O juiz Sérgio Moro esteve em Porto Alegre por algumas horas palestrando para seus colegas da Justiça Federal sobre o tema “Corrupção e Processo Penal: Experiência nos Estados Unidos e no Brasil”. Ele não deu entrevistas e nem tratou da Operação Lava Jato ainda em andamento por motivos óbvios. E nem precisava mesmo entrar em detalhes, pois hoje, no Brasil, a expressão “lava jato” é sinônimo de corrupção.
Com a mesma lucidez que está julgando e sentenciando os envolvidos no maior escândalo de corrupção já visto em nosso país, Sérgio Moro lamentou a morosidade da Justiça brasileira (sem juridiquês) que ainda não adotou em sua máxima amplitude a “admissão de culpa”.
“Nos Estados Unidos – disse -, um processo tramita mais rapidamente quando essa medida é utilizada. Ao olhar para os indicadores dos Estados Unidos provocados por esse instrumento legal, fico com inveja dos juízes de lá.”
Como é agradável para o lado decente deste país ouvir de um magistrado uma crítica direta ao sistema legal vigente quando são beneficiados acusados plenos de provas contundentes, pelo excessivo número de recursos possíveis.
A morosidade da Justiça brasileira está identificada “em casos famosos, patológicos, no STF, de recurso, do recurso, do recurso...”. E é por isso “que casos de homicidas confessos que, entre o início e o fim do processo, levam dez anos”.
Sérgio Moro defendeu a prisão de condenados em primeiro ou segundo grau, ainda que haja recursos a tribunais superiores. Esses condenados em liberdades são arautos da impunidade e “Responsáveis pela hipertrofia do STJ e do STF”.
Para ele, somente um conjunto de reformas institucionais poderá dar mais efetividade e objetividade ao sistema jurídico brasileiro. Enquanto isso não se efetivar, o Brasil vai conviver com a impunidade dos poderosos, com a lentidão da Justiça e boa parte do trabalho das autoridades se perdendo nos labirintos dos processos. É bom esse Sérgio Moro!
Admissão de culpa (1)
No Brasil – diz Sérgio Moro - “nós temos casos criminais em que a prova incriminatória é esmagadora, mastodôntica da responsabilidade criminal do acusado, mas ainda assim não temos a cultura do reconhecimento de culpa, ganhando alguma vantagem em matéria de dimensionamento da pena, resultando numa baixa efetividade do nosso sistema de justiça criminal.
Admissão de culpa (2)
“Nos EUA, cerca de 80% ou 90% dos casos criminais encerram-se com o reconhecimento de culpa. Quando existe esse reconhecimento, o caso é julgado de forma mais simplificada. Nessas horas, eu gostaria muito de ser um juiz norte-americano, pegar os meus casos e separar 80% deles e poder resolvê-los sem a necessidade de um custoso julgamento.”
O povo quer saber
Divulgar ou não o nome de envolvidos em crimes que chocam a opinião pública? Eis o que pensa Sérgio Moro: “A publicidade do processo é o preço que se paga por se viver em uma democracia. É a garantia à sociedade, principalmente em casso de crimes contra a administração pública. Esses processos devem estar submetidos ao escrutínio popular”.
A conduta do desembargador
O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) decidiu apurar a conduta do desembargador Otávio Henrique de Sousa Lima depois que ele determinou a soltura, por meio de habeas corpus, de Welinton Xavier dos Santos, de 50 anos, o Capuava, considerado pela Secretaria de Segurança Pública o maior traficante de drogas do Estado.
A prisão
Capuava foi preso com outros quatro traficantes quando tinha em sua mansão, na zona rural de São Paulo, 1,6 toneladas de cocaína pura, 898 quilos de produtos químicos para misturar na droga, quatro fuzis e uma pistola, além de muita munição.
A decisão
O advogado do bando pediu habeas corpus para todos os integrantes, mas apenas Capuava foi beneficiado. O desembargador Sousa Lima considerou que as provas apresentadas pela Polícia eram frágeis: “Constata-se fragilidade do seu envolvimento nos crimes descritos, situação que aponta para a desnecessidade da mantença da sua custódia antecipada”, (Notícia do jornal O Estado de S. Paulo.)
Fonte: Correio do Povo, página 5 de 16 de agosto de 2015.
Sem reforma política não teremos solução!, por Victor J. Faccioni
Já vai passando a hora para uma reforma política capaz de adequar o confronto das necessidades socioeconômicas com o desdobramento de medidas nos campos político e administrativo, tanto a nível interno como no âmbito internacional.
O sistema político em vigor no Brasil não pode continuar e urge modificá-lo. Vejamos, em síntese, o mínimo adequado para reanimar o nosso sistema político, desafogar o Executivo e fortalecer nossa incipiente democracia.
Tal reforma deveria se iniciar pelo sistema de governo, para descompactar as duplas funções da Previdência, com a Chefia de Estado e a Chefia de Governo.
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Para tanto, teríamos o presidencialismo como poder moderador, adotado por Portugal e França, no qual o presidente da República, eleito pelo voto direto do povo, não acumula a Chefia de Estado com a Chefia de Governo que o engessa, mas tem uma tríplice e decisiva missão: compor o governo, seu Ministério desde o primeiro-ministro para a Chefia de Governo, passível de demissão pelo parlamento ou pelo próprio presidente; exercer o comando supremo das Forças Armadas e da Segurança da Nação; e, em nome da Nação, comandar e promover a política externa. Diferentemente do parlamentarismo puro, na eleição direta do presidente e na amplitude de suas funções. No presidencialismo puro, que virou “imperial”, a medida provisória debilitou o Legislativo, que urge se revitalizar para o bem da própria democracia.
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Voto distrital misto, modelo Milton Campos: quando fui deputado, apresentei projeto de emenda constitucional (PEC) nº 89/91, que foi arquivado. Creio que seria mais adequado o modelo alemão, ou mesmo o distritão. No modelo Milton Campos, o Estado dividiria as eleições parlamentares por distritos, em números equivalentes à metade das vagas, em cada distrito seria eleito o candidato mais votado, sendo que os menos votados se classificariam com os votos obtidos no distrito para as vagas proporcionais, como hoje.
Com a campanha restrita a cada distrito eleitoral, o candidato ficaria mais próximo do eleitor, e mais transparentes suas ações de campanha, o custo da campanha eleitoral e a prestação de contas, e o exercício do mandato. Sua atividade parlamentar, depois de eleito, também ficaria mais transparente perante os eleitores do distrito que o elegeu.
Essas propostas contemplam o desafogamento do Executivo, o fortalecimento dos partidos e o sistema político-democrático nacional, melhorando o sistema eleitoral, resolvendo o esvaziamento do Legislativo e o exagerado custo da campanha eleitoral dos modelos atuais.
Ex-deputado federal constituinte
Fonte: Correio do Povo, edição de 18 de agosto de 2015.
Servidores devem parar por 4 dias
Servidores estaduais prometem paralisar as atividades por quatro dias a partir de segunda. A greve, em reação ao parcelamento dos salários pelo segundo mês consecutivo, deve afetar principalmente educação, saúde e segurança. Entre as razões estão também a falta de garantias de quando será depositado o salário e o projeto de lei complementar 206/2015, que tramita na Assembleia e prevê o congelamento de salários. Na segurança, as entidades representativas têm opiniões diferenciadas. Para a Associação dos PMs, as manifestações devem ser feitas sem a paralisação dos serviços.
Fonte: Correio do Povo, página 10 de 29 de agosto de 2015.
Servidores do IFF protestam
Servidores do Instituto Federal Farroupilha (IFF) realizaram, na manhã de ontem, uma caminhada de três quilômetros, do centro de Alegrete até o Campus da Unipampa. O ano integrou a paralisação de um dia todas as atividades no campus, localizado na vila de Passo Novo, a 30km da cidade. Com faixas, cartazes, apitaço e carro de som, os manifestantes afirmavam que a greve é por direitos e em defesa do Ensono público gratuito de qualidade.
Os servidores do Campus Alegrete do Instituto Farroupilha decidiram parar ontem, em apoio à greve nacional dos funcionários federais em Educação, que foi iniciada no dia 28/5. Não houve aula durante os três turnos.
A categoria reivindica: fixação da data-base (data fixa para correção salarial e revisão das condições de trabalho); e suspensão imediata dos cortes de orçamento feitos pelo governo federal para a Educação. Também rejeita a terceirização; defende 10% do PIB para Educação; e quer 27,3% de reposição salarial.
A greve, que mobiliza professores, em alguns estados atinge 37 universidades e três institutos federais. Em nota divulgada na última sexta-feira (21/8), o MEC diz que o esforço do governo federal tem sido “incansável para garantir o diálogo contínuo e a solução para a greve”. E acrescenta que a paralisação dos servidores preocupa, principalmente por causa dos alunos que estão sem aula.
Fonte: Correio do Povo, página 11 de 26 de agosto de 2015.
Só são afetados quando faltam, por José Antônio Belló
Receber salários em dia é um direito de qualquer trabalhador, assim como é direito das empresas receber de seus contratantes. Neste momento de extrema dificuldade do Estado do Rio Grande do Sul, mais uma vez, são os trabalhadores que correm riscos.
Os servidores estaduais estão passando pelo constrangimento de ter seus salários parcelados e enfrentando todos os problemas advindos dessa circunstância. Mas os trabalhadores do setor de asseio, conservação e portaria têm um risco ainda maior do que receber em partes, que é o ficar desempregados.
O setor que represento tem mais de 3 mil empresas no RS, que geram mais de 60 mil empregos. Desse total, cerca de 25 mil pessoas dependem dos órgãos públicos, pois as empresas em que trabalham prestam serviços para a administração direta, autarquias, estatais e outros.
Nosso segmento é o maior empregador de mão de obra de baixa escolaridade do país. Portanto, uma porta de entrada para milhares de famílias que não tiveram oportunidade de se qualificar.
A situação só não é mais grave e os empregos estão sendo mantidos porque as empresas de asseio e conservação em sua imensa maioria, são bem geridas e operam com rígido controle de caixa.
Mas muito nos preocupa o que está por vir. Não temos uma clareza de que a situação melhore no curto prazo ou, pelo menos, se estabilize. Enquanto isso, o tempo vai passando e a angústia da incerteza cresce a cada dia.
Esperamos que nossos governantes tenham a sensatez de proteger aqueles que recebem menos, mas que dependem para tudo de seus empregos. Esperamos que os profissionais de limpeza e conservação sejam considerados nesse contexto de crise financeira, pois normalmente só são notados quando faltam.
Presidente do Sindasseio/RS
Fonte: Correio do Povo, edição de 21 de agosto de 2015, página 2.
Soja: apreensão inicial é com a chuva
Se previsões se confirmarem, podem dificultar cronograma de preparo do solo e semeadura do grão
Os produtores de soja começam a semear a nova safra com a certeza de que a área de cultivo será maior do que a do ano passado e apreensivos com o comportamento do clima. A solenidade de início do plantio está marcada para amanhã, em Júlio de Castilhos, mas, em algumas regiões do Estado o cultivo já começou e, na maioria das outras, vai se intensificar na segunda metade de outubro.
Se confirmada, a previsão de chuvas persistentes pode dificultar o cronograma de execução das atividades de preparo e semeadura. A avaliação é do agrônomo Alencar Rugeri, da Emater/RS.O técnico ressalva, no entanto, que até o momento a chuva não causou prejuízos, até porque poucos produtores começaram a plantar a oleaginosa no Estado. A Emater estima que tenham sido semeados 7 mil hectares no Noroeste e Missões.
O coordenador da Comissão de Irrigantes da Farsul, João Augusto Telles, diz que alguns produtores gaúchos anteciparam a semeadura com o objetivo de tentar fazer uma segunda safra – de soja, milho ou feijão – porque plantam em áreas irrigadas, que têm garantia de colheita.
Pela projeção da Emater/RS, a área a ser cultivada com a oleaginosa no Estado deverá ser de 5,4 milhões de hectares, 3,1% maior que a do ciclo anterior, que foi de 5,2 milhões de hectares. A expectativa de aumento é atribuída basicamente ao bom preço do grão, que segue impulsionado pelo dólar, e à abertura de novos espaços para soja na Metade Sul do Estado.
Já Décio Teixeira, presidente da Aprosoja/RS, diz que muitos produtores estão com dificuldade para obter crédito para a compra de fertilizantes por não terem conseguido pagar prestações de financiamentos.
Fonte: Correio do Povo, página 10 de 9 de outubro de 20105.
Solidariedade: o pacto gaúcho, por José Ivo Sartori
As tormentas estruturais e financeiras, refletidas no dia a dia, fazem parte da história. Não serão saneadas de hoje para amanhã. Não há milagre. Com transparência e sem ataques, expomos a verdade desde o primeiro dia: de tudo que o Estado arrecada, 75% vai para a folha de pagamento e 13% para quitar a dívida da União. É cerca de 90% do que entre em caixa. De 44 anos, o RS gastou mais do que recebia em 37 deles. Além do desequilíbrio fazendário, o Pacto Federativo é desigual. A vida tangível é na cidade, aonde o dinheiro não chega.
Somos a quarta maior receita tributária da Nação, com 8,8% do PIB nacional. Temos a renda per capita e o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) acima da média brasileira. É inadmissível sermos uma potência na produção e, ainda assim, impotentes na prestação de serviços. A sociedade vai bem, mas os servidores públicos vão mal. Não se trata apenas de valores financeiros., mas de valores humanitários, pois cuidar das pessoas é a razão de o Estado existir.
Buscamos a sustentabilidade: diminuímos secretarias e cargos comissionados, revisamos contratos, freamos a cedência de funcionários. Já economizamos R$ 300 milhões em diárias em relação a 2014, mudamos o sistema de previdência. Propusemos um orçamento em consonância com a realidade: a Lei de Responsabilidade Fiscal Estadual, inédita no Brasil, tramita no parlamento para que os outros governantes não sejam reféns das imprudências do passado.
Reajustar as alíquotas de ICMS não é a vontade de nenhum governante, tampouco ver o funcionalismo passar por dificuldades. Todas as medidas tomadas até aqui são fruto da realidade econômica. Trata-se do sinalizador da incapacidade financeira que amarra as mãos do Estado para fazer. Não vamos permitir um colapso nos serviços essenciais. Os gaúchos carecem de saúde, segurança e educação. O RS não vai parar!
Não há reforma sem desgaste, sem colocar o dedo em feridas. Não há progresso sem contas em dia. Não há vitória sem trabalho. Não há transformação sem coragem. Essa dinâmica não se aplica apenas à gestão, mas à própria vida. Repito: não somos do choro, do marasmo ou da desculpa. Somos o governo da mudança, mas não mudaremos sozinhos. É preciso união, espírito público, um pacto solidário. Seguimos lado a lado, sociedade e governo, pelo bem e pelo futuro. É tempo de avançar. De pé. E em frente!
Governador do Estado do Rio Grande do Sul
Fonte: Correio do Povo, página 2 da edição de 2 de outubro de 2015,
Soluções para poupar energia
A Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH-RS) e a Sulgás apresentarão o seu Programa de Eficiência Energética, o Energy Day, no dia 6 de outubro, em Novo Hamburgo. O evento, em que serão discutidas as soluções para a economia de energia, será no Union Hotel, às 11h, seguido de almoço temático. Reservas: (51) 3227-4603.
Fonte: Correio do Povo, página 6 de 26 de setembro de 2015.
Soluções tecnológicas driblam a crise
No momento em que a economia nacional encontra-se em ritmo lento, a eficiência e a produtividade são fundamentais, especialmente quando se trata do varejo. E com o objetivo de mostrar que soluções tecnológicas podem auxiliar neste processo, foi realizado ontem o encontro “Eficiência e Produtividade – Melhores Práticas, Maiores Resultados”, no Tecnopuc, em Porto Alegre, voltado para integrantes do setor varejista.
De acordo com a diretora executiva da Tlantic, Patrícia Fernandes, empresa que tem experiência na área de mobilidade, produto e serviços de tecnologia, o conceito principal é “melhorar a conexão entre processos, pessoas e tecnologia dentro da empresa”. Além de economia de tempo, as soluções geram vantagens financeiras. Como no caso do grupo internacional Sonae. Segundo o representante Marcelo Tupan, em função da implantação do novo conceito de gestão se atingiu economia de 10 milhões d euros (cerca de R$ 40 milhões) por ano no grupo. Para ele, o momento de crise é propício para a adoção de novas práticas. “quando a Europa passou pela recessão, investimos em novas práticas e, ao invés d recuar, avançamos nos negócios”, assinalou.
Fonte: Correio do Povo, página 10 de 11 de setembro de 2015.
Suíça encontra US$ 5 milhões nas contas de Eduardo Cunha
Presidente da Câmara desiste de viajar à Itália depois da notícia das investigações sobre dinheiro de sua família.
Fonte: Correio do Povo, capa da edição de 2 de outubro de 2015,
Superávit atingirá US$ 12 bi
Brasília – O saldo da balança comercial brasileira deverá chegar a até 12 bilhões de dólares em 2015, previu ontem o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro. Ele disse ter visão “bastante positiva” sobre o cenário econômico neste momento. Segundo ele, o superávit na balança comercial do país fechou a primeira semana de agosto acima dos 5 bilhões de dólares e as projeções indicam números mais confortáveis.
'embora temerária, as minhas projeções no início do ano eram de um saldo entre 8 bilhões e 10 bilhões de dólares. Agora já é possível fazer uma projeção com uma margem bem mais segura de o nosso saldo este ano vai passar das 10 bilhões, podendo chegar a 12 bilhões de dólares”, disse o ministro.
Monteiro admitiu que as importações caíram, o que favorece a obtenção de um superávit maior, mas ressaltou o fato de que este movimento de queda está sendo seguido também por movimento de substituição dessas importações, que ficaram mais caras com a alta do dólar. “Isso abre um espaço adicional para a produção industrial doméstica em um momento em que passa por forte retração”, observou.
Fonte: Correio do Povo, página 6 de 12 de agosto de 2015.
Superávit deve voltar em 2017
Lima – No relatório divulgado ontem na abertura da reunião do organismo em Lima, no Peru, o Fundo Monetário Internacional (FMI) prevê que somente a partir de 2017 o Brasil voltará a registrar superávit primário (economia de recursos para pagar os juros da dívida pública). A sequência de déficit primários, segundo o relatório, fará a dívida pública do país cair somente a partir de 2020.
Fonte: Correio do Povo, página 9 de 9 de outubro de 20105.
Superávit no ano soma US$ 6,7 bi
Brasília – A balança comercial brasileira registrou superávit de 699 milhões de dólares na terceira semana de agosto. No período de 17 a 23, as exportações somaram 3,822 bilhões e as importações, 3,123 bilhões, de acordo com dados divulgados ontem pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). Em 2015, a balança tem um superávit de 6,703 bilhões de dólares, com exportações de 123,966 bilhões e importações de 117,263 bilhões. No mês, as exportações somam 11,104 bilhões e as importações, 9,009 bilhões, com saldo positivo de 2,095 bilhões de dólares.
Fonte: Correio do Povo, página 4 de 25 de agosto de 2015.
Supertufão Atsani
Uma imagem de satélite impressionante. Ela exibe o olho incrivelmente simétrico do supertufão Atsani no Pacífico Oeste. Dois tufões atuam neste momento na regão. Goni e Atsani. SeGoni ganhar intensidade e atingir o status de supertufão, será a primeira vez desde 1997, quando do último Super El Niño, em que dois supertufões atuam ao mesmo tempo no Pacífico. Em 1997 foram tempestades Ivan e Joan. Anteriormente, desde 1950, só em quatro oportunidades houve dois ciclones tropicias extremos simultaneamente na região: Pamela e Nancy (1961), Mary e Lucy (1965), Alice e Cora (1966) e, por fim Owen e Page (1990). Devido ao fenômeno El Niño, o aquecimento do Pacífico tende a favorecer um aumento significativo da atividade de ciclones tropicais na região ao passo que no Atlântico Norte o El Niño traz uma diminuição no número de furacões.
Fonte: Correio do Povo, coluna Tempo & Clima, página 16 de 21 de agosto de 2015.
Taciana Dal'Forno Dini
A médica dermatologista Taciana Dal'Forno Dini, um dos pilares, junto à mestra Dóris Hexsel, da Clínica Hexsel de Dermatologia no coquetel que comemorava um ano no novo endereço.
Fonte: Correio do Povo, coluna de Eduardo Conill, edição de 30 de setembro de 2015.
Tailândia: bomba mata 19
Bangcoc – Pelo menos 19 pessoas morreram e mais de 120 ficaram feridas ontem em um atentado a bomba perto de um santuário hindu na capital tailandesa, Bancoc – local frequentado por moradores e turistas estrangeiros. Entre os mortos estão dez tailandeses, um chinês e um filipino.
A bomba explodiu em frente ao templo Erawan, no distrito de Chodlom. Na rua ficaram espalhados corpos mutilados e pedaços de vidro, constatou um jornalista. “Acho que o explosivo estava dentro de uma motocicleta. Era muito grande, veja os corpos”, declarou um socorrista voluntário. Segundo a Polícia, o atentado teve motivações políticas e visava provocar o caos. A Tailândia é governada por uma junta militar há 15 meses.
Fonte: Correio do Povo, página 8 de 18 de agosto de 2015.
Talvez, por Jeferson Luis de Carvalho
Era um garoto na praia. Não estava brincando na água, não berrava exigindo um picolé ou atenção para uma brincadeira mais arrojada, um mergulho arriscado. Era muito jovem para isso. Na verdade, era muito jovem para a grande maioria das coisas.
Talvez não tenha compreendido por que teria que sair de sua casa, abandonar seus brinquedos e seus amiguinho devido aos fogos de artifício, era jovem demais para compreender as maldades dos homens. Talvez tenha recebido com alegria a possibilidade de poder desbravar um mar imenso como os heróis dos desenhos animados, um alento para o fato de precisar abandonar sua casa, seu quarto, sua cama, seu travesseiro. Sim, o garoto não nascera na praia, nascera em um hospital, recebera um nome, fora deixado cuidadosamente nos braços cansados da mãe após o parto. Fora assistido pelo pai através de um vidro, sendo venerado e saudado como um presente, um milagre da vida; posto para dormir, inúmeras noites, embalado por canções de ninar e promessas de um futuro lindo e promissor que não chegou: “Dorme, meu filho, você será um lindo e forte rapaz”, “Dorme, meu coração, meu futuro doutor”.
Talvez quando o barco deu sinais de que naufragaria, possa ter ficado tranquilo, pois era pequeno demais para saber que o pais não possuía superpoderes para salvá-lo. Não conseguia entender, enquanto a água começava a lhe importunar, por que a família precisava fazer tudo isso para visitar um lugar. Ou que mal eles poderiam causar a alguém para que não pudessem ser recebidos de bom grado em qualquer lugar do mundo? Ele seria um bom menino, não pediria nada, ficaria quietinho brincando, não seria um estorvo. Era jovem demais para saber que uma vida é barata, descartável, apenas um grão de areia diante de preceitos políticos, religiosos, culturais e econômicos. Era jovem demais.
Talvez, e gosto desse talvez, uma espécie de anjo tenha se apiedado de tudo isso. Movido suas asas imensas e, lentamente, no mais daquelas pessoas em pânico, pego a diminuta mão daquela criança e levado ela para um mundo sem pátria, cor, política, guerra ou rancor, onde todos são respeitados independentemente de escolhas. Talvez tenha ficado com receio que aquela criança conhecesse o que há de pior na humanidade, e, assim, deixado intacto seu coração.
Talvez aquela criança esteja são salva em algum lugar. Talvez, naquela praia na Turquia, tenha ficado, dolorosamente escancarada, apenas a nossa humanidade.
Professor de Língua Portuguesa e Literatura
Fonte: Correio do Povo, edição de 5 de setembro de 2015, página 2.
Tarso avalia situação de presidente
Ex-presidente do PT, escolhido para recuperar a imagem do partido após o escândalo do mensalão, o gaúcho Tarso Genro disse ontem que se preocupa com a possibilidade de a presidente Dilma Rousseff não chegar ao fim do mandato. “Tenho essa preocupação, sim”. Para ele, a única forma de afastar a possibilidade de impeachment de Dilma é mudar a política econômica.
“A interpretação de um pedido de impedimento depende muito mais da política do que do Direito”.
Tarso Genro (PT)
Ex-governador do RS
Fonte: Correio do Povo, página 3 de 14 de setembro de 2015.
Tarso rebate crítica de Sartori
O ex-governador Tarso Genro (PT) utilizou as redes sociais para responder declarações do governador José Ivo Sartori (PMDB). Sartori afirmou ontem que a situação financeira do Estado se deteriorou acentuadamente durante o governo petista. Nos textos, Tarso lembrou que o acordo da dívida com a União foi assinado durante o governo Antônio Britto (PMDB). “Afirmo que é falsa e manipulatória a informação de que nos últimos quatro anos a situação foi agravada pelo nosso governo”, disse. “O correto seria dizer que, no nosso governo, se fizeram sentir os efeitos das mais desastradas administrações financeiras do PMDB, que nos precederam e que agora se repetem: não pagamento de direitos e tentativa de aumento de impostos”, continuou.
Outra justificativa para a situação financeira, de acordo com o ex-governador, foi a pressão das Requisições de Pequeno Valor (RPV) e Precatórios. “Pagos pelo nosso governo em volume muitíssimo superior a todos os demais, valores oriundos de aumentos salariais aprovados pela Assembleia e que não foram honrados pelo PMDB.
Fonte: Correio do Povo, página 4 de 1º de setembro de 2015.
Temor de contaminação
Tianjin – O temor de uma perigosa contaminação no porto chinês de Tianjin ressurgiu neste domingo, quando o Exército anunciou que centenas de toneladas de cianureto estavam armazenadas no local devastado pelas explosões, causadoras de 112 mortes. Esta é a primeira confirmação oficial da presença deste comportamento químico extremamente perigoso no depósito onde, na quarta-feira, foram registradas explosões violentas. As famílias das vítimas acusam as autoridades de esconder a verdade, ao mesmo tempo em que centenas de sites foram bloqueados por terem difundido”rumores”.
O destino de cem pessoas ainda é desconhecido, entre elas 85 bombeiros, mas as autoridades explicaram que a maioria pode figurar entre 88 corpos que não foram identificados por enquanto. Mais de 700 pessoas foram hospitalizadas depois das explosões, que provocaram incêndios ainda ativos – apesar dos esforços dos bombeiros. Muitos bairros ao redor da área foram evacuados.
Sob a forma de pó cristalino, o cianureto de sódio pode, sob certas condições, liberar cianureto de hidrogênio, um gás altamente asfixiante, que atua sobre a capacidade do organismo de utilizar oxigênio e pode ser rapidamente mortal, segundo o Centro de Controle de Enfermidades dos Estados Unidos. Especialistas enviados pelas autoridades chinesas utilizaram água oxigenada para tentar neutralizar a substância. Também foi mobilizada uma equipe de 217 militares especialistas em armas nucleares, bacteriológicas e químicas. O primeiro-ministro, Li Keqiang, vsitou ontem o local para acompanhar as operações de salvamento.
Fonte: Correio do Povo, página 8 de 17 de agosto de 2015.
Temporais danificam casas no RS
Em Bagé, onde choveu 70 milímetros em um período de 6 horas, 55 residências tiveram destelhamento e árvores tombaram
A quarta-feira foi de chuva, granizo e ventania no Estado. Em Bagé, o temporal deixou pelo menos 55 casas destelhadas e árvores caídas, segundo a Defesa Civil municipal. Foram três ocorrências de queda de granizo, desde a madrugada até amanhã. A prefeitura autorizou a compra de lonas que, com a ajuda de bombeiros, foram colocadas nas residências mais atingidas. Conforme a Defesa Civil, foram registrados 70 milímetros de chuva em um período de 6 horas. O granizo também deixou estragos em Paverama, danificando 70 casas.
Em Rio Grande, conforme informações da CEEE, no início da manhã, mais de 12 mil consumidores estavam sem luz, em função de falhas em alimentadores. Equipes da companhia atenderam às ocorrências. O temporal no município, porém, não deixou estragos. Em Canguçu, houve queda de granizo, mas sem danos na área urbana. Já no interior, equipes da Emater vão avaliar hoje prejuízos em plantações. Em Pelotas, também faltou luz em alguns pontos e foram registrados alguns alagamentos e queda de granizo, sem deixar estragos.
Segundo dados da MetSul Meteorologia, houve queda de granizo em ao menos 65 municípios no Estado ontem. A Defesa Civil estadual realiza levantamento dos danos nas cidades gaúchas.
Estragos no interior de Livramento
A Defesa Civil de Livramento distribuiu ontem lonas para moradias do interior do município atingidas pela queda de granizo no amanhecer. Houve danos em 60 residências e plantações. O fenômeno afetou com mais intensidade uma faixa entre as localidades do Marco do Itaquatiá e Assentamento Rosli Nunes. Segundo a prefeitura, será feito amplo levantamento para apurar a extensão dos prejuízos.
Foram registrados danos em 60 casas e plantações no município da Fronteira-Oeste.
Santa Maria tem vento de 94 km/h
O município de Santa Maria registrou ventania na manhã de ontem, com rajadas chegando a 94 quilômetros por hora (km/h) às 7h, segundo informações da Base Aérea. Apesar da intensidade do Vento, a Defesa Civil local e o Corpo de Bombeiros não receberam chamados. Alguns pontos ficaram sem luz, principalmente no interior, mas no início da tarde o fornecimento voltou ao normal.
Fonte: Correio do Povo, página 15 de 17 de setembro de 2015.
Temporais prejudicam lavouras de tabaco da região Sul
As chuvas com granizo ocorridas desde o dia 14 comprometeram lavouras de tabaco nos três estados do Sul do país. A Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra) já recebeu cerca de 21 mil comunicados de perdas na safra 2015/2016, um volume bastante superior às 13.470 notificações computadas até 25 de outubro na safra 2014/2015.
“A Afubra tem 60 anos de existência, eu tenho 40 anos de atividade no Departamento de Mutualidade, e nunca tivemos tantos produtores atingidos no Sul do país em período tão curto”, constata o gerente técnico da entidade, Iraldo Backes. Há estragos em lavouras do Paraná, de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul, onde as áreas mais castigadas foram os vales. Nas regiões próximas ao rio Pardo foram destruídas muitas plantações que já estavam em ponto de colheita.
Em Santa Maria, estimativa feita pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Rural e escritório local da Emater indica perdas de até 90% nas lavouras de tabaco e mandioca, 80% na de arroz e 70% na de feijão.
Fonte: Correio do Povo, página 10 de 23 de outubro de 2015.
Temporais provocam mais estragos no RS
Novas ocorrências de granizo e chuva forte danificaram moradias e afetaram estradas em vários municípios
Temporais continuam atingindo o Estado e causando danos. Em Venâncio Aires, ontem, equipes da prefeitura e da Defesa Civil realizaram levantamento dos prejuízos com as chuvas fortes e o granizo na quarta-feira. O temporal atingiu residências e lavouras de tabaco, com prejuízos no interior e transtornos no Centro devido a alagamentos e enxurradas. Na área urbana, choveu 75 milímetros em meia hora, os bueiros não deram vazão, e a água atingiu mais de 250 casas.
Em Santiago, a queda de granizo entre a noite de quarta e a madrugada de ontem danificou o telhado de casas em vários pontos do município. Três famílias foram abrigadas no ginásio Aureliano Floriano Pinto. Devido aos estragos em 15 escolas, as aulas na rede municipal foram suspensas até segunda-feira. Prédios públicos, como o da Brigada Militar, também registraram danos. Lonas foram compradas em Santa Maria e São Luiz Gonzaga, já que o estoque na cidade terminou.
Na Serra, após mais de 40 milímetros de chuva entre a noite de quarta-feira e a manhã de ontem, a ponte do Rio das Antas, que liga Bento Gonçalves a Cotiporã, às margens da ERS 431, ficou submersa novamente. A estrada vicinal é a principal ligação entre os municípios e fica próximo do km 10 da 431. Em Caxias do Sul, a estrada Claudino Costa, de acesso ao distrito de Santa Lúcia do Piaí, está bloqueada para os veículos devido a um desmoronamento de terra.
Em Frederico Westphalen, o granizo danificou a cobertura de moradias na área urbana e estradas viciais. No município e também em Taquaruçu do Sul, vendaval e queda de pedras de gelo destruídos plantações. Já em Santa Catarina, o granizo causou estragos em 1,8 mil residências e em prédios públicos no município de Chapecó, onde o prefeito José Caramori decretou situação de emergência. O Corpo de Bombeiros distribuiu lonas destinadas pelo governo catarinese e pela Cruz Vermelha.
Fonte: Correio do Povo, página 12 de 23 de outubro de 2015.
Temporal causa duas mortes em Rio Pardo (RS)
Ma~e e filho perderam a vida após uma árvore desabar sobre a casa da família no bairro Jardim Boa Vista
Os fortes ventos acompanhados de granizo deixaram rastro de destruição quarta-feira à noite em Rio Pardo, já castigada pela cheia dos rios Pardo e Jacuí. Duas pessoas morreram com o desabamento de uma árvore sobre uma casa no bairro Jardim Boa Vista. As vítimas são Catiuce Severo de Oliveira, de 21 anos e o filho Álvaro Eduardo Severo Uflack, 3 anos. Eles moravam em uma casa de madeira no mesmo pátio que o irmão de Catiuce. Cássio Severo de Oliveira contou que tentou socorrer a jovem e o sobrinho, que estavam no quarto. Chegou a conversar com a irmã, mas enquanto buscava ajuda, as vítimas acabaram morrendo. Bombeiros e Samu foram acionados.
O prefeito de Rio Pardo, Fernando Schwanke, estima que pelo menos 5 mil casas tenham sido atingidas. Ainda na noite de quarta, foi montada uma central de apoio às vítimas. Os postos de combustível não atenderam por falta de luz. A casa do prefeito também teve danos no telhado. Toda a lona que o município tinha foi entregue. Conforme a Defesa Civil de Rio Pardo, lonas, roupas e alimentos são os itens mais necessários aos moradores.
No Hospital Regional do Vale do Rio Pardo, os estragos afetaram clínica médica, bloco cirúrgico, maternidade, centro obstétrico, cozinha e leitos. Pacientes foram transferidos para o Hospital Santa Cruz. No Asilo São Vicente de Paula, parte do telhado teve danos. A instituição precisa de fraldas geriátricas. No interior de Rio Pardo, além de danos em construções e lavouras, houve more de aves, segundo moradores. O prefeito já havia decretado emergência no município devido aos problemas com as cheias.
Em Gramado Xavier, também no Vale do Rio Pardo, um vendaval por volta das 23h de quarta-feira causou a destruição de casas, estufas de tabaco e galpões. Levantamento inicial da Defesa Civil e da prefeitura aponta que cem residências tiveram danos. O prejuízo chega a R$ 1 milhão com os problemas nas construções. O prefeito Airton Berté assinou decreto de situação de emergência ontem. A prefeitura distribuiu lonas. Representantes da coordenadoria regional da Defesa Civil do Estado devem visitar o município nesta sexta-feira.
Em Passo do Sobrado, os temporais na quarta e na madrugada de ontem causaram danos em 50 casas e destruíram lavouras de tabaco. O município ficou sem luz durante o dia. Equipes da prefeitura percorreram as áreas atingidas para levantamento dos estragos e distribuição de lonas. Há diversas estradas em situação precária.
No interior de Arroio do Tigre, vento e granizo na noite de quarta e na manh~~a de ontem danificaram casas, galpões e lavouras de tabaco. Na cidade, a população ficou sem telefone e luz.
Chuva causa alagamentos
Os 40 milímetros de chuva que caíram em Rio Grande na madrugada de ontem causaram alagamentos em ruas, interrompendo o trânsito. Em função da cheia do rio Guaíba, aumentou o nível da Lagoa dos Patos. A Defesa Civil monitora a situação.
Em Pelotas, rua também ficaram alagadas em função da chuva. À tarde, na Colônia Z3 ainda havia 59 pessoas fora de casa. Com a cheia da Lagoa dos Patos, o trapiche no Laranjal está interditado e será reavaliado hoje. Em São Lourenço do Sul, avaliação inicial aponta que os estragos com as chuvas ultrapassam os R$ 3 milhões. Na madrugada de ontem, 40 pessoas deixaram as casas em função das cheias.
Casas ficam danificadas
O temporal registrado na madrugada e manhã de ontem causou estragos no Centro do Estado. Em Santa Maria, rajadas de vento, que chegaram a 92 quilômetros por hora, segundo a Base Aérea, arrancaram telhados e derrubaram árvores e postes. São 1,3 mil residências com estragos, 800 delas nas vilas do bairro Santa Maria. Houve estragos ainda em outras partes da cidade e no interior. O Hospital Casa de Saúde teve o telhado do bloco cirúrgico danificado e procedimentos foram suspensos.
Quatro prédios de escolas municipais tiveram estruturas afetadas. O vento arrancou a cobertura do ginásio do Guarani-Atlântico, onde estavam os donativos para as famílias afetadas pelas chuvas das últimas semanas. Os materiais foram levados para o Centro Desportivo Municipal. No Passo da Ferreira, quatro postes de energia elétrica tombaram com o vento. Equipes da AES Sul atuam para normalizar o fornecimento de energia. Devido a curto circuito na Central de Alarmes da Câmara de Vereadores, houve um princípio de incêndio, controlado com o uso de extintores. A Polícia Rodoviário Federal retirou árvores caídas na BR 392. Segundo o Defesa Civil, faltou lona nas lojas de Santa Maria e mais são adquiridas em outras cidades.
GRANIZO E VENTANIA
Cachoeira dp Sul – O município, que já tem prejuízos devido à cheia do rio Jacuí, foi atingido por granizo e ventos fortes. A Defesa Civil e o Exército auxiliaram as famílias afetadas. A prefeitura adquiriu lonas.
Jaguari – Devido ao granizo e à ventania, 400 casas ficaram danificadas e postes tombaram. A Defesa Civil teve dificuldades de auxiliar moradores do interior, pois a queda de árvores bloqueou a BR 287. A prefeitura busca lonas na região.
Dilermando de Aguiar – A ventania arrancou a lona do ginásio onde ocorria uma feira e quatro pessoas sofreram ferimentos leves. No interior, dez casas ficaram destelhadas.
São Pedro do Sul – Com vendaval, postes tombaram na BR 287. Três residências tiveram estragos.
São Sepé – Vento e granizo danificaram 150 moradias, segundo a Defesa Civil, que distribuiu lonas. A região mais atingida foi a Vila Block.
São Vicente do Sul – O temporal destelhou residências no interior. No centro da cidade, cinco postes caíram e houve falta de luz.
Cacequi – Granizo e vento causaram estragos em 300 moradias, principalmente no interior.
Decretada emergência
O prefeito de São Francisco de Paula, Juarez Hampel, decretou de emergência e calamidade após os prejuízos com a chuva, o vento e o granizo na madrugada de ontem. “Inicialmente, estávamos em 400 residências. Temos 500 famílias cadastradas para receber auxílio. Não fizemos o levantamento final, mas vai passar de 700 casas danificadas”m lamenta Hampel. Segundo ele, a administração auxilia as famílias. Conforme o prefeito, os moradores afetados precisam de lonas, telhas, colchões e material de limpeza e higiene pessoal. Os donativos podem ser enviados para as secretarias de Obras e de Assistência Social.
Em Vacaria, a chuva forte, seguida de vento e granizo, ontem, danificou quatro residências no bairro Petrópolis. Também ocorreram estragos no telhado da escola Pedro Álvares Cabral e em duas moradias no bairro Franciosi. Houve ainda queda de postes.
Cidades têm falta de luz
Ventos fortes causaram danos na rede de energia elétrica em Alegrete ontem. Conforme a AES Sul, 10 mil clientes ficaram sem luz. O problema também afetou o abastecimento de água, atingido 70% da zona urbana. Na BR 290, um eucalipto caiu e atingiu um caminhão, mas o motorista não se feriu. Também na rodovia, o temporal aumentou um buraco no km 472. Uma empresa contratada pelo Dnit já iniciou a restauração do asfalto. Quaraí e Manoel Viana também ficaram sem energia elétrica.
Em Itaqui, rajadas de vento de mais de 80 quilômetros por hora danificaram a cobertura de casas e derrubaram dezenas de postes, deixando sem luz toda a área urbana, de 35 mil habitantes. Árvores caíram sobre ruas e casas. O município também é castigado pela cheia do rio Uruguai. A Defesa Civil removeu 73 casas volantes, e outras 20 famílias de moradias fixas estão em um centro comunitário.
Em São Borja, caiu granizo ontem, mas o Corpo de Bombeiros não recebeu chamados. A AES Sul, porém, registrou várias ocorrências de falta de luz nas cidades e interior. O município ainda tem transtornos devido à cheia. Em Livramento, a chuva de ontem atingiu 75 milímetros, segundo a Estação de Meteorologia de Rivera, alagando pontos baixos. No bairro São Paulo, o arroio Tajamar transbordou e encobriu o pontilhão de acesso ao Cerro dos Munhoz. A Secretaria de Obras iniciou o trabalho de recuperação das vias.
Fonte: Correio do Povo, página 14 de 16 de outubro de 2015.
Temporal: prefeituras assinam decreto
Outros municípios da região também foram gravemente afetados. O prefeito de Canoas, Jairo Jorge, também decretou situação de emergência. A estimativa é que 10 mil residências tenham sido danificadas pelo temporal. O trânsito ficou comprometido ontem na avenida Guilherme Schell em razão da queda de cinco postes e outros três que estavam suspensos. Em Nova Santa Rita, que teve 80% das casas danificadas pela chuvarada, a prefeita Margarete Simon Ferretti também assinou o decreto ontem. Ela informou que a cidade estava sem rede de telefonia móvel e fixa, bem como energia elétrica. “Passamos a noite toda distribuindo lonas, mais de 15 mil metros, e durante a manhã recebemos o auxílio do Exército.” Já em Cachoeirinha, o decreto foi de situação de calamidade pública, em razão das 1 mil casas destelhadas.
O Comitê de Apoio Humanitário, que está atendendo os atingidos em Gravataí, informou que já são 4,5 mil pessoas atingidas pelas chuvas. Em Esteio, 60 famílias precisaram deixar suas casas. A concessionária AES Sul informou que está atendendo a todos os chamados na região.
Fonte: Correio do Povo, página 15 de 16 de outubro de 2015.
Temporários: lojas vão reduzir as contratações
O comércio está revisando a sua política de contratação de temporários em 2015. Conforme pesquisa da Associação Gaúcha para Desenvolvimento do Varejo (AGV), o setor vai reduzir pela metade o número de funcionários temporários ante 2014. “No ano passado o comércio gaúcho contratou, de outubro a novembro, 18 mil temporários para um universo de 350 mil trabalhadores do setor em todo o Estado. Para este ano, pelo levantamento feito serão oferecidas mais de 9 mil vagas”, diz o presidente da entidade, Vilson Noer.
Fonte: Correio do Povo, página 4 de 5 de setembro de 2015.
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