sábado, 15 de agosto de 2015

Pesquisa mostra que políticos temem eleitor

Levantamento indica que eleitos do RS se sentem cobrados pela população

O Instituto Methodus realizou uma pesquisa com agentes políticos brasileiros para avaliar como eles estão percebendo o cenário político e econômico atual e, neste contexto, o comportamento dos eleitores. O levantamento foi realizado on line, entre 23 de julho e 6 de agosto com 123 entrevistados, a maioria gaúchos. Destes, 30,1% pretendem se candidatar nas eleições de 2016.

Segundo os dados da pesquisa, os agentes políticos percebem que o país está passando por uma crise. A percepção é a de que a crise política (87,0%) é maior do que a crise econômica (78,9%). De acordo com o levantamento, os políticos também se sentem cobrados pela população a dar explicações sobre o momento atual do país (78,7%), mas 57,9% acreditam não ter dados necessárias para dar estes esclarecimentos à população.

A maioria sabe que os leitores estão insatisfeitos com a política atual, resposta dada por 91,8% dos entrevistados. 63,4% dos agentes políticos acreditam que os eleitores estão descrentes sobre as instituições políticas, 25,2% que os eleitores estão mais críticos e 21,1% que estão se manifestando mais sobre política. A amostragem foi calculada tomando-se como base um nível de confiança de 95% para margem de erro máxima estimada em até 8,7 pontos percentuais sobre os resultados obtidos no total da amostra.

Renovação pode ser grande

No que diz respeito ao comportamento que os eleitores terão nas próximas eleições, a pesquisa do Instituto Methodus detectou que eles apostarão em novos nomes, promovendo grande renovação na política (42,3%) e 40,7% que eles vão pesquisar mais sobre os candidatos.

O levantamento mostra ainda que sob o ponto de vista dos agentes políticos, eles percebem que a maior demanda dos eleitores é por ética (59,3%), seguida de resultados concretos (48,0%) e transparência (39,0%). Para tentarem se eleger os agentes políticos vão apontar mais no corpo a corpo (45,5%), em reuniões com multiplicadores (43,1%) e no uso das redes sociais para interagir com o eleitor (39,8%).

Os pesquisados acreditam que os votos nulos e as abstenções vão aumentar, respectivamente 35,0% e 27,6%. Para a coleta de dados, os participantes foram convidados por e-mail a responder uma pesquisa on line.

Fonte: Correio do Povo, página 3 de 15 de agosto de 2015.

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