A
dívida do Rio Grande do Sul é histórica, mas como todos nós
sabemos, as duas gestões petistas – com Olívio Dutra e
recentemente com Tarso Genro – deixaram sequelas graves ao Estado.
Olívio Dutra ficou famoso por ter mandado a Ford embora aqui no
Estado e a montadora acabou indo para à Bahia. Me lembro que na
época, Antônio Carlos Magalhães, que era o governador daquele
estado, fez um vídeo agradecendo a gestão petista gaúcha pelo fato
de corrido a Ford do RS. E não é só isso: todos nós sabemos que
as gestões petistas, por serem governos de esquerda, são demagogos
e sempre priorizam em jogar para a torcida. É o famoso populismo.
Eles dão benesses aos servidores públicos, sem se preocupar se lá
na frente esta atitude irresponsável irá comprometer as contas, ou
não. Foi exatamente isso que o (des) governador Tarso Genro fez aqui
no Estado. Tarso Genro foi o governador que mais utilizou os valores
dos depósitos judiciais e saiu do governo, dizendo que as contas
estavam em dia, quando na verdade, ele deu o golpe de misericórdia
no Estado, quebrando-o definitivamente.
Há alguns dias atrás, o governador
José Ivo Sartori foi a Brasília para tentar arrumas e recursos e
buscar ajuda do governo federal para tentar socorrer o Rio Grande do
Sul. Ele tomou um verdadeiro “chá de banco” do ministro da
Fazenda, Joaquim Levy, que o deixou plantado, esperando pela manhã,
remarcou a reunião para a tarde, mas também não apareceu. O
ministro da Fazenda desrespeitou tanto o governador Sartori, como
todo o povo gaúcho. O governador Sartori deveria ter acampado em
frente ao Palácio do Planalto, e com eles deveriam estar junto os
deputados federais e senadores do Estado. Chamar a imprensa nacional
e internacional e expor o problema.
Nos últimos quarenta anos, só nos
governos de Antônio Britto e Yeda Crusius é que o Rio Grande do Sul
não teve déficit. Britto promoveu várias privatizações no Estado
e acabou com vários “elefantes brancos”. Britto privatizou
várias empresas que eram deficitárias e que apenas serviam para
onerar o Estado. Pena que ele não conseguiu privatizar o Banrisul.
Aliás, só o Rio Grande do Sul é que possui um banco estadual. Bos
demais estados, eles foram extintos ou foram privatizados, já que
eram deficitários para estes estados. Por causa do Banrisul, o
crédito para o nosso Estado é bem mais caro. Enquanto nos demais
estados o juro médio é de 9%, para o RS o valor é de R$ 13%, por
causa do Banrisul.
Yeda Crusius também fez vários
ajustes na economia gaúcha. Ela foi a única que conseguiu devolver
boa parte dos recursos sacados dos depósitos judiciais. Yeda tentou
fazer ajustes na Previdência Estadual, já que no RS já existem
mais pensionistas e aposentados do que trabalhadores ativos.
Tanto Britto como Yeda Crusius não
conseguiram fazer as mudanças estruturais necessárias ao Estado,
devido a forte oposição dos partidos demagogos e populistas de
esquerda, em especial o PT. Estes partidos não fazem as mudanças
estruturais para que não se acabem com as mamatas dos seus
militantes. E por causa deste gasto desnecessário é que o Rio
Grande do Sul hoje está passando por estas dificuldades financeiras.
Quem quiser saber mais sobre a grave
situação das finanças do Estado, sugiro a leitura do livro: ''O
Rio Grande Tem Saída'', Darcy Francisco Carvalho dos Santos.
Acredito que tanto governo gaúcho,
quando o governo dos demais estados deveriam se unir para discutir
junto à União os valores desta dívida. Aliás, os estados do Rio
de Janeiro e São Paulo entraram na Justiça para discutir os valores
desta dívida. A dívida do Rio Grande do Sul era de R$ 10 bilhões.
O RS já pagou mais de R$ 21 bilhões e segundo a União, o RS está
devendo mais R$ 49 bilhões. Isso é pura agiotagem! Esta dívida já
está paga e o RS tem, isso sim, dinheiro para receber da União.
O presidente do Itaú disse esta
semana que não há razão para que a população peça o impeachment
da presidente Dilma Rousseff. Não é para menos. Como diria o
ex-presidente Lula, “nunca na história deste país os bancos
ganharam tanto dinheiro!”
O governo federal precisa discutir
esta dívida com os Estados, já que a União já fez porto em Cuba,
já fez estrada na Bolívia, está fazendo um metrô na Venezuela, no
mesmo momento que a União negou verbas para fazer o metrô em Porto
Alegre. Precisamos resolver os problemas interno do pais. Está
faltando dinheiro para a saúde, educação, segurança e saneamento
básico. Enquanto isso, mesmo com toda essa crise, o governo federal
ainda promove benesses no exterior. Essa questão precisa ser
revista.
Editor
do site RS Notícias
Artigo escrito no dia 25 de agosto de
2015.
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