EX-BLOG ENTREVISTA CESAR MAIA SOBRE FRAUDES EM ELEIÇÕES E VOTO ELETRÔNICO!
1. Ex-Blog: Neste mês de novembro cumprem 33 anos da fraude na eleição de 1982 contra Brizola, conhecida como o caso Proconsult. Você era o responsável pela apuração do PDT, que descobriu a fraude. Lembre alguns detalhes. / CM: A tendência do PDT era copiar os mapas nas mesas e depois somá-los. Minha opinião era de que deveríamos contar eletronicamente com os próprios mapas originais. Dois dias antes da eleição fui acionado pelo Cibilis, a comando do Brizola, para implantar o sistema que havia desenvolvido, embora muito mais caro. Um artigo, acho que do Elio Gaspari no Jornal do Brasil, naquela semana, informou que se preparava uma fraude. / Ex-Blog: Foi montado um sistema sofisticado? / CM: O único problema era recolher todos os mapas, já que o TRE só aceitava os mapas originais. Com a centralidade e o respeito a Brizola, foi dada essa voz de comando e os mapas foram chegando. Eu recebia numa sala no Centro. Mas os mapas eram ordenados e digitados numa sala em Botafogo e processados num CPD em Ipanema. Não tinha erro, era questão de tempo.
2. Ex-Blog: E como o problema se tornou público? / CM: Nossa apuração não batia com os números processados pela Proconsult. Brizola reuniu a imprensa internacional e denunciou. Eu fui procurado pelo analista da Proconsult com uma fórmula que ele chamava de Diferencial Delta. Como o voto era vinculado e os eleitores de Brizola de menor nível de instrução, essa fórmula supunha que uma porcentagem dos eleitores errariam e teriam seus votos anulados. Uns 3% a 5%. Na prática, a Proconsult transferia essas porcentagens dos votos do Brizola para votos nulos. A imprensa que cobriu os fatos divulgou nosso acompanhamento. A rádio JB (Mineiro e Cotta) fazia sua apuração paralela e comprovava a fraude, mas a partir de um certo ponto não tinham mais como continuar e me informaram que agora era só conosco.
3. Ex-Blog: O que fez o TRE? / CM: Convocou o PDT (Cibilis e eu) e a Proconsult. Perguntou o que deveria ser feito. Eu disse que era simples. Tínhamos todos os mapas originais e, portanto, a Proconsult deveria recomeçar a contagem e publicar mapas (urna por urna) que seria comparado com os nossos mapas urna por urna. Eu ouvi uma voz, que vinha do grupo da Proconsult: “Acabou, acabou”. A partir daí, os dados eram divulgados com a nossa auditoria e de acordo. Acabou a fraude. Brizola venceu.
4. Ex-Blog: É fato que na eleição de Erundina à Prefeitura de S. Paulo, Brizola o chamou e mandou ir a S. Paulo orientar a apuração? / CM: É verdade e me apresentei ao Genoíno. O PT estava cometendo o mesmo erro do PDT em 1982 antes de eu ser chamado. Uma bateria de microcomputadores e telefones. Os mapas seriam cantados e registrados pelos digitadores. Eu mostrei que era um erro, pois se houvesse fraude não haveria como comprovar. E que a máquina do PT tinha que recolher um a um todos os mapas originais e trazer para uma central. E que para não haver o mesmo constrangimento do Rio, eu deveria conversar com o Juiz da Apuração. Genoíno me levou lá e eu expliquei que era tudo muito simples. Teríamos todos os mapas originais garantidos pela centralidade do PT e mesmo que a digitação levasse um mês teríamos os resultados reais prontos para serem comprovados publicamente. Isso foi divulgado para todos, especialmente para a campanha de Maluf.
5. Ex-Blog: Como eles reagiram? / CM: No dia seguinte, pela manhã, fui convidado à uma entrevista na Band. A apuração paralela das mídias não funcionou. Da entrevista participava o coordenador da campanha de Maluf. Ele se aproximou de mim e disse um tanto cinicamente: “Você salvou a eleição da Erundina”. À noite, Erundina me convidou para acompanhá-la no programa do Jô Soares. Sentamos juntos na poltrona do entrevistado. Ela fez um agradecimento público. No final, ela, Jô e eu ficamos em pé e dançamos uma marchinha de carnaval. / Ex-Blog: E o caso da eleição de Jânio em 1985? / CM: Na tarde da apuração da eleição de Erundina, acho que na TV Cultura, eu estranhei o silêncio da mídia durante a apuração e especulei com a eleição de Jânio. Os votos em Branco somaram apenas 0,9%. A diferença foi de 141 mil votos para Jânio, ou 3%. Bastaria uma transferência de 3% no processamento dos mapas. Mesmo os votos nulos ficaram abaixo do que seria normal numa eleição de papel: 3,68%. Apenas especulei, já que não havia como provar sem os mapas e 3 anos depois.
6. Ex-Blog: O que você acha do voto eletrônico? / CM: Fundamental. Comparando no Rio com as eleições anteriores se pode mensurar o tamanho da fraude em papel na hora de repassar aos mapas ou na hora de digitar os mapas. Dias atrás eu estive como observador nas eleições argentinas. Dois estados, Salta e DF (cidade de Buenos Aires), haviam testado e introduzido o voto eletrônico. Desenvolveram sistemas preventivos contra qualquer problema no processamento eletrônico, incluindo a emissão do voto, que foi vetada agora pela Dilma pelas mudanças que exigiria. Valeria a pena conhecer o sistema de Salta, até mais que Buenos Aires. Poderia servir para eliminar qualquer dúvida sobre problemas de processamento. Nosso voto eletrônico foi um enorme avanço. Mas a tecnologia sempre permite mais segurança, inclusive eliminando dúvidas dos partidos, como ocorreu antes com o PDT e agora em 2014 com o PSDB, que, no final, não pode provar nada.
* * *
PREFEITURA DO RIO INVENTA CONCESSÃO CRUZADA DA ARENA COM RIOCENTRO E AMPLIA CONCESSÃO DA ARENA DE 9 ANOS, QUE VENCIA EM MARÇO DE 2016, PARA MAIS 30 ANOS, EM 2046!
A) Ex-Blog. a) Trata-se de uma licitação cruzada em que se amplia o prazo de concessão de um equipamento e a compensação em obras é feita em outro equipamento. Não há precedente. Aliás, há um, na ampliação da concessão da Linha Amarela contra obras na Estrada dos Bandeirantes. Ambas dadas pela atual prefeitura. b) Há que se avaliar se um galpão, que é uma estrutura metálica montável, custa isso tudo. c) A modernização da infraestrutura do Riocentro fazia parte da licitação da concessão inicial. E ainda por cima o pagamento do aluguel caiu 20%, de R$ 3 milhões anuais para R$ 2,4 milhões.
B) (Italo Nogueira - Folha de SP, 03) 1. Operários estão há dois meses no canteiro de obras. O projeto está desenhado desde março deste ano. A edificação, que custará R$ 50 milhões, ocupa uma área de 7.200 metros quadrados e terá uma altura de 15 metros. Mesmo em estágio avançado, a construção do pavilhão 6 do Riocentro, sede da competição de boxe na Olimpíada de 2016, não consta na Matriz de Responsabilidades, documento que detalha projetos, custos e responsáveis por cada obra da Olimpíada.
2. No "Diário Oficial", o contrato da obra foi publicado de forma que impedia a identificação clara do acordo, fechado sem licitação. Em agosto, a Folha revelou que governos omitiram mais de R$ 400 milhões em gastos com os Jogos na atualização da Matriz. A ausência do pavilhão 6 do Riocentro, cuja identificação não era possível à época, é o primeiro caso de ocultação de gasto com uma arena. Com ela, o gasto com obras para a Olimpíada não registrada nos documentos oficiais chega a R$ 489 milhões. O custo oficial dos Jogos é, até o momento, R$ 38,7 bilhões.
3. A prefeitura fechou acordo sem licitação com a francesa GL events, concessionária do Riocentro, que vai pagar a obra. Ela será concluída em março de 2016. Em troca, a empresa teve a concessão da Arena Olímpica do Rio, que também administra, quadruplicada. O contrato que terminaria no ano que vem foi estendido por 30 anos, vencendo em 2046. Além da construção do novo pavilhão no Riocentro, a empresa vai modernizar a infraestrutura do centro de convenções, palco de quatro modalidades olímpicas, e da Arena, sede da ginástica nos Jogos de 2016. O total a ser investido é R$ 72 milhões.
4. (Italo Nogueira - Folha de S. Paulo, 04) O acordo fechado sem licitação para a construção do pavilhão 6 do Riocentro, sede do boxe para a Olimpíada de 2016, fez com que a Prefeitura do Rio desvalorizasse em 20% a outorga cobrada pela Arena do Rio. Ao aceitar custear os investimentos de R$ 72 milhões no Riocentro e na própria Arena, a empresa francesa GL events conseguiu estender por mais 30 anos a concessão do espaço. Uma média de R$ 2,4 milhões por ano. O contrato assinado em 2007 e que vigora até 2016 prevê o pagamento total, com parcelas mensais, de R$ 27 milhões. Uma média de R$ 3 milhões por ano.
C) Incrível. A publicação relativa no Diário Oficial chocou os auditores, procuradores da Prefeitura e do TCM. Um termo de aditamento (Diários Oficiais: 08/09/15 - pag. 34 / 14/09/15 - pag. 40 / 18/09/15 - pag. 45) às concorrências públicas do Riocentro e Arena, nove anos depois?!?! NOVE ANOS DEPOIS!!!!!!
Ex-Blog do Cesar Maia
1. Ex-Blog: Neste mês de novembro cumprem 33 anos da fraude na eleição de 1982 contra Brizola, conhecida como o caso Proconsult. Você era o responsável pela apuração do PDT, que descobriu a fraude. Lembre alguns detalhes. / CM: A tendência do PDT era copiar os mapas nas mesas e depois somá-los. Minha opinião era de que deveríamos contar eletronicamente com os próprios mapas originais. Dois dias antes da eleição fui acionado pelo Cibilis, a comando do Brizola, para implantar o sistema que havia desenvolvido, embora muito mais caro. Um artigo, acho que do Elio Gaspari no Jornal do Brasil, naquela semana, informou que se preparava uma fraude. / Ex-Blog: Foi montado um sistema sofisticado? / CM: O único problema era recolher todos os mapas, já que o TRE só aceitava os mapas originais. Com a centralidade e o respeito a Brizola, foi dada essa voz de comando e os mapas foram chegando. Eu recebia numa sala no Centro. Mas os mapas eram ordenados e digitados numa sala em Botafogo e processados num CPD em Ipanema. Não tinha erro, era questão de tempo.
2. Ex-Blog: E como o problema se tornou público? / CM: Nossa apuração não batia com os números processados pela Proconsult. Brizola reuniu a imprensa internacional e denunciou. Eu fui procurado pelo analista da Proconsult com uma fórmula que ele chamava de Diferencial Delta. Como o voto era vinculado e os eleitores de Brizola de menor nível de instrução, essa fórmula supunha que uma porcentagem dos eleitores errariam e teriam seus votos anulados. Uns 3% a 5%. Na prática, a Proconsult transferia essas porcentagens dos votos do Brizola para votos nulos. A imprensa que cobriu os fatos divulgou nosso acompanhamento. A rádio JB (Mineiro e Cotta) fazia sua apuração paralela e comprovava a fraude, mas a partir de um certo ponto não tinham mais como continuar e me informaram que agora era só conosco.
3. Ex-Blog: O que fez o TRE? / CM: Convocou o PDT (Cibilis e eu) e a Proconsult. Perguntou o que deveria ser feito. Eu disse que era simples. Tínhamos todos os mapas originais e, portanto, a Proconsult deveria recomeçar a contagem e publicar mapas (urna por urna) que seria comparado com os nossos mapas urna por urna. Eu ouvi uma voz, que vinha do grupo da Proconsult: “Acabou, acabou”. A partir daí, os dados eram divulgados com a nossa auditoria e de acordo. Acabou a fraude. Brizola venceu.
4. Ex-Blog: É fato que na eleição de Erundina à Prefeitura de S. Paulo, Brizola o chamou e mandou ir a S. Paulo orientar a apuração? / CM: É verdade e me apresentei ao Genoíno. O PT estava cometendo o mesmo erro do PDT em 1982 antes de eu ser chamado. Uma bateria de microcomputadores e telefones. Os mapas seriam cantados e registrados pelos digitadores. Eu mostrei que era um erro, pois se houvesse fraude não haveria como comprovar. E que a máquina do PT tinha que recolher um a um todos os mapas originais e trazer para uma central. E que para não haver o mesmo constrangimento do Rio, eu deveria conversar com o Juiz da Apuração. Genoíno me levou lá e eu expliquei que era tudo muito simples. Teríamos todos os mapas originais garantidos pela centralidade do PT e mesmo que a digitação levasse um mês teríamos os resultados reais prontos para serem comprovados publicamente. Isso foi divulgado para todos, especialmente para a campanha de Maluf.
5. Ex-Blog: Como eles reagiram? / CM: No dia seguinte, pela manhã, fui convidado à uma entrevista na Band. A apuração paralela das mídias não funcionou. Da entrevista participava o coordenador da campanha de Maluf. Ele se aproximou de mim e disse um tanto cinicamente: “Você salvou a eleição da Erundina”. À noite, Erundina me convidou para acompanhá-la no programa do Jô Soares. Sentamos juntos na poltrona do entrevistado. Ela fez um agradecimento público. No final, ela, Jô e eu ficamos em pé e dançamos uma marchinha de carnaval. / Ex-Blog: E o caso da eleição de Jânio em 1985? / CM: Na tarde da apuração da eleição de Erundina, acho que na TV Cultura, eu estranhei o silêncio da mídia durante a apuração e especulei com a eleição de Jânio. Os votos em Branco somaram apenas 0,9%. A diferença foi de 141 mil votos para Jânio, ou 3%. Bastaria uma transferência de 3% no processamento dos mapas. Mesmo os votos nulos ficaram abaixo do que seria normal numa eleição de papel: 3,68%. Apenas especulei, já que não havia como provar sem os mapas e 3 anos depois.
6. Ex-Blog: O que você acha do voto eletrônico? / CM: Fundamental. Comparando no Rio com as eleições anteriores se pode mensurar o tamanho da fraude em papel na hora de repassar aos mapas ou na hora de digitar os mapas. Dias atrás eu estive como observador nas eleições argentinas. Dois estados, Salta e DF (cidade de Buenos Aires), haviam testado e introduzido o voto eletrônico. Desenvolveram sistemas preventivos contra qualquer problema no processamento eletrônico, incluindo a emissão do voto, que foi vetada agora pela Dilma pelas mudanças que exigiria. Valeria a pena conhecer o sistema de Salta, até mais que Buenos Aires. Poderia servir para eliminar qualquer dúvida sobre problemas de processamento. Nosso voto eletrônico foi um enorme avanço. Mas a tecnologia sempre permite mais segurança, inclusive eliminando dúvidas dos partidos, como ocorreu antes com o PDT e agora em 2014 com o PSDB, que, no final, não pode provar nada.
PREFEITURA DO RIO INVENTA CONCESSÃO CRUZADA DA ARENA COM RIOCENTRO E AMPLIA CONCESSÃO DA ARENA DE 9 ANOS, QUE VENCIA EM MARÇO DE 2016, PARA MAIS 30 ANOS, EM 2046!
A) Ex-Blog. a) Trata-se de uma licitação cruzada em que se amplia o prazo de concessão de um equipamento e a compensação em obras é feita em outro equipamento. Não há precedente. Aliás, há um, na ampliação da concessão da Linha Amarela contra obras na Estrada dos Bandeirantes. Ambas dadas pela atual prefeitura. b) Há que se avaliar se um galpão, que é uma estrutura metálica montável, custa isso tudo. c) A modernização da infraestrutura do Riocentro fazia parte da licitação da concessão inicial. E ainda por cima o pagamento do aluguel caiu 20%, de R$ 3 milhões anuais para R$ 2,4 milhões.
B) (Italo Nogueira - Folha de SP, 03) 1. Operários estão há dois meses no canteiro de obras. O projeto está desenhado desde março deste ano. A edificação, que custará R$ 50 milhões, ocupa uma área de 7.200 metros quadrados e terá uma altura de 15 metros. Mesmo em estágio avançado, a construção do pavilhão 6 do Riocentro, sede da competição de boxe na Olimpíada de 2016, não consta na Matriz de Responsabilidades, documento que detalha projetos, custos e responsáveis por cada obra da Olimpíada.
2. No "Diário Oficial", o contrato da obra foi publicado de forma que impedia a identificação clara do acordo, fechado sem licitação. Em agosto, a Folha revelou que governos omitiram mais de R$ 400 milhões em gastos com os Jogos na atualização da Matriz. A ausência do pavilhão 6 do Riocentro, cuja identificação não era possível à época, é o primeiro caso de ocultação de gasto com uma arena. Com ela, o gasto com obras para a Olimpíada não registrada nos documentos oficiais chega a R$ 489 milhões. O custo oficial dos Jogos é, até o momento, R$ 38,7 bilhões.
3. A prefeitura fechou acordo sem licitação com a francesa GL events, concessionária do Riocentro, que vai pagar a obra. Ela será concluída em março de 2016. Em troca, a empresa teve a concessão da Arena Olímpica do Rio, que também administra, quadruplicada. O contrato que terminaria no ano que vem foi estendido por 30 anos, vencendo em 2046. Além da construção do novo pavilhão no Riocentro, a empresa vai modernizar a infraestrutura do centro de convenções, palco de quatro modalidades olímpicas, e da Arena, sede da ginástica nos Jogos de 2016. O total a ser investido é R$ 72 milhões.
4. (Italo Nogueira - Folha de S. Paulo, 04) O acordo fechado sem licitação para a construção do pavilhão 6 do Riocentro, sede do boxe para a Olimpíada de 2016, fez com que a Prefeitura do Rio desvalorizasse em 20% a outorga cobrada pela Arena do Rio. Ao aceitar custear os investimentos de R$ 72 milhões no Riocentro e na própria Arena, a empresa francesa GL events conseguiu estender por mais 30 anos a concessão do espaço. Uma média de R$ 2,4 milhões por ano. O contrato assinado em 2007 e que vigora até 2016 prevê o pagamento total, com parcelas mensais, de R$ 27 milhões. Uma média de R$ 3 milhões por ano.
C) Incrível. A publicação relativa no Diário Oficial chocou os auditores, procuradores da Prefeitura e do TCM. Um termo de aditamento (Diários Oficiais: 08/09/15 - pag. 34 / 14/09/15 - pag. 40 / 18/09/15 - pag. 45) às concorrências públicas do Riocentro e Arena, nove anos depois?!?! NOVE ANOS DEPOIS!!!!!!
Ex-Blog do Cesar Maia
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