de Janeiro.



Fonte: Correio do Povo, página 3 de 28 de setembro de 2015. 

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