sábado, 21 de novembro de 2015

“NUNCA MAIS!”

Aileda de Mattos Oliveira  (21/11/2015)
O silêncio tácito da imprensa é tido, pela parte batalhadora da população, como cumplicidade, ante o descompromisso governamental com o crescimento do país, entravado pela ausência de planejamento e competência administrativa.
Sucateado pela cúpula, em luta de interesses com os demais podres poderes da República, o Brasil vê apenas cinismo na classe política, cada vez mais afundada no lamaçal da corrupção escancarada.
Quanto à outra lama que soterra moradores, casas, a fauna e a flora de uma grande região do país, não se encontram explicações plausíveis dos responsáveis pelos contumazes erros de engenharia, já que as nossas frágeis leis protegem os fortes. E a imprensa investigativa?
Concentrou-se na França para cobrir as ações terroristas étnico-religiosas, esquecendo-se também de que há no Brasil o fanatismo de esquerda, exaltando o terrorista Carlos Marighella como nome de escola, Che Guevara, na fachada de hospital e homenageando os vis assassinos da Intentona Comunista.
Essa imprensa que cobre o terrorismo de lá, dá voz a presidente daqui, para falar, no seu engrolado raciocínio, sobre um assunto do qual tem conhecimento e já pôs em prática.
Além da omissão da imprensa às ações do Executivo, sempre nocivas ao povo e em benefício próprio, exerce ela o papel de censora do pensamento crítico a este poder maquiavélico, eliminando das mensagens de seus leitores, os trechos não condizentes com a linha sectária de comprometimento político.
Calar-se ante o bloqueio dos manifestantes, impedidos de chegar à Brasília pelo MST e policiais, numa união promíscua dos foras da lei com a lei, é um dos muitos indícios da conivência com o centro predador do país e com os chicaneiros discursos da arraia dominante. Deduzimos, então: marcha o jornalismo ao lado dos ‘democratas comunistas’, ‘pés de cabra’ dos cofres públicos.
Está em foco a imprensa brasileira, chamada de “provinciana”, no artigo anterior, por estar ajustada à linha de retrocesso do Brasil, que ajudou acontecer, por ocultação dos fatos e de suas causas.
Interessante notar que há jornalistas que não percebem a estagnação do país, o atraso em que se encontra nos terrenos tecnológico e humanístico e passa a ser despropositada a frase “não será agora que o Brasil dará marcha a ré”. Já deu a ré e está à beira do precipício porque a motorista não tem condições psicológicas de dirigir.
Como porta-voz do Executivo, único no mundo que age contra a própria nação que intencionalmente desgoverna, os quatro parágrafos de “Opinião”, de O Globo, de 30/10/2015, p. 7, representam um prestimoso beija-mão do órgão, ao adotar o método petista de desvirtuamento da verdade como meio de condicionar o leitor pela repetição da mentira.
É lamentável que assinantes e compradores avulsos do jornal sejam considerados de nível intelectual crítico, tornando-se alvos, da tentativa, ignóbil, de lavagem cerebral.
Ao título da referida “Opinião”, o mesmo deste texto, acrescentei o sinal de exclamação, já que o jornalismo atual é um desastre em termos de respeito à língua.
O “Nunca Mais” do jornal agarra-se à exoneração do General Mourão e evidencia o alívio que causou à imprensa, preocupada em perder o seu sustento.
Sob os efeitos do tremor que causaram as palavras do Líder Militar, na certeira análise da situação brasileira, posta a pique pela guerrilheira-presidente, o jornal lembra ter ela chegado ao poder “pela via do voto”. Esqueceu-se de que as urnas eletrônicas foram adaptadas para mais uma fraude da incompetente senhora, entre tantas por ela cometidas.
Dizer que o militar “investiu contra a Constituição e a linha hierárquica, em cujo topo está a presidente Dilma” é tentar indispor o General com a sociedade na falaciosa acusação de antidemocrata, típico discurso gramscista.
Já é do conhecimento público que os ataques ao Exército visam sempre a desviar a atenção da população às medidas de cunho totalitário, impostas pela senhora do Planalto que jamais leu um Artigo da Carta.
Um homem do quilate, do patriotismo do General Mourão, tem o Brasil como objeto de sua fidelidade, diferente daquela obrigada aos jornais por quem está no “topo”. Um militar dessa estirpe só tem compromissos com a nação, atitude incompreensível para a imprensa, cuja opinião está sintonizada com quem está no “topo”.
Por respeitar a Constituição que lhe confere o direito de manter a ordem social, de intervir em casos em que firam a soberania da nação, o General não pode negar aos seus comandados o conhecimento da situação em que o país se encontra, para que estejam preparados e defendê-lo, inclusive, acrescento eu, das mentiras da nossa imatura mídia e das ações da lesa-pátria que ocupa, por obra do assistencialismo e da fraudulenta máquina eleitoral, o “topo” da “linha hierárquica”.
Por que será que há críticas às “declarações descabidas por líderes dos chamados “movimentos sociais” (a favor de Mourão, é claro) e se cala quanto às conclamações estimuladoras de guerra civil, saídas da goela rouquenha de um certo senhor etílico, da de outras figuras de “movimentos sociais” mantidos com verbas federais e do irascível representante da CUT, outro bem-nutrido com o dinheiro público? Por que será?
Sim, “Nunca mais!” dizem os verdadeiros brasileiros que abominam ver no “topo” da “linha hierárquica” uma comunista, uma guerrilheira, uma traidora.
“Nunca mais!” dizem os verdadeiros brasileiros que desacreditam na imprensa que mercadeja os interesses da nação em troca da publicidade institucional.
“Nunca mais!” dizem os verdadeiros brasileiros à desmoralização do Brasil, compactuada, sempre, pelos mesmos ‘intelectuais’ defensores do “topo”.
Dizem os verdadeiros brasileiros: “Que sejam defenestrados, definitivamente do poder, a canalha política que desgraça o país, levando, junto, os seus devotados amigos!”

(Dr.ª em Língua Portuguesa. Vice-Presidente da Academia Brasileira de Defesa)

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