Infelizmente,
tem se tornado prática comum delinquentes investirem contra ônibus
e lotações em meio a agitações de massa. Muitas vezes, até mesmo
em casos nos quais as pessoas alegam estar em busca de direitos, os
vândalos se valem dessas oportunidades para praticar atos
condenáveis. Fatos como esses são recorrentes em grandes cidades e
capitais, tendo já registro deles também em Porto Alegre e, agora,
nesta segunda, em Goiânia, onde veículos foram incendiados e
depredados.
É bom que se frise que esse tipo de
crime vai na contramão da melhoria dos serviços. Os coletivos não
são cobertos por seguro contra vandalismo, e as empresas acabam
arrecadando com o prejuízo. Consequentemente, a própria reposição
dos ônibus nas linhas fica prejudicada. Dessa forma, fica patente
que os maiores danos ficam para as comunidades, muitas carentes, que
acabam tendo a mobilidade urbana, seja para escola, para o trabalho,
para a casa, bastante afetada.
A prática desses delitos não pode
continuar e urge que a população colabore com as forças policiais
para sua prevenção e apuração. Não raras vezes, os criminosos
poderiam ser identificados por meio de comunicações sigilosas,
garantindo os meios para que o poder público possa agir e impedir
tais atos de destruição. Não é possível aceitar que indivíduos
que apostam no “quanto pior melhor” se valham do direito de
manifestação para praticar seus crimes que, ao fim e ao cabo,
deixam os cidadãos tolhidos de usar devidamente um serviço
essencial para o seu cotidiano.
Fonte: Correio do Povo, página 2,
editorial da edição de 22 de setembro de 2015.
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