Maré jogava de volta a mancha para o estuário, na região da foz, preocupando ambientalistas
A lama tóxica proveniente do rompimento das barragens da Samarco, em Mariana (MG), no início do mês, chegou neste sábado ao litoral do Espírito Santo. Com a maré cheia, o mar jogava de volta a mancha para o estuário, preocupando ambientalistas. “Nosso interesse é que o fluxo para o oceano ocorra o quanto antes e o quanto maior for possível. Quanto mais esse material fica aqui, mais tempo tem para decantar, o que é mais nocivo ao meio ambiente”, avaliou Luciano Cabral, biólogo da Prefeitura de Linhares (ES).
Peixes mortos começaram a aparecer na foz do rio Doce, em Regência, distrito de Linhares, neste domingo. Grupos de bagre-mandi foram vistos boiando perto da barra Norte, onde o rio deságua no mar. Na região da foz, considerada área prioritária de proteção ambiental pelo governo federal, há espécies em risco.
Embora a mancha alaranjada tenha passado das boias instaladas pela Samarco, Alexandre Souto, gerente-geral de Estratégia, Gestão e Informação da empresa, diz que testes indicaram resultados positivos do trabalho de contenção de impactos no meio ambiente. Segundo o Serviço Autônomo de ´gua e Esgoto de Linhares, a turbidez constatada ontem na região central da cidade, a 50 km da foz, foi fr 4 mil NTU. O limite para tratamento de água é mil NTU.
Fonte: Correio do Povo, página 12 de 23 de novembro de 2015.
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