Prazo de troca de partido para
concorrer em 2016 termina na sexta-feira
O senador Randolfe Rodrigues (AP) e o
prefeito de Macapá, Clécio Luís, anunciaram ontem que deixarão o
PSol. Único senador eleito pelo partido, Randolfe disse que deixa a
sigla porque o ambiente político exige maior capacidade de
articulação. Em seu discurso, não houve tom de mágoa. O senador
disse que o PSol é um partido “irresponsável do ponto de vista
ético e de prática parlamentar irretocável”. Randolfe afirmou
que deixa a sigla para fortalecer suas convicções, e não para
abandoná-las. Clécio Luís foi o único prefeito de capital eleito
pelo PSol.
Embora não tenha revelado qual seu
destino, a presença do engenheiro Alcione Cavalcante, do diretório
nacional da Rede, indica a ida de Randolfe para a a legenda da
ex-senadora Marina Silva, que obteve registro na semana passada no
Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Quando tomou a palavra, Cavalcante
convidou o senador para ingressar na Rede. Randolfe se reúne hoje,
às 15h, com Marina.
Deputados e senadores insatisfeitos
com seus partidos se movimentam para trocar de legenda a tempo de
concorrer nas eleições municipais de 2016. O prazo para que um
candidato possa se registrar em uma legenda e disputar um cargo
eletivo no ano que vem termina na próxima sexta-feira, exatamente um
ano antes do dia de votação das próximas eleições.
A legislação eleitoral exige que um
candidato esteja filiado a partido político ao menos um ano antes do
pleito. Mas esse prazo poderá mudar se a presidente Dilma Rousseff
sancionar o projeto de lei da reforma política aprovado no senado e
na Câmara que estabelece somente seis meses de antecedência e não
mais um ano. Após 18 anos no PT, o deputado Alessandro Molon (RJ),
um dos vice-líderes do partido na Câmara, se registrou na última
quinta-feira na Rede, com a intenção de ser candidato a prefeito do
Rio de Janeiro.
Fonte: Correio do Povo, página 3 de
28 de setembro de 2015.
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