Existe
um ditado de que toda segunda-feira é difícil, por representar o
reinício da semana e a interrupção do lazer de sábado e de
domingo. Tudo indica que esta segunda-feira deverá ser cercada de
apreensão, uma vez que existe a perspectiva de interrupção de
serviços públicos, entre eles os de educação, saúde e segurança
pública. Não são poucas as categorias que, diante do parcelamento
dos salários, estão ameaçando restringir suas atividades, com
reflexos diretos na vida das comunidades. Quando uma escola paralisa,
por exemplo, os pais têm toda sua rotina alterada e muitos não
conseguem trabalhar normalmente, arcando com os prejuízos
financeiros correspondentes. Também consultas e atendimentos nos
postos de saúde e nos hospitais públicos ficam extremamente
prejudicados. Tudo isso sem falar de uma eventual diminuição do
policiamento nas cidades, o que se espera não ocorra.
Diante
desse quadro, só se pode esperar que o bom senso predomine. A
sociedade gaúcha, a partir de propostas do governo do Estado, deve
encontrar os caminhos para a pacificação dos conflitos, com o
atendimento de todos os interesses maiores em jogo. O que não se
quer é o cotidiano de milhões de pessoas em xeque, com prejuízo
para todos. Certamente, tanto o governador José Ivo Sartori
(PMDB-RS) quanto os servidores têm interesse em chegar a um
entendimento o quanto antes. Hoje não é apenas mais uma
segunda-feira, mas um dia para refletir sobre os meios de superar um
impasse de grandes proporções.
Fonte:
Correio do Povo, página 2 de 3 de agosto de 2015.
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