quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Guerra Assimétrica e Olímpiadas


“Contribuir para a defesa da Democracia e da liberdade, traduzindo um País com projeção de poder e soberano, deve ser o nosso NORTE“
                                                                                        General Marco Antonio Felicio da Silva                                                                                                                                                                                                            
As intervenções russa e americana no Afeganistão criaram a oportunidade do surgimento da união de vários grupos guerrilheiros nativos, originando a organização jihadista denominada Al Qaeda, desdobrando-se em vários braços, sob o comando do saudita Bin Laden e que levou o terrorismo a vários países ocidentais, com populações de “infiéis” que devem morrer para a predominância da religião islâmica e de seus valores e de Alá, o único Deus. Entre eles, França, Inglaterra e Espanha, estarrecendo, ainda, a população mundial, o atentado em território norte americano, destruindo, em 11 de Fevereiro de 2001, as famosas Torres Gêmeas, na cidade de Nova York, causando número considerável de mortos e de feridos.
Embora todas as medidas de segurança e de perseguição armada, em todo o mundo, às lideranças e integrantes das organizações fundamentalistas islâmicas, os atentados continuaram e continuam a fazer vítimas em vários países, perpetrados, também, por várias outras organizações jihadistas, surgidas com a desestabilização do Oriente Médio após a segunda guerra do Iraque e o vácuo de poder criado com a retirada das tropas americanas.
 Seguiu-se a esta desestabilização a chamada  “Primavera Árabe”, levando  guerras internas e  instabilidade politica e social a vários países da Região, incluso  a atual e sangrenta guerra interna na Síria, possibilitando o domínio de uma grande área, entre este País e o Iraque, por um novo ator sunita, praticando barbáries sem par, em nome de um fundamentalismo islâmico tão radical que pune com a morte até mesmo muçulmanos e cristãos que a ele se opõem : a organização denominada Estado Islâmico (EI). À reação armada à barbárie de sua atuação, por parte de países como a França, a Russia e os EEUU, tem respondido com o terrorismo seletivo ou indiscriminado como o que acaba de realizar em Paris, com dezenas de mortos e centenas de feridos.
A forma violenta e inesperada de atuação dessas organizações contra Estados juridicamente organizados, sem que representem um Estado reconhecido como tal, utilizando-se de militantes atuantes fanáticos, localizados em qualquer parte do mundo, em grupos ou de forma solitária, incluso homens ou mulheres bombas, estruturados em células horizontais, utilizando-se de meios tecnológicos avançados e recrutando jovens em todo o mundo, vem caracterizando um novo tipo de guerra denominada Guerra Assimétrica ou Guerra Irrestrita como os chineses a tratam.
  Há que enfatizar que as práticas terroristas são específicas de uma interpretação radical do islã, que não é a mais numerosa nem foi a regra durante séculos de islamismo. O fundamentalismo é, na verdade, um fenômeno contemporâneo, reagindo ao secularismo contemporâneo, segundo estudiosos como Karen Armstrong (autora de “Em Nome de Deus”).
Por que razão, no Brasil, devemos nos preocupar com uma possível atuação de uma organização como o EI? A primeira razão é que a Presidente Dilma acaba de apoiar, em reunião do G20, a união e coordenação de países para combater o EI, tornando o Brasil inimigo das organizações jihadistas. Em segundo lugar, por irresponsabilidade e falta de visão estratégica dos governantes, não temos controles adequados de fronteiras e de imigrantes. Não temos a parafernália de modernos equipamentos individuais e eletrônicos, rede de satélites, aeronaves militares, quer aviões, helicópteros ou drones de vigilância ou de ataque, modernos e em número suficiente para responder a ataques múltiplos em diferentes regiões. Da mesma forma, não temos efetivos militares ou policiais na proporção em que o tamanho do País necessita para ocupação de espaços (A França, país pequeno, no mais recente atentado colocou 115000 homens, devidamente equipados, nas ruas, para dar segurança à população). E o mais grave é não termos serviços de inteligência ou policias investigativas eficientes.  As FFAA encontram-se manietadas, sem munição, sem sistemas de armas efetivos e sem rápida mobilidade por falta de meios compatíveis. O tamanho enorme do País e o número de médias e grandes cidades, com pontos críticos não guarnecidos, o torna um alvo compensador para possíveis atentados.
Por outro lado, temos cerca de 1 000 000 muçulmanos espalhados pelo Brasil e numa Tríplice Fronteira que chama a atenção dos serviços de Inteligência dos EEUU. A agravar, o governo Dilma incentiva a imigração de muçulmanos. Temos 27 mesquitas, sendo uma delas a Mesquita da Luz no RJ.
Recentemente, a CNN, em espanhol, divulgou vídeo em que mostra um árabe islâmico, em culto nessa mesquita, dizendo-se favorável ao terrorismo e a decapitação de pessoas pelo EI. Chamado à atenção pelo responsável pelo culto, mostra uma camisa, que veste, com o nome do EI. Outros, que não são mostrados pela TV, tem a mesma opinião, embora minoria.
Serão eles militantes atuantes ou de apoio ao EI no Brasil? Obviamente, este homem não representa a maioria, mas também não é um elemento isolado. O que um estrangeiro deste perfil faz no Brasil? Estaria recrutando simpatizantes para o EI? Preparando atentados? Montando células? (Veja o fato no site a seguir ). http://edition.cnn.com/videos/tv/2015/01/12/cnnee-baron-brazil-muslim-reax.cnn)
Sem dúvida, um evento como o das Olimpíadas, que concentra gente de todo o mundo, principalmente odiados “infiéis”, sob condições acima descritas, torna-se um potencial alvo para insanos como aqueles do EI.
É mister lembrar ao Ministro da Justiça que é bobagem dizer que será aplicado o mesmo plano  de segurança referente à realização da Copa do Mundo. São eventos com características próprias e temos que pensar que a maior ameaça que enfrentaremos é a INCERTEZA, própria de uma Guerra Assimétrica na qual já estamos envolvidos.

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