domingo, 29 de novembro de 2015

Beduínos

Diretamente ligada ao deserto está a figura do beduíno, o árabe nômade, que perambula de um lado para o outro, vendendo os seus produtos. Embora o árabe possa ser classificado como o homem da cidade, camponês e beduíno, é este último, sem dúvida, que tem uma presença mais marcante na história daquele povo. Até porque, segundo a crença dos próprios beduínos, “o povo do deserto está mais perto de Deus do que as pessoas estabelecidas”. É justamente através das lutas desse povo nômade que é traçada a história da Arábia, que nada mais é do que uma disputa de feudos.
Divididos em tribos, clãs, linhagens e acampamentos, os árabes constantemente lutavam entre si, governados pelas nobres regras do combate por um calendário lunar que estabelecia oito meses para hostilidades e quatro para a paz.

Os ataques incessantes eram parte guerra, parte esporte. A guerra não chegava a ter dimensão política. Lutava-se por qualquer coisa. Seja pela manutenção de um poço de água em sua parte qualquer do deserto, seja pela disputa de alguma mercadoria. Uma das características do mundo árabe é a mudança constante de aliados e de inimigos. Unem-se diante de uma ameaça comum, mas assim esta passa voltam a separar-se. Há inclusive um ditado diz mais ou menos assim: “eu sou contra o meu irmão. Mas eu e o meu irmão somos contra o nosso primo. Eu, meu irmão e nosso primo somos contra o estrangeiro”. 

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