Palestrante do jantar do Grupo de Estudos Médicos (GEM) do Sindicato Médico do RS (Simers), o filósofo e escritor Luiz Felipe Pondé tratou de um tema controvertido, no Salão Mercosul, do hotel Sheraton. Para um público de mais de 200 pessoas, o escritor discorreu sobre “Ser politicamente incorreto faz bem à saúde”. Falou do confronto existente entre expressões de politicamente correto ou incorreto. Esses conceitos, segundo o filósofo, afetaram pesadamente o ambiente da educação.
Conforme o palestrante, o último Enem expôs contradições ao tratar do tema a mulher e citar frase de Simone de Beauvoir: “Mulher não nasce, mas se faz mulher”. Segundo Pondé, o politicamente correto sempre esteve presenta nas pesquisas acadêmicas e na mídia, mas ganhou mais espaço no Ensino Médio, entre adolescentes. “Um problema real, como o combate ao preconceito a homossexuais, que é politicamente correto, vira tentativa de introduzir crise de identidade sexual”, disse.
Outra marca do politicamente correto é “achar que quem trabalha e ganha dinheiro no Brasil não presta”. Para Pondé, trata-se de um apelo à população de baixa renda. E a sociedade de mercado gera ressentimento. “Esse pensamento precisa mudar”, frisou.
Fonte: Correio do Povo, página 12 de 23 de novembro de 2015.
Nenhum comentário:
Postar um comentário