Líderes
de seita atraíam pessoas para trabalhos forçados em três estados
A
Polícia Federal (PF) prendeu na manhã de ontem quatro pessoas na
Operação “De volta para Canaã”, deflagrada em Minas Gerais,
São Paulo e Bahia para desarticular uma organização religiosa
acusada de submeter pessoas a trabalho escravo. Segundo a PF, a
organização Jesus a Verdade que Marca seria responsável por atrair
por atrair seguidores para trabalhos forçados e sem pagamento em
fazendas há pelo menos quatro anos.
Os
fiéis seriam convencidos a doar todo o seu patrimônio para a seta,
sob o argumento de que “tudo seria de todos” e, em seguida,
obrigados a realizar trabalhos rurais. A PF estima que a organização
tenha arrecadado R$ 100 milhões desde 2011 com a prática. O
dinheiro teria sido usado para a compra de fazendas e artigos de
luxo, como carros e mobílias, para os líderes.
Dentre
as prisões temporárias efetivadas, três foram em Minas Gerais e
uma em São Paulo. Outros dois líderes da organização ainda estão
sendo procurados. Os responsáveis deverão responder pelos crimes de
redução de pessoas à condição análoga à de escravo, tráfico
de pessoas, estelionato, organização criminosa, falsidade
ideológica e lavagem de dinheiro.
As
investigações sobre as atividades da seita, iniciadas em 2011,
estão sendo coordenadas na cidade de Varginha (MG). A Justiça
autorizou 129 mandados – dos quais seis são de prisão temporária,
47 de condução coercitiva e 70 de busca, apreensão e sequestro de
bens.
Em
2013, a Polícia Federal conduziu a Operação Canaã para investigar
a atividade da organização ao lado do Ministério do Trabalho e
Emprego e do Ministério Público do Trabalho. No entanto, não houve
prisões na época. Foram inspecionadas propriedades rurais só em
Minas.
Fonte:
Correio do Povo, página 17 de 18 de agosto de 2015.
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