quarta-feira, 25 de novembro de 2015

AMB propõe política para reduzir ações

Cerca de 42 milhões de processos que chegam ao Judiciário no país poderiam ser evitados, segundo pesquisa da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB). Diante deste volume de ações que tramitam na Justiça e poderiam ter se resolvido por meio de acordos, o presidente da AMB João Ricardo Costa diz que a entidade propõe ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ) uma política que vise à redução deste acervo. Os principais litigantes são o poder público, instituições financeiras e as empresas telefônicas. “Não queremos só reduzir o número de processos, mas evitar que entrem no judiciário, bem como evitar que as pessoas sofram danos”, diz.
Costa defende na CNJ a criação de um núcleo de inteligência para identificar os processos que são estratégicos e que têm que tramitar com prioridade. “Existe uma resolução da Anatel, órgão regulador das telefônicas, que determina a criação de pronto atendimento aos usuários. Este processo tem que tramitar com prioridade”, exemplifica. No Estado, as principais litigantes em primeiro grau como parte passiva são a administração pública estadual, setor financeiro e serviços de telefonia e comunicações. Já em primeiro grau como parte ativa, os municípios responderam por 67% das ações, em 2013.


OAB: mediação e arbitragem


As seccionais da OAB de todo o país acolheram proposição do presidente da Ordem gaúcha, Marcelo Bertoluci, sobre a mediação, arbitragem e conciliação. A temática, pautada pelo dirigente, foi incluída no texto final da Carta de Teresina, deliberada sexta-feira durante o Colégio Nacional de Presidentes da OAB.
O texto destaca a importância dos meios extrajudiciais de resolução de conflitos, com o apoio da Ordem dos Advogados do Brasil, inclusive pugnando pela inclusão da cadeira de conciliação, mediação e arbitragem na grade curricular dos cursos jurídicos.”
Bertoluci apresentou iniciativas da OAB/RS, referências nas áreas da mediação e arbitragem. “Quando tratamos desses temas, os olhos do país se voltam para o nosso Estado. Temos no RS como iniciativas pioneiras, a Casa de Mediação e o Centro de Arbitragem e Mediação”, citou. Para ele, é necessário ampliar as alternativas de resolução de conflitos, com o advogado e o cidadão como contro de ações, principalmente em época de fragilidade do Judiciário.


Fonte: Correio do Povo, página 11 de 22 de setembro de 2015.


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