sexta-feira, 27 de novembro de 2015

Maduro: assassinato de líder da oposição foi ajuste de conta entre criminosos

Da Agência Lusa
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, disse hoje (26) que o assassinato do secretário-geral do partido de oposição Ação Democrática, Luis Manoel Díaz, é um caso de morte por encomenda, para perturbar as eleições legislativas previstas para 6 de dezembro.
"O ministro do Interior [Gustavo González López] já tem elementos que apontam uma morte encomendada, ajuste de contas entre grupos criminosos", disse o presidente, que participou nesta quinta-feira de encontro com camponeses e pescadores no estado de Portuguesa (480 quilômetros a sudoeste de Caracas).
O presidente da Venezuela enviou condolências aos parentes de Díaz e anunciou que vai convocar uma entrevista coletiva para revelar o que diz ser a verdade sobre o crime.
Segundo Nicolás Maduro, o país "está submetido a um processo de assédio imperialista, desde os Estados Unidos e seus aliados da direita internacional, apostando numa falência da Venezuela para pôr as mãos no poder político e nas riquezas".
De acordo com ele, a oposição "deve apresentar provas" ao Ministério Público de que simpatizantes do regime estariam envolvidos no crime.
Na noite dessa quarta-feira (25), Luis Manoel Díaz foi atingido por tiros em um comício organizado pela coligação da oposição Mesa de Unidade Democrática, em Altagracia de Orituco, que fica 160 quilômetros a sudeste de Caracas.
As primeiras versões, não oficiais, dão conta que ele estava em cima de um palco e teria sido atingido por um tiro disparado de uma viatura em movimento. No entanto, outras fontes indicam que um cidadão teria disparado contra um transformador elétrico e que após isso o dirigente opositor caiu no chão.
A oposição responsabilizou o governo venezuelano pelos ataques, enquanto porta-vozes do Partido Socialista Unido da Venezuela, no poder, prometem levar os responsáveis à Justiça e acusam a oposição de procurar gerar situações de violência para perturbar as eleições.
Cerca de 19,5 milhões de venezuelanos estão aptos a votar nas eleições de 6 de dezembro. Serão renovados os 167 lugares do Parlamento venezuelano, incluindo três representantes indígenas.

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