Calais
– A presença de imigrantes
nas vias do túnel sob o Canal da Mancha bloqueou vários trens da
Eurostar na madrugada desta quarta-feira, obrigando dezenas de
passageiros a passar toda a noite em uma estação. No total, seis
trens foram afetados: o que está na estação Calais-Frethun, dois
que retornaram para Paris e Londres, e três que, depois de aguardar
a liberação das linhas, seguiram para a capital britânica. Cerca
de 3 mil imigrantes estão presentes em Calais com a intenção de
chegar a Inglaterra.
Correio do Povo, página 6 de 3 de
setembro de 2015.
Acidente mata 43 pessoas na França
Paris
– Quarenta
e três pessoas morreram ontem na colisão de um caminhão com um
ônibus na cidade de Puisseguin, no Sudoeste da França. Segundo o
canal Europe 1, ambos os veículos ficaram em chamas. Cerca de 60
bombeiros foram enviados ao local.
De acordo com dados preliminares, a
maioria dos passageiros morreu na hora, muitos deles queimados. “O
motorista do ônibus ficou levemente ferido. Teve o reflexo de abrir
as portas para permitir que o máximo de passageiros saíssem do
ônibus”, declarou o prefeito de Puisseguin, Xavier Sublett.
Segundo ele, o motorista do caminhão perdeu o controle de seu
veículo e invadiu a pista contrária. Três pessoas escaparam
ilesas, mas quatro estão internadas.
A tragédia em Puisseguin é a mais
grave nos últimos 30 anos na França. Segundo a mídia local, o
ônibus transportava 49 pessoas – a maioria idosas. Já o caminhão,
que se dedicava ao transporte de madeira, não levava carga no
momento da colisão. “É um catástrofe espantosa”, declarou o
primeiro-ministro Manuel Valls, que chegou ao local do acidente ao
meio-dia.
Quase todas as vítimas estavam em
uma excursão. Integrantes de um clube da terceira idade de uma
pequena localidade de apenas 643 habitantes, elas haviam saído cedo
pela manhã para realizar um passeio a Landes, nos Pirineus
Atlânticos. Em sua página na rede social Twitter, o presidente da
França, François Hollande, escreveu que “todo o governo francês
está mobilizado por causa da tragédia terrível”.
Fonte: Correio do Povo, página 8 de
24 de outubro de 2015.
Agência
rebaixa a Petrobras
Além da estatal, que perde dois
níveis S&P nuncia corte (rating) de
outras 30 empresas
São
Paulo – A
Standard & Poor's (S&P) tirou ontem o grau de investimento da
Petrobras. A nota da estatal foi rebaixada em dois níveis, de “BBB”
para “BB”, com perspectiva negativa. A agência anunciou ainda o
corte das notas de outras 30 empresas brasileiras. Além da
Petrobras, a S&P também colocou no terreno especulativo outras
23 empresas, entre elas a Eletrobras. O anúncio foi feito um dia
após o rebaixamento da nota de crédito soberano do Brasil, que
perdeu o selo de bom pagador na classificação da S&P.
Em
comunicado, a S&P disse que a perspectiva negativa aplicada à
dívida da Petrobras – que abre a possibilidade de outro
rebaixamento no futuro – é um reflexo da situação política e
econômica do país. O rating
(nota)
atual da estatal na agência Moody's pe “Ba2”, dois degraus
abaixo do patamar considerado “bom pagador”. Na Fitch, a estatal
permanece no grau de investimento, classificada com a nota “BBB-”,
um degrau acima do patamar especulativo. O rebaixamento do Brasil e
da Petrobras pode aumentar as dificuldades de financiamento da
companhia. A dívida líquida da Petrobras subiu 15% em seis meses,
para R$ 323,9 bilhões no final de junho, ante R$ 282 bilhões no
final de 2014.
A Petrobras também está no centro
das investigações da operação Lava Jato da Polícia Federal. Em
abril, a companhia calculou em R$ 6,194 bilhões as perdas por
corrupção e reduziu o valor de seus ativos em R$ 44,3 bilhões. O
rebaixamento da estatal foi anunciado pouco antes do fechamento do
pregão da Bovespa, que encerrou o dia em queda de 0,33%, com as
ações da petroleira registrando baixa de mais de 5%.
em reunião de emergência com os
principais ministros e o vice-presidente Michel Temer, no Palácio do
Planalto, a presidente Dilma Rousseff determinou ontem agilidade nos
anúncios das medidas para reverter a situação. Segundo um dos
participantes do encontro, as primeiras medidas podem ser anunciadas
hoje.
Após a reunião, o ministro da
Fazenda, Joaquim Levy, não deu detalhes do que o governo pretende
fazer. No entanto, fez clara apologia à elevação de impostos como
forma de reverter o déficit orçamentário de R$ 30,5 bilhões
previsto para 2016.
Levy afirmou que os brasileiros devem
encarar eventuais aumentos de impostos como um investimento para que
a economia volte a crescer. “Talvez você tenha que pagar um
pouquinho mais de imposto”, admitiu. O ministro negou-se, contudo,
a detalhar quais tributos deverão ser elevados.
Fonte: Correio do Povo, página 10 de
11 de setembro de 2015.
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