domingo, 22 de novembro de 2015

A politização da crise do Rio Grande do Sul, por Lúcio Machado Borges*

O Rio Grande do Sul está passando por uma forte crise financeira, mas antes de qualquer coisa, preciso fazer alguns relatos.
Nesta terça-feira, dia 2 de setembro, uma mulher segurou a mochila de um brigadiano que cuida do canil da Brigada Militar. Ela é esposa de um ex-brigadiano que foi expulso da Brigada Militar. Ela pretende concorrer no próximo ano a vereadora.
Quando o governador estava na Expointer no último domingo, dia 30 de agosto, na frente de sua casa, na zona sul de Porto Alegre, tinha um casal de brigadianos da reserva que protestavam na frente da casa de José Ivo Sartori. Estes dois militares são da reserva e trabalhavam na Casa Militar durante o governo Tarso Genro.
Aonde eu estou querendo chegar? O que eu quero dizer que o país está enfrentando um forte recessão técnica e que o Rio Grande do Sul está passando pela pior crise econômica de sua história, mas é importante salientar que há algumas pessoas querendo que a coisa pareça muito pior do que é por motivos eleitorais.
Ninguém comenta, mas o grande responsável por esta crise que o Estado do Rio Grande do Sul enfrenta são os mesmo, na maioria das vezes que estão protestando contra o governo Sartori. A CUT, a Fessergs, O Cpers/Sindicato, o PT e os demais partidos de esquerda e dos movimentos sociais. Eles sempre foram contra as mudanças estruturais que o estado tinha que ter feito no passado, como a reforma da previdência estadual, privatização de empresas ultrapassadas e obsoletas, como a Corag, O Instituto Gaúcho de Silos e Armazéns e assim por diante. Ninguém fala, mas esta gente é contra porque nestas instituições e em muitas fundações estaduais que são verdadeiros cabides de empregos no governo estadual, tem várias pessoas que são militantes destes partidos e destes movimentos sociais.
Em nenhum momento eu vi eles responsabilizarem o ex-governador Olívio Dutra, que mandou a Ford para a Bahia, nem o senhor Tarso Genro, que com a sua incompetência, terminou de matar o Rio Grande do Sul, já que ele tirou da iniciativa privada as estradas que estavam privatizadas, limpou os cofres do Estado, e gastou todos os valores dos depósitos judiciais.
Os ex-governadores Antônio Britto, Germano Rigotto e Yeda Crusius tentaram fazer reformas no Estado, mas estas entidades sempre foram contra. Britto promoveu algumas privatizações e só não fez mais porque não conseguiu se reeleger. Britto, foi um dos poucos governadores, assim como Yeda Crusius que conseguiram ter superávit em seus governos. Yeda Crusius conseguiu devolver aos cofres gaúchos boa parte dos valores sacados dos depósitos judiciais, mesmo com a forte oposição dos movimentos sociais e dos partidos de esquerda, em especial, o PT. Como o Estado é um verdadeiro elefante branco e tem várias pessoas que se aposentam muito cedo, era certo que um dia isso iria acabar com a quebra do Estado. Este dia chegou, mas os movimentos de esquerda até agora não fizeram a sua mea culpa e assumiram a sua responsabilidade.



*Editor do site RS Notícias


Artigo escrito no dia 3 de setembro de 2015.

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