sábado, 21 de novembro de 2015

A moeda de 20 mil réis

Várias moedas de ouro, prata e cobre foram cunhadas durante o período imperial (1822 a 1889). Entre elas estava a de ouro de 20 mil réis, cuja primeira emissão data de 1846 e última cunhagem foi registrada em 1922. Nela, pode ser vista a efígie de dom Pedro II, a mais representada na história do dinheiro brasileiro. Nos diferentes tipos de moeda de ouro relativas a esse imperador, pôde-se observá-lo retratado enquanto criança, adulto e velho.
Assim como as de 10 mil, 4 mil, 2 mil, mil e 400 réis, a moeda de 20 mil réis integrou a Chamada Série Dobrões. Esta série tornou-se conhecida pela denominação papo de tucano, por ostentar o imperador com o manto com que foi coroado, adornado com penas dessa ave.
Em 1851, nova efígie do imperador apareceu nas moedas de ouro, nas quais ele passou a ser representado com barbas.
Três anos depois, foi cunhado em ouro o novo valor de 5 mil réis, e as moedas de prata foram alteradas.
Entre 1948 e 1852, foram cunhadas as de 2 mil e 500 réis e, entre 1853 e 1867, o novo valor de 200 réis. No entanto, em 1870 esta última cunhagem foi suspensa, e o antigo padrão voltou à circulação.
O uso de cédulas generalizou-se durante o Segundo Império, e a produção de moedas de cobre ficou restrita a pequenos valores destinados a troco.
Houve a substituição gradativa do cobre por ligas mais resistentes ao manuseio, como o bronze, em 1868, e o cuproníquel, em 1871, utilizados em moedas fabricadas em Bruxelas. A Casa da Moeda do Rio de Janeiro passou a fabricar as de bronze em 1870 e as de cuproníquel em 1874.

Até a vinda da Corte portuguesa para o Brasil, em 1808, o valor total das moedas em circulação não ultrapassava 10 mil contos ou 10 milhões de réis, valor considerado irrisório. O sistema monetário era complicado, chegaram a circular, ao mesmo tempo, seis diferentes relações legais de moedas intercambiáveis. Ms depois, no Segundo Império, houve falta de dinheiro miúdo, o que incentivou particulares a emitirem moedas e vales. Foi introduzido o hábito de se marcarem moedas de sobre já fora de circulação com datas, iniciais, nomes e figuras de fazendeiros, engenhos, negociantes ou firmas comerciais. 

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