Valor se refere à projeção de
empresas de concessão, que atuam há 20 anos
Mauren
Xavier
As
empresas de concessão de rodovias no Brasil projetam investimentos
de R$ 55 bilhões para os próximos cinco anos. A previsão foi feita
pelo presidente da Associação Brasileira de Concessionárias de
rodovias (ABCR), Ricardo Pinto Pereira, durante a abertura do 9º
Congresso Brasileiro de Rodovias & Concessões, que começou
ontem, em Brasília. Os investimentos referem-se aos contratos em
execução e os que foram recém assinados dentro do Programa de
Investimento em Logística do governo federal.
O evento vai discutir até amanhã os
avanços e as novidades aplicadas pelas empresas ao longo dos 20 anos
do programa de concessão e a situação da infraestrutura rodoviária
no Brasil. “O setor vive um momento intenso. Comemoramos as duas
décadas, mostrando as duas décadas, mostrando eficiência e
qualidade, e já apontando para os desafios. Temos previsão de
investimentos, que não são promessas, mas contratos assinados e que
serão efetivados”, assegurou Pereira, durante a abertura. Na
ocasião, ele recordou que ao longo das duas décadas foram aplicados
R$ 43 bilhões. Da malha rodoviária brasileira, quase 19 mil estão
concedidas, segundo a ABCR.
Pereira também falou sobre a
situação gaúcha. Ele considerou um “erro” a decisão
estratégica de governo Tarso de que não renovar as concessões.
“Foi uma perda de tempo para o Estado. Uma concessão que garante
manutenção e a primeira coisa que se percebe quando termina, no
instante seguinte: não há recursos para fazer a conservação”,
afirmou. O presidente também disse que será “muito bom” para o
RS se o governo conseguir fazer novas concessões.
Na abertura, a representante do Banco
Interamericano de Desenvolvimento (BID), Daniela Markes, ressaltou
ser fundamental o investimento em infraestrutura. Recordou que nos
últimos anos o volume de recursos aplicados no Brasil é mínimo e
está bem inferior ao ideal para se conseguir manter a malha
existente. “É preciso compreender que o investimento em
infraestrutura tem um impacto amplo, como nas áreas sociais e
econômicas”, enfatizou. Ela adiantou que, para melhorar e alcançar
os níveis industrializados, as aplicações deveriam girar em torno
de 4% e 6% do PIB pelos próximos 20 anos.
Para a secretária executiva do
Ministério dos Transportes, Natália Marcassa, o modelo de concessão
brasileiro é reconhecido internacionalmente e obteve importantes
melhorias nesses 20 anos. “É essencial o investimento em
infraestrutura, seja com recursos públicos ou privados.”
Fonte: Correio do Povo, página 21 de
15 de setembro de 2015.
Nenhum comentário:
Postar um comentário