Há um brocardo que diz que vivemos num mundo no qual os bens são finitos e as demandas infinitas, mostrando que muito dos conflitos se deve a essa impossibilidade de atender às necessidades da população em escala satisfatória. Tal realidade diz respeito não apenas aos bens de mercado como também aos recursos naturais, como ar puro, terras e água. Quanto mais se constata o crescimento demográfico, mais fica evidente que fechar a equação e garantir a sobrevivência de todos com dignidade não é tarefa fácil.
Se essa dificuldade envolve um montante de 7,3 bilhões de habitantes do nosso planeta hoje, ela poderá ficar agravada quando chegarmos aos 10 bilhões. Segundo estudo do Instituto Francês de Estudos Demográficos (Ined), publicado nesta quarta-feira, isso deverá ocorrer em 2050.
Muitos dos problemas que enfrentamos no mundo de hoje vêm de ações e de omissões de gerações que nos antecederam, como é o caso dos refugiados e das alterações climáticas. Isso mostra o quão estamos interligados ao longo do tempo e o quanto é necessário interagir de forma positiva para realizar um complexo e necessário mutirão de nações para não apenas enfrentar os desafios atuais como pata legar um espaço de vida menos conflitado para as gerações futuras. Questões como a preservação do meio ambiente, a sustentabilidade da economia, a erradicação de doenças, a universalização da escola, entre outros itens, são temas de extrema atualidade e decisivos para um futuro que não para de chegar.
Fonte: Correio do Povo, editorial da edição de 9 de setembro de 2015, página 2.
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