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Deputados fecham acordo para excluir PT do comando de CPIs: http://glo.bo/1ILv9yy
Desestímulo educacional, por Roberto Fissmer
Pode-se entender a preocupação das autoridades em retirar das ruas os jovens desocupados e colocá-los nas escolas, embora que isso não signifique que eles venham a estudar. Uma vez estando matriculados, os governantes lavam as mãos quanto aos problemas causados por adolescentes com atitudes opostas às recomendadas para o meio estudantil e jogam a responsabilidade nos ombros dos professores que, além de mal remunerados, não possuem os recursos indispensáveis ao adequado desempenho profissional. Assim ficam os educadores com a fama de despreparados para a docência e ainda sendo cobrados exatamente por quem não lhes proporciona as condições de trabalho compatíveis com os resultados desejados.
As imagens de ruínas em que se encontram muitos colégios públicos pelo país afora, mostradas em fotos de jornais ou nas telas de televisão, são um retrato inegável do cenário caótico verificando também nas áreas da saúde e da segurança, contrastando com a alta carga tributária, uma das mais elevadas do mundo, imposta aos indefesos contribuintes que a tudo presenciam sem ter como reverter essa perversa situação. Os apelos, as críticas, os protestos dos cidadãos frete às revoltantes condições de abandono de instituições governamentais não ecoam nos ouvidos daqueles que deveriam assisti-los, representá-los, apoiá-los, defendê-los, enfim.
Não serão programas com nomes pomposos, com slogans importantes - “Brasil, Pátria educadora”, por exemplo – ou com frases bombásticas que alterarão o quadro de penúria nas redes educacionais oficiais – somente neste ano foram cortados mais de R$ 10 bilhões do orçamento da União para o setor de ensino, atingindo estados e municípios com impacto em toda a comunidade escolar. Existe, visivelmente, um esforço das autoridades em difundir exaustivamente nos meios de comunicação a ideia de procupação com a qualidade do ensino. Entretanto, isso não depende apenas da disposição dos professores que já tem muito fazem, embora ainda não consigam operar milagres. Não são os educadores que necessitam de cursos de aperfeiçoamento, de qualificação, de atualização, como vem ocorrendo há anos, para melhor atender aos estudantes, mas, sim, os políticos que, ressalvas algumas exceções, carecem de uma profunda reciclagem no que se refere aos atos por eles praticados, especialmente no uso de recursos públicos – este, sim, seria um belo exemplo para os jovens brasileiros.
De discursos eloquentes, de pronunciamentos inflamados, de expressões faciais caricatas, de encenações pirotécnicas e de propaganda enganosa a sociedade está saturada!
Professor
Fonte: Correio do Povo, edição de 4 de agosto de 2015, página 2.
Cuba e Estados Unidos reabrem embaixadas
Havana e Washington abrigarão representações diplomáticas dos dois países
Washington – Estados Unidos e Cuba formalizam nesta segunda-feira o restabelecimento de suas relações diplomáticas com a reabertura de embaixadas em Washington e Havana, um passo definitivo que encerra mais de meio século de ruptura. Pela primeira vez desde 1961, quando os países romperam relações, a bandeira cubana será hasteada na mansão de pedra calcária que era até então a Seção de Interesses de Cuba em Washington.
O ministro das Relações Exteriores de Cuba, Bruno Rodriguez, vai oficiar a cerimônia, na qual inaugurará uma placa com o novo estatuto da representação na presença de cerca de 500 pessoas no antigo edifício, localizado em uma linha reta desde a Casa Branca.
Rodriguez, o primeiro chanceler cubano em Washington desde 1959, irá, em seguida, reunir-se com seu colega americano, John Kerry, na sede do Departamento de Estado, onde a bandeira cubana também será içada.
Enquanto isso, em Havana, o edifício de concreto maciço que abriga a delegação dos Estados Unidos espera uma silenciosa transformação em embaixada, sem eventos oficiais planejados até o momento. Mas, para fins práticos, os dois países estarão restaurando as relações diplomáticas, fechando o último capítulo da Guerra Fria nas Américas.
Este passo é o resultado do “novo espírito pragmático que molda o ambiente” entre os dois países, declarou à AFP Ted Piccone, especialista em Cuba do Instituto Brookings. “Em 20 de julho começa uma nova etapa, longa e complexa, no caminho para a normalização das relações e que necessitará de vontade para encontrar soluções para os problemas que se acumularam ao longo de cinco décadas e que afetaram os laços entre nossos países e povos”, salientou.
Segundo Piccone, Washington procura se aproximar de Cuba para fomentar o desenvolvimento dos cidadãos cubanos, enquanto Havana necessita “do motor econômico” dos Estados Unidos para “atualizar o modelo socialista sem precisar realizar reformas políticas”.
Fonte: Correio do Povo, página 6 de 20 de julho de 2015.
Malásia diz que peça é de avião sumido
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Cunha: 'Objetivo de constranger'
O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), reagiu ontem à informação de que o delator da Operação Lava Jato Júlio Camargo disse à Justiça Federal que ele teria pedido US$ 5 milhões em propina por contrato. Após reunião com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), Cunha disse que Camargo foi obrigado a mentir pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot. “Há um objetivo claro de constranger o poder Legislativo e que pode ter o Poder Executivo por trás em articulação com o procurador-geral da República”, acusou.
Cunha disse achar “estranho” que, em período de aprofundamento da discussão de um eventual pedido de impeachment da presidente Dilma Roussef, queiram constranger o Congresso. “Não vou aceitar ser constrangido.” Cunha faz hoje um pronunciamento em cadeia de rádio e TV e não pretende alterar seu discurso. Ele explicou que falará sobre as atividades da Casa e não fará sua defesa pessoal. 'O ônus da prova é de quem acusa”, desafiou.
Fonte: Correio do Povo, página 6 de 17 de julho de 2015.
Cunha quer mudar delação premiada
Presidente da Câmara defende projeto que proíbe acordo com quem está preso
Alvo de inquérito na Operação Lava Jato e acusado por um delator de ter exigido propina de empresas contratadas pela Petrobras, o presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB), defendeu ontem a mudança na legislação que rege a delação premiada. Durante almoço com cerca de 500 empresários, em São Paulo, o peemedebista afirmou que apoia um projeto do ex-presidente da OAB-SP, Luiz Flávio Borges D'Urso, que proíbe a delação para quem está preso. “Não podemos deixar ninguém com uma espada (no pescoço), na condição de só ter liberdade se algo for delatado”, afirmou o deputado em seu discurso.
O presidente da Câmara comentou também a possibilidade de perda de grau de investimento pelo Brasil, considerada por ele um risco real. O peemedebista disse que as adaptações para evitar downgrade não são tarefas somente do Parlamento e devem ser entendida como uma crítica ao próprio governo. Segundo Cunha, um passo para a recuperação da credibilidade do governo é que sejam estipuladas “metas críveis” e não “mais fantasias que não se cumprem”.
O peemedebista abordou ainda os pedidos de impeachment da presidente Dilma Rousseff. Ele afirmou entender que é processo grave, com consequências danosas para o país. Em mais uma crítica direta ao PT, disse que o partido deveria discutir o afastamento de Dilma antes de sair em defesa de sua saída temporária da presidência da Casa Legislativa. “Os mesmos princípios que eles têm para mim, devem ter para todos os quadros deles que são por ventura investigados ou suspeitos de qualquer coisa. Se eles pedem qualquer tipo de coisa em relação a mim, deveriam começar pedindo o afastamento de ministros e talvez discutindo o da própria presidente”, recomendou.
Fonte: Correio do Povo, página 3 de 28 de julho de 2015.
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