A
mais recente medida do governo federal na sua série interminável de
equívocos é aumentar os impostos. Em tempos de crise aguda, a
solução dos governo é sempre a mesma. Os impactos gerados por esta
ação acabam sendo danosos para a economia. O remédio que visa
curar acaba por agravar a situação do paciente. Esta realidade é
especialmente preocupante no plano federal, no qual a tentativa de
aumento de impostos serve apenas para cobrir os rombos de um governo
pesado e ineficiente.
Nossa carga tributária é um das
maiores do planeta, mas o seu retorno em serviços públicos é
pífio. Ao invés de aumentar os impostos o governo federal deveria
cortar custos.
Ao mesmo tempo, é lamentável ver o
Planalto encaminhar uma peça orçamentária pela primeira vez
deficitária. Não resta alternativa senão reconhecer o fracasso
deste governo: déficit primário previsto de R$ 30,5 bilhões.
Uma política cruel e equivocada,
responsável pela destruição do equilíbrio das receitas dos
estados, que agonizam diante de um crescente endividamento. O
ministro Joaquim Levy precisa entender que não resolverá o problema
brasileiro preocupando-se apena com a situação federal e
mostrando-se insensível com o drama vivido pelos estados,
incluindo-se o Rio Grande do Sul.
Apesar da economia realizada, a duras
penas, o Rio Grande do Sul está sendo punido por um governo federal
que não faz o dever de casa. Que moral tem o governo Dilma para
bloquear as contas do Estado? O Brasil derrete a olhos vistos. O
dólar dispara, a inflação não cede e o PIB despenca. Repito: é
preciso dar exemplo. Não cabe ao Congresso dividir o fardo da
desastrosa administração Dilma. Não cabe ao Legislativo ser
chamado para repartir a responsabilidade pelo rombo no Orçamento ou
aumentar tributos para cobrir os gastos irresponsáveis deste
governo.
Cabe a nós, parlamentares,
devolvermos o orçamento ao governo para que o refaça e apresente
soluções. Enviar uma peça deficitária como esta – um rombo que
chegará muito além do anunciado – é um desrespeito com o
parlamento e com a Nação. Não podemos nos tornar cúmplices dos
erros do Planalto. Nem deixar que o povo pague a conta.
Senador do PDT
Fonte: Correio do Povo, edição de 3
de setembro de 2015, página 2.
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