Um post no Facebook, da minha amiga escritora Célia Biscaia Veiga, chamou-me atenção: ela sugeriu, a propósito do Dia da Criança, que se aproxima, que déssemos livros de presente para nossos pequenos. Acho muito boa a ideia, pois sempre defendi que, para incluir o gosto pela leitura em nossas crianças, devemos fazê-las conviver com livros desde quando ainda são muito pequenas, desde muito cedo, desde muito antes de aprenderem a ler. A importância dos livros infantis na luta para que nossas crianças adquiram o hábito da leitura é fundamental: até aqueles que não têm texto, que apresentam só ilustrações têm um papel importantíssimo, pois é manuseando, é folheando que a curiosidade pelo que eles podem conter vai ser despertada. E a família tem a missão de ajudar nessa iniciação, revelando toda a magia que um livro pode conter, contando a história e ajudando o filho, neto, sobrinho, etc. A interpretar, a recriar o que foi contado pelo autor.
Então, podemos dar um brinquedo de presente no Dia da Criança, é claro, desde que ele não lembre nenhuma arma, não podemos nos esquecer disso. Mas complementemos, complementemos o nosso presente com a dádiva de um livro, que pode representar um futuro melhor para a criança que o receberá, pois, adquirindo o gosto pela leitura, ela terá muito mais facilidade para estudar, uma vez que o conhecimento e a instrução estão nos livros, e assim poderá se capacitar melhor pra ser um profissional qualificado e bem pago.
Coincidentemente, ou a propósito, tanto faz, o dia 12 de outubro, além de ser o Dia da Criança, é também o Dia Nacional da Leitura, instituído em janeiro de 2009. Não é sugestivo? Tudo a ver com o que gostaríamos de sugerir, que é reunir crianças e livro. Tudo a ver com dar livro de presente para crianças, desde a sua mais tenra idade.
E tem mais: o dia 29 do mesmo mês de outubro é o Dia Nacional do Livro. Então, pais, filhos, irmãos, tios, avós, vamos dar livros de presente para nossas crianças, não importa a idade que eles tenham. Considerem, sim, a idade, apenas para adequar o livro a ser dado. E se os presenteados não souberem ler, sejam vocês contadores de história, recriando com eles a história que o livro contém. O resultado, a longo prazo, é incomensurável.
Fonte: Correio do Povo, página 2 da edição de 10 de outubro de 2015.
Eleição Argentina: sem clima de festa
JURANDIR SOARES
Buenos Aires – O clima da eleição que ocorre neste domingo na Argentina difere muito da última realizada no Brasil e também dos próprios processos anteriores argentinos. Não se vê passeatas, nem gente com bandeiras pelas ruas. Quem caminha por Buenos Aires nota apenas alguns painéis com propaganda de candidatos. Não tem folhetos nem “santinhos” distribuídos para a população. É um estranho clima de ordem, que começou com a própria campanha dos candidatos. Suas respectivas assessorias acertaram que não haveria agressões verbais nem acusações. Para completar, combinaram que neste domingo não haverá proclamação antecipada de vencedor, nem tampouco denúncia de fraude. Qualquer manifestação, só depois que o resultado já estiver claro.
Os argentinos votam amanhã em eleições gerais para cargos executivos. Ou seja, para presidente e vice, governadores e intendentes municipais. Daqui a dois anos serão as eleições legislativas .Para senadores, deputados e vereadores. A campanha foi encerrada na quinta-feira, com cada candidato fazendo suas últimas promessas. O ex-prefeito de Buenos Aires, Maurício Macri, prometeu acabar com a pobreza, combater o narcotráfico e unir os argentinos. Três objetivos que não são nada fáceis de alcançar, Sérgio Massa, ex-chefe de gabinete de Kirchner, fez uma conclamação para o voto útil, visando levar o pleito para um segundo turno, quando pretende unir esforços com Macri para tentar vencer o candidato da situação, Daniel Scioli. Este, por sua vez, prometeu isenção de imposto de renda para quem ganha até 30 mil pesos, o que equivale a R$ 12 mil. Hoje, a isenção é para quem ganha até 15 mil pesos, correspondendo a R$ 6 mil. Vele lembrar que no Brasil a taxação já começa com quem ganha pouco menos de R$ 2 mil. E que, com 4 mil, já alcança a quota máxima de 27%.
A propósito da comparação com o Brasil nossa moeda perdeu força com relação ao peso. Lembro que quando estive em Buenos Aires cerca de um ano atrás recebíamos quatro pesos por um real. Agora são 2,5 pesos. O dólar é vendido oficialmente a 9 pesos e paralelamente a 16 pesos.
Fonte: Correio do Povo, página 8 de 24 de outubro de 2015.
Entidades vão às ruas defender democracia
Atos no país destacam Dilma e repudiam ataque aos trabalhadores
Jézica Bruno
Preocupados com o quadro político instalado no país e o avanço de pautas conservadoras no Congresso, dezenas de entidades lançaram ontem o Movimento em Defesa da Democracia e dos Direitos Sociais. O objetivo de entidades como a Central dos trabalhadores do Brasil, Ministério Público do trabalho (MPT-RS), Central Única dos Trabalhadores, União Nacional dos Estudantes e Associação dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Amatra IV), é reafirmar a defesa da democracia e dos direitos sociais e impedir retrocessos nos direitos do trabalhador.
O lançamento do movimento foi simbolizado pela assinatura da Carta de Porto Alegre, em que as entidades conclamam por medidas contra o ataque aos direitos sociais e defendem um processo eleitoral transparente e livre de interferências econômicas. Atos similares foram realizados em todo o Brasil, defendendo o governo de Dilma Rousseff e alertando a sociedade sobre a crise vivenciada no país contra a democracia.
Para o presidente do CTB-RS, Guiomar Vidor, o momento é histórico. “Reunir instituições representando os trabalhadores, estudantes e movimentos populares tem significado muito grande. Vamos tornar pública a posição da sociedade que quer a defesa da democracia”, disse. “Se há setores que querem acabar com a democracia, eles vão ter que passar por cima da gente”, declarou Vidor.
Fonte: Correio do Povo, página 6 de 21 de agosto de 2015.
PF prende sócio da Engevix
A Polícia Federal (PF) realizou ontem a 19ª fase da Operação Lava Jato, batizada de “Nessun Dorma” (ninguém durma, em italiano), que revela a participação de um novo operador do PMDB no esquema de propinas na Eletronuclear. Entre os presos, está João Augusto Rezende Henriques, que, na avaliação dos investigadores, pode ser um dos “maiores operadores” da Lava Jato. Também foi preso o empresário José Antues Sobrinho, sócio da Engevix. Ele já é réu em processo por suspeita de participação em corrupção na estatal.
Segundo o procurador- Carlos Fernando dos Santos Lima, Antunes Sobrinho é suspeito de ter pago propina para a obtenção de contratos na Eletronuclear. O valor teria sido pago a agentes públicos e políticos, no entanto, não foi revelado, mas pode ter sido desviado dos R$ 140 milhões recebidos pela empresa da estatal. Segundo os investigadores, ele ainda teria procurado testemunhas da Lava Jato após a deflagração da 16ª fase da operação, batizada de Radioatividade. A ação reforçou o pedido de prisão contra o empresário. O empreiteiro foi preso no início da manhã em sua casa, em Florianópolis, e levado à Superintendência da Polícia Federal em Curitiba.
Fonte: Correio do Povo, página 3 de 22 de setembro de 2015.
Petrobras perde grau de investimento e selo de bom pagador
Empresas e bancos também foram rebaixados.
Fonte: Correio do Povo, capa da edição de 11 de setembro de 2015.
Petrobras quitará dívida de R$ 2,1 bi
Rio – A Petrobras pagará R$ 2,1 bilhões à Receita Federal referentes a imposto sobre o envio de recursos a subsidiária no exterior. O dinheiro foi usado para pagamento de petróleo. Pela segunda vez em menos de um mês a Petrobras anuncia o reconhecimento de dívidas tributárias.
No segundo trimestre, a estatal pagou R$ 1,6 bilhão à Receita referente a um processo sobre as coligadas no exterior. A empresa também provisionou R$ 2,6 bilhões relacionados com outros três processos. Segundo o banco Credit Suisse, a estatal tem R$ 90 bilhões em disputas fiscais em andamento.
Fonte: Correio do Povo, página 6 de 15 de agosto de 2015.
Petrobras: sócio minoritário pede indenização
Rio – A Associação dos Investidores Minoritários se articula para ingressar com ação civil pública contra a Petrobras em busca de indenização pelas perdas impostas à estatal na Bolsa de Valores em decorrência do esquema de propina revelado pela Operação Lava Jato. Os minoritários também tentam convencer acionistas relevantes da companhia, como Previ, fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil, a participar da ação. Na Justiça dos Estados Unidos, A Petrobras já é alvo de 17 processos. Ao todo, são 11 ações individuais e seis coletivas, que vêm sendo abertas na Corte de Nova Iorque desde dezembro de 2014.
Fonte: Correio do Povo, página 5 de 16 de agosto de 2015.
Petroleiros esperam melhor hora de parar
A Federação Única dos Petroleiros (FUP) está aguardando o melhor momento para deflagrar uma greve em todas as unidades da Petrobras. Ela estava anunciada para iniciar ontem, porém, os sindicalistas aguardam oportunidades em que a paralisação em plataformas, refinarias e terminais, represente maior prejuízo à estatal. Segundo o coordenador-geral da FUP, José Maria Rangel, o movimento poderá ser deflagrado a qualquer momento. Até ontem, disse, a companhia não havia respondido à solicitação de reunião.
Fonte:Correio do Povo, página 6 de 8 de setembro de 2015.
Pizzolato pode voltar nesta semana
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, disse ontem que Henrique Pizzolato, ex-diretor do Banco do Brasil condenado no processo do mensalão, pode ser extraditado da Itália para o Brasil ainda nesta semana. Janot explicou que o próximo passo é o Estado italiano comunicar a embaixada brasileira em Roma que Pizzolato está “disponível” para voltar ao Brasil. A partir daí, a Polícia Federal e a Interpol providenciarão a extradição.
Fonte: Correio do Povo, página 4 de 23 de setembro de 2015.
Pizzolato volta ao Brasil
O ex-diretor de marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato embarcou ontem para o Brasil no Aeroporto de Malpensa, em Milão, por volta das 22h40 min (18h40min, em Brasília). Sua chegada ao Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, está prevista para o início da manhã de hoje. Após longa disputa judicial, o catarinense de 63 anos foi extraditado ontem. Ele foi escoltado por três policiais federais e uma médica do órgão.
De São Paulo, em aeronave da Polícia Federal, Pizzolato será conduzido até Brasília, onde irá para o Instituto Médico-Legal para fazer exames. Depois, será transferido para o Complexo Penitenciário da Papuda.
Em agosto de 2012, Pizzolato foi condenado pelo Supremo por corrupção passiva, peculato e lavagem de dinheiro no processo do mensalão. Em novembro de 2013, ele fugiu para a Itália com o passaporte falso de um irmão morto para evitar ser preso no Brasil. Com o nome incluído na lista de procurados da Interpol, Pizzolato foi preso no dia 5 de fevereiro de 2014, em Maranello, por parte de documento falso.
O mensaleiro chegou a ser solto em outubro de 2014 pela Justiça da Itália. Em fevereiro deste ano, após recurso do Brasil, a extradição foi autorizada e Pizzolato voltou à prisão. Em 24 de abril, a Justiça italiana confirmou a extradição. Em 6 de outubro, a Corte Europeia de Direitos Humanos rejeitou a última tentativa de recurso de Pizzolato contra a extradição.
Fonte: Correio do Povo, página 3 de 23 de outubro de 2015.
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