O trânsito brasileiro tem hoje uma realidade de difícil gestão, uma vez que existe uma frota nacional de veículos em torno de 50 milhões. Em 2001, esse número era de 24 milhões, o que mostra uma escalada acentuada. Segundo dados dos órgãos oficiais, cerca de 50 mil pessoas morrem todos os aos em função de acidentes com veículos, sendo que milhares delas ficam feridas ou com algum tipo de sequela.
Por sua vez, Porto Alegre tem uma frota que está hoje em torno de 700 mil veículos, numa proporção que envolve um para cada dois habitantes. Isso mostra que as ruas se tornaram lugares bastante povoados a partir de um fluxo intenso de circulação de carros e de pessoas, o que exige da sociedade uma discussão sobre uma convivência que costuma ser bastante conflitada. Não raras vezes, por dolo ou culpa, ocorrem acidentes que poderiam perfeitamente ser evitados.
Para levar que a área urbana faça jus a essa denominação, é preciso que incentivem práticas e medidas que melhorem a relação entre pedestres e condutores. Cursos de especialização, emprego de novas tecnologias, melhor formação de motoristas, aperfeiçoamento dos servidores das empresas de transportes, palestras em escolas e investimentos em infraestrutura são alguns itens a serem considerados. A logística do trânsito demanda um gerenciamento a partir de políticas públicas voltadas ao desafogo de fluxos e preservação de vidas. Isso implica qualidade de vida, além de ter repercussão na produtividade do país.
Fonte: Correio do Povo, editorial da edição de 14 de agosto de 2015, página 2.
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