O
câncer de mama tem altos índices de letalidade em todo o mundo.
Para prevenir a doença, a Organização Mundial de Saúde (OMS)
recomenda uma meta de atendimento prévio de 70% das mulheres na
faixa etária entre 50 e 69 anos de idade. Contudo, o Brasil, não
obstante investimentos feitos nos últimos anos, ainda está abaixo
dessa média, ficando em 40%. De acordo com o Ministério da Saúde,
o aumento dos exames em mulheres dessa idade de risco aumentou 62,9%
entre 2010 (1.547.411) e 2014 (2.506.339). Para o conjunto das
mulheres, em todas as faixas de idade, o incremento foi de 41,8%
entre 2010 (3.035.421) e 2014 (4.304.619).
O país hoje disponibiliza para
exames um total de 2.507 mamógrafos para uso no SUS. A indicação
técnica é de um mamógrafo para cada grupo de 240 mil habitantes e,
no brasil, há, segundo os números, a necessidade de mais 833
equipamentos. Contudo, o problema não é só aritmético, mas também
de localização. Muitas capitais têm média melhor pela
concentração dos aparelhos, enquanto cidades do Interior apresentam
uma relação de muito mais mulheres para cada mamógrafo. Essa
equação precisa ser resolvida por meio de novas aquisições.
Com novas tecnologias sendo
disponibilizadas a favor da saúde, é inaceitável que mulheres
continuem perdendo a vida por falta de exames preventivos. Realizar
campanhas de esclarecimento e incorrer novas práticas individuais e
coletivas contra doenças como o câncer de mama são necessariamente
permanente.
Fonte: Correio do Povo, página 2,
editorial da edição de 2 de setembro de 2015.
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