A
Intifada é o movimento contra a ocupação israelense na Cisjordânia
e na Faixa de Gaza, que teve início no final da década de 80.
Também ficou conhecida naquela época, como a “revolta das
pedras”, pois a sua principal característica era o uso de pedras
paus como arma de ataque pelos ativistas palestinos.
Baseada me mobilizações civis de
rua, greves e manifestações no interior de territórios controlados
militarmente por Israel a revolta modificou os termos da questão
Palestina. O movimento começou em 9 de dezembro de 1987 – um dia
depois do atropelamento e da morte de quatro árabes –, em oito
campos de refugiados na Faixa de Gaza. Depois, se espalhou por toda a
região. A poucos dias da assinatura do primeiro acordo de paz, em
setembro de 1993, a Intifada começou a perder a sua força. Os seis
anos que durou o levante resultaram na morte de 1.250 palestinos. Os
ativistas, em sua maioria, eram jovens entre 10 e 25 anos.
Em 27 de setembro de 1996, quando
conflitos cansaram a morte de 39 palestinos e 11 israelenses, os
árabes anunciaram a retomada da Intifada.
Os ânimos apenas se acalmaram com um
acordo, assinado em outubro de 1998, em Wye Plantation, nos EUA, onde
Israel comprometeu-se a uma nova retirada de parte da área ocupada
na Cisjordânia.
A atual Intifada iniciou-se em 28 de
setembro do ano passado, com a visita do então líder de direita
israelense, general Ariel Sharon, ao Monte do Templo – Esplanada
das Mesqutas, para os muçulmanos –, em Jerusalém Leste. Desde
então, mais de 400 pessoas já morreram, ma maioria palestino.
Fonte: Zero Hora, 5 de fevereiro de
2002, página 2.
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