sábado, 28 de novembro de 2015

Dilma mantém viagem a Paris, mas cancela visitas ao Vietnã e Japão

Em meio à crise política, a presidenta Dilma Rousseff cancelou as visitas que faria na próxima semana ao Vietnã e ao Japão. A viagem que fará a Paris, para a 21º Conferência das Partes da Organização das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP-21) está mantida.
Com o novo cronograma, a previsão é que a presidenta embarque para a França no fim do dia de hoje (27) e fique em Paris até segunda (30), quando retornará ao Brasil.
Brasília - A presidenta Dilma Rousseff anuncia mudanças em seu ministério durante declaração à imprensa no Palácio do Planalto (Antonio Cruz/Agência Brasil)
Com o novo cronograma, a previsão é que a presidenta embarque para a França no fim do dia de hoje (27) e fique em Paris até segunda (30)Arquivo/Antonio Cruz/ Agência Brasil
O roteiro inicial previa a saída da presidenta de Paris diretamente para cumprir agenda com empresários no Vietnã na terça (1º)  e quarta-feira (2). Depois, seguiria para o Japão, onde pretendia, entre outros temas, conversar sobre a retomada da venda de carne processada bovina brasileira, que está embargada pelos japoneses desde 2012.
É a segunda vez que Dilma Rousseff suspende uma visita ao Japão. Em 2013, a presidenta cancelou a viagem por conta das manifestações que tomaram as ruas do país no período.
A prisão do líder do governo no Senado, Delcídio do Amaral (PT-MS), na quarta-feira (25), movimentou o governo e paralisou votações importantes para o Palácio do Planalto no Congresso, entre elas a do projeto que altera a meta fiscal para permitir que o governo feche o ano com déficit de quase R$120 bilhões.
Dilma também tem de definir o nome do novo líder do governo no Senado, função que, desde a prisão de Delcídio do Amaral, é desempenhada interinamente pelos quatro vice-líderes do governo na Casa.
Ao confirmar a informação, a Secretaria de Comunicação Social da Presidência (Secom) creditou o cancelamento das viagens às dificuldades financeiras da União.
De acordo com a Secom, a partir de 1º de dezembro o governo não poderá mais empenhar novas despesas discricionárias, com exceção das essenciais ao funcionamento do Estado e ao interesse público.
O impedimento ocorre porque a revisão da meta fiscal ainda não foi aprovada pelo Congresso Nacional. O Palácio do Planalto informou que, devido a este motivo, o Tribunal de Contas da União obriga o governo a contingenciar as verbas discricionárias.

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