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segunda-feira, 12 de outubro de 2015

RS: população infantil cai drasticamente

Estudo da FEE revela que a participação das crianças na população caiu de 20,3% para 15,1% de 2001 a 2014

De 2001 a 2014 o RS apresentou elevada redução de sua população de crianças (zero a 11 anos de idade). Nesse período, a população infantil diminuiu em 400 mil pessoas, passando de 2,1 milhões para 1,7 milhão. A participação das crianças na população gaúcha reduziu de 20,3% para 15,1%. Os dados fazem parte de uma seleção da Fundação de Economia e Estatística (FEE), em homenagem ao Dia das Crianças. A diminuição do número de nascimentos na década de 90 e na primeira década deste século foi o principal fator que contribuiu para esse decréscimo. No entanto, é importante destacar que desde 2010, o RS tem apresentado uma pequena tendência de aumento nos nascimentos, o que poderá, nos próximos anos, estabilizar ou até mesmo reverter essa tendência. Em relação à divisão por sexo, o Rio Grande do Sul registra maioria de meninos. Do total de 1.696.179 crianças, 868.201 são do sexo masculino, e 827.978, do sexo feminino.

A FEE divulgou também um material especial sobre as características principais dessa população e os índices relativos à Educação. Segundo o estudo, desde meados da década de 90, o RS e o Brasil praticamente universalizaram o Ensino Fundamental, sem que tenha havido retrocessos. Com o problema da frequência praticamente resolvido, embora persistam problemas quanto ao abandono e à repetência, as atenções devem-se voltar para o aprendizado das crianças, ou seja, a qualidade da Educação. Dentre os mecanismos de avaliação educacional sob responsabilidade do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), existe o Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb). Por meio dos resultados das crianças nas provas de proficiência do Saeb, é possível ter uma ideia de quanto os estudantes têm aprendido em Matemática e Língua Portuguesa.

Os resultados para as crianças gaúchas do 5º ano do Ensino Fundamental em 2013 mostram que cerca de 45% delas obtiveram desempenho igual ou superior ao nível 5 em Matemática. Já em Língua Portuguesa, apenas 31% atingiram patamar acima do nível. Quando se compara o conjunto de estudantes com melhores notas com os demais, verifica-se que o maior percentual de melhor desempenho é de crianças cujos pais não trabalham fora; têm pais presentes nas reuniões na escola sempre ou quase sempre; passaram pela Educação Infantil (creche e/ou pré-escola); estudaram em escolas particulares, leem mais livros; fazem os deveres de casa sempre ou quase sempre e têm seus deveres corrigidos pelo professor sempre ou quase sempre.

Fonte: Correio do Povo, página 7 de 12 de outubro de 2015.

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