terça-feira, 15 de setembro de 2015

Previstos R$ 55 bi em 5 anos para rodovias

Valor se refere à projeção de empresas de concessão, que atuam há 20 anos


Mauren Xavier


As empresas de concessão de rodovias no Brasil projetam investimentos de R$ 55 bilhões para os próximos cinco anos. A previsão foi feita pelo presidente da Associação Brasileira de Concessionárias de rodovias (ABCR), Ricardo Pinto Pereira, durante a abertura do 9º Congresso Brasileiro de Rodovias & Concessões, que começou ontem, em Brasília. Os investimentos referem-se aos contratos em execução e os que foram recém assinados dentro do Programa de Investimento em Logística do governo federal.
O evento vai discutir até amanhã os avanços e as novidades aplicadas pelas empresas ao longo dos 20 anos do programa de concessão e a situação da infraestrutura rodoviária no Brasil. “O setor vive um momento intenso. Comemoramos as duas décadas, mostrando as duas décadas, mostrando eficiência e qualidade, e já apontando para os desafios. Temos previsão de investimentos, que não são promessas, mas contratos assinados e que serão efetivados”, assegurou Pereira, durante a abertura. Na ocasião, ele recordou que ao longo das duas décadas foram aplicados R$ 43 bilhões. Da malha rodoviária brasileira, quase 19 mil estão concedidas, segundo a ABCR.
Pereira também falou sobre a situação gaúcha. Ele considerou um “erro” a decisão estratégica de governo Tarso de que não renovar as concessões. “Foi uma perda de tempo para o Estado. Uma concessão que garante manutenção e a primeira coisa que se percebe quando termina, no instante seguinte: não há recursos para fazer a conservação”, afirmou. O presidente também disse que será “muito bom” para o RS se o governo conseguir fazer novas concessões.
Na abertura, a representante do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Daniela Markes, ressaltou ser fundamental o investimento em infraestrutura. Recordou que nos últimos anos o volume de recursos aplicados no Brasil é mínimo e está bem inferior ao ideal para se conseguir manter a malha existente. “É preciso compreender que o investimento em infraestrutura tem um impacto amplo, como nas áreas sociais e econômicas”, enfatizou. Ela adiantou que, para melhorar e alcançar os níveis industrializados, as aplicações deveriam girar em torno de 4% e 6% do PIB pelos próximos 20 anos.
Para a secretária executiva do Ministério dos Transportes, Natália Marcassa, o modelo de concessão brasileiro é reconhecido internacionalmente e obteve importantes melhorias nesses 20 anos. “É essencial o investimento em infraestrutura, seja com recursos públicos ou privados.”


Fonte: Correio do Povo, página 21 de 15 de setembro de 2015.


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