quinta-feira, 6 de agosto de 2015

Nesta Quinta-Feira (6) concursos abertos em RJ, SP, SC e RS somam mais de 300 vagas

Nesta Quinta-Feira (6) concursos abertos em RJ, SP, SC e RS somam mais de 300 vagas

Posted: 06 Aug 2015 12:21 AM PDT

Concursos de hoje - Mais de 300 vagas em concursos estão com inscrições abertas para os estados do Rio de janeiro, São Paulo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. São oportunidades diversas para todos os níveis de escolaridades, em algumas entidades o salário é um grande atrativo, como na Prefeitura de Schroeder no estado de Santa Catarina, que oferece salário de R$ 12.833,69 para cargo de nível

Concurso Correios MG 2015 - Vagas para Estagiários

Posted: 06 Aug 2015 12:21 AM PDT

Para contratar e credenciar estagiários, a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (Correios) realiza dois Processos de Seleção. A bolsa estágio é de R$ 381,95 ou R$ 528,94, referente ao nível Médio/ Técnico e Superior, respectivamente, mas há também benefícios como auxílio transporte de R$ 92,84 e vale alimentação/ refeição de R$ 197,11. O estágio tem duração de 20 horas semanais.

 

 

4º Distrito – Inovação inspirada em Barcelona

Município quer criar em Porto Alegre um conjunto de bairros com o conceito living lab visando à produção colaborativa e à inovação

Heron Vidal

Porto Alegre debate proposta para mudar o futuro do 4º Distrito dia 14 de outubro com um convidado especial: o CEO da Oficina de Crescimento Econômico da Prefeitura de Barcelona, Josep Piqué, economista e idealizador do distrito do Conhecimento 22@Barcelona – área urbana onde há 20 anos foi consolidado o conceito de living lab (laboratório vivo), no qual se destacam produção colaborativa e inovação. Piqué irá à prefeitura e à Câmara Municipal. A modelagem da cidade ao 4º Distrito tem dois eixos. Um deles cria a Empresa de Gestão de Ativos, do município. “É um exemplo de Belo Horizonte, São Paulo e Rio de Janeiro”, informa o secretário municipal da Fazenda, Jorge Tonetto. Outro eixo é o regime legal específico, por meio de Operação Urbana Consorciada.

Uma função da nova empresa será administrar bens do município (imóveis, praças e terrenos) e pensar a infraestrutura e os projetos voltados à cidade. O regime especial ao 4º Distrito é tarefa delegada a um grupo de secretarias e órgãos da prefeitura. Além dos incentivos, buscará captar recursos via Operação Urbana Consorciada. Por esse sistema, o município emite títulos resgatáveis. Um caso de sucesso desse tipo de operação é a área de Porto Maravilha, na cidade do Rio, onde o lixo passou a ser recolhido por sucção subterrânea, como em Barcelona.

Conforme Tonetto, a inovação carioca só foi possível graças à criação do papel Certificado de Potencial Construtivo, o Cepac. É um título imobiliário remunerado pela valorização dos índices construtivos (viabilizam maior aproveitamento de área à construção civil). A Caixa Econômica Federal adquiriu R$ 3,6 bilhões de Cepacs – esse dinheiro foi investido no porto. A vultosa compra fez duplicar o valor dos índices. Foi bom negócio à Caixa que ganhou em dobro, e ao Porto Maravilha. Houve, porém, supervalorização, imobiliária. “Estamos atentos e tentaremos evitar isso na nossa proposta”, adianta o secretário.

Bastam cinco anos para mudança

Fazer o 4º Distrito de Porto Alegre ficar parecido com o 22@Barcelona não é uma tese. “Isso pode ocorrer dentro de cinco anos”, diz o presidente do Sindicato das Indústrias da Construção Civil (Sinduscon/ RS), Ricardo Sessegolo. A transformação, porém, só será viável se a prefeitura apresentar legislação atrativa para a estruturação de uma economia de capital intelectual. Com essa receita, a área do 22@Barcelona foi totalmente recuperada na cidade espanhola. No passado, foi um espaço degradado, mas leis urbanísticas específicas e de incentivos da prefeitura despertaram o apetide de investidores. Hoje, a área nobre e inovadora. “Trinta mil empregos foram criados lá”, informa o industrial.

Se forem confirmados empreendimentos-âncora como o da Airbus (centro de desenvolvimento de tecnologia em segurança) e o cluster do Medical Valley (produção de equipamentos à saúde), o conceito de living lab ganhará velocidade. “A ideia é começar numa área de dois ou três quarteirões”, observa Sessegolo, que integrou missão recente a Barcelona. No 22@Barcelona, segundo o presidente do Sinduscon/RS, proprietários de terrenos potenciais para sediar empreendimentos cederam 30% de sua área à prefeitura.

Quem tinha 10 mil m² deixou 3 mil m² para o município implementar a economia do conhecimento. Em Porto Alegre, a regra em vigor é de 20%: o titular de 10 mil m², por lei, cede 2 mil m² ao município. A diferença é que os 20% podem ser recomprados da prefeitura, informa Sessegolo. Para criar o 22@Barcelona, a prefeitura criou regime diferenciado de incentivos por 50 anos.

Para o presidente da Câmara Municipal Mauro Pinheiro que foi a Barcelona, o 4º Distrito está em condições melhores na comparação com o 22@Barcelona, há 20 anos. O investimento, por isso, será menor. Às 19h do dia 14 de outubro, a Câmara fará audiência pública com Josep Piqué. “Esse debate sobre o 4º distrito, acima de diferenças partidárias, é uma questão da cidade”, acentua o vereador. Depois de aperfeiçoadas e debatidas, as propostas da prefeitura de criação da Empresa de Gestão de Ativos e o regime especial com a Operação Urbana Consorciada serão consolidados em projetos de lei. Irão para a Câmara.

PUCRS participa da proposta de smart city

Foi do pró-reitor de Pesquisa, Inovação e Desenvolvimento da PUCRS, Jorge Audy, a iniciativa de propor a missão a Barcelona, em junho, reunindo o Executivo e o Legislativo do município mais dirigentes de entidades empresariais. “sugerimos a visita, afinal o Tecnopuc tem interesse em participar da construção do conceito de smart city para Porto Alegre e achamos importante, como um modelo, o distrito do Conhecimento 22@Barcelona”, explica Audy, que também preside a Associação Internacional de Parques Tecnológicos e Áreas de Inovação (Iasp) para a América Latina.

Segundo ele, a missão não ficou centrada só no distrito 22@Barcelona. Houve contatos em quatro parques científicos e tecnológicos da Catalunha e em outras áreas. No encontro com Josep Piqué foi acertada sua vinda à Capital nos dias 13 e 14 de outubro. Estará na PUCRS nesse período e no dia 14 irá à prefeitura e à Câmara.

Na avaliação da presidente da Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia da Informação (Assespro-RS), Letícia Batistela, a missão foi de percepção. Às empresas de TI, a experiência do 22@Barcelona é “Aderente” à realidade de Porto Alegre, conceitua Letícia. A Assespro-RS é parceira do município na implementação da proposta.

O secretário Jorge Tonetto, representante do Executivo na missão, cita um deferencial de Porto Alegre em favor da smart city no 4º Distrito: “Somos a cidade com o dobro da média nacional de mestres e doutores. Buscamos uma economia independente de portos e estradas. Temos mais de mil quilômetros de rede de cabos de fibras óticas, da prefeitura. Nenhuma outra tem essa rede”, desafia.

Porto Alegre conclui o secretário, quer atrair ao 4º distrito centro de pesquisa acadêmicos e empresariais – estão em negociação a Airbus e o Medical Waley -, startups, hotéis, restaurantes, bares e negócios. É uma grade diferenciada à revitalização da área de 9 hectares do 4º Distrito onde estão os bairros Navegantes, Farrapos, Humaitá, Floresta e São Geraldo.

Entenda melhor

Smart cities se destacam pelo investimento no capital humano e social. São eficientes, principalmente, em transporte e comunicação. Buscam a sustentabilidade e o bem-estar das pessoas por meio da conexão da tecnologia. A inovação está a serviço dos cidadãos desde os melhores apps até os espaços digitais e ferramentas para resolver problemas. É percebida na programação de semáfaros, câmeras e controle, via sensors, de situações como o vazamento de água potável.

No living lab, as cidades reservam um determinado espaço físico urbano à produção de pesquisa, desenvolvimento e inovação. Reúne centro de pesquisa privados e de universidades, startups e empresas de capital intelectual, numa convivência interativa de troca de informações e conhecimentos. Trata-se de um empreendedorismo “limpo”, não poluente. O living lab exige, por isso, boa infraestrutura de rede de fibras óticas. É uma área caracterizada pela alta criatividade.

Fonte: Correio do Povo, página 11 de 26 de julho de 2015.

 

34 milhões não vão à escola em países afetados por conflitos

Paris – Trinta e quatro milhões de crianças e adolescentes não frequentam a escola em países afetados por conflitos, afirma a Organização da ONU para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), adiantando que são necessários 2,3 milhões de dólares para a educação. Este valor corresponde a dez vezes o montante da ajuda disponibilizada para a educação atualmente.

Conforme o relatório de acompanhamento do projeto Educação para Todos (EPT), promovida pela Unesco, apenas um terço dos 164 países que há 15 anos lançaram a iniciativa atingiram os objetivos fixados. Os conflitos, segundo o levantamento, são um dos maiores obstáculos ao progresso na área educacional. “Voltar à escola pode ser a única centelha de esperança e de normalidade para muitas crianças e jovens em países mergulhados em crises”, destaca a diretora-geral da Unesco, Irina Bokova.

Cerca de 58 milhões de menores estão fora da escola em todo o mundo, e 100 milhões não conseguiram sequer completar o ensino primário.

Fonte: Correio do Povo, página 8 de 27 de julho de 2015.

Aquele momento em que você vê que não existe mais o chocolate que você tinha deixado guardado.

Posted by Pobre fazendo pobrice on Terça, 4 de agosto de 2015

A chaga do tráfico de pessoas

Na última sexta-feira, encerraram-se as atividades relacionadas à Semana de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas. Esse tipo de crime movimenta por ano mais de 30 bilhões de dólares e cada vez mais se torna um desafio para a Organização das Nações Unidas (ONU) e para as entidades defensoras dos direitos das pessoas em todo o mundo. No Brasil, no ano de 2013, ao menos de 254 pessoas foram vítimas do crime de tráfico humano em 18 estados, de acordo com revelações trazidas a lume do Relatório Nacional sobre Tráfico de Pessoas, elaborado a partir de dados recolhidos nas delegacias de Polícia Civil de todo o país. Os maiores números foram registrados em São Paulo, com 184 casos, e em Minas Gerais, onde se verificaram 29 ocorrências.

O tráfico de pessoas costuma envolver exploração sexual e laboral. Geralmente, as pessoas levadas para lugares distantes, muitas vezes outros países, são aliciadas diante de propostas tentadoras e mirabolantes, de ganhos rápidos e muito acima da média. É por isso que sempre é necessário informação para combater esse tipo de crime como forma de evitar que a vítima seja iludida.

De sua parte, os governos federal e estaduais devem atuar com inteligência para punir e desbaratar organizações criminosas que se valem desse delito para amealhar quantias vultosas e assim financiar suas atividades ilícitas. Os países civilizados não podem conviver com essas chaga dentro de seus territórios e a colaboração internacional é fundamental para sua erradicação no mundo.

Fonte: Correio do Povo, editorial da edição de 2 de agosto de 2015, página 2.

 

A dívida da Grécia e a dívida com a Grécia, por Fernando Gay da Fonseca

A Grécia não conseguiu saldar seus compromissos com os credores internacionais, sejam fundos ou bancos, e, como tal, estes resolveram fazer exigências que, no meu entender, representam até uma intromissão na soberania de um povo. Em prazo exíguo, o primeiro-ministro grego convocou a Nação para um plebiscito, para definir se aceitaria ou não as condições, que praticamente eram impostas.

Na consulta popular, saiu vitorioso por mais de 60%. Não entendo de microeconomia, enquanto mais de uma macroeconomia, mas sei o que é galhardia e independência. Nesta decisão, o povo grego honrou essas qualidades. A velha Grécia está sempre jovem pela riqueza da sua história, na qual temos a presença de pensamentos dos seus maiores filósofos, como Anaxímenes, Anáxagoras, Heráclito, seguindo na direção de Sócrates, como sua maiêutica, Platão e o seu mundo das ideias que foi traduzido para o cristianismo por Santo Agostinho. E o grande Aristóteles, preceptor de Alexandre, que foi a luz que iluminou o pensamento de São Tomás de Aquino. Tudo isso reporta a esse povo que disse não a uma limitação que queriam que fosse aceita, limitando a sua liberdade de avaliação.

Essa gente é aquela que busca o humos debaixo das pedras, para plantar suas oliveiras, e dança quebrando pratos, como querendo destruir tudo o que é adverso. Eles continuam fiéis à mensagem de um Paulo de Tarso, que pregou, por todos os cantos de seu território, a história do Deus desconhecido. Atenas, o seu Partenon, Ágora e tantos outros monumentos refletem no povo que fez história e conta histórias, como a do Minotauro, para alimentar firmeza. Os credores buscam elementos para retomar negociações. Como disse inteligentemente um presidente francês, a Europa sem a Grécia não é Europa.

Enquanto sentem a dor de cabeça causada pela impossibilidade grega de não poder atender aos seus compromissos, seus habitantes percorrerem as ruas de Atenas frequentando Plaka e o Monasterai, preservando com orgulho um passado que seus monumentos expirem, mas também do hoje que acabaram de escrever e que não desfigura.

A expressão do presidente francês teve repercussão, e a Bélgica conduziu a uma nova negociação que apesar da sua dureza, foi absorvida pelo parlamento grego, que assim permanece com todas as dificuldades na área do euro.

Professor

Fonte: Correio do Povo,edição de 23 de julho de 2015, página 2.

 

A história, lições perenes, por Jarbas Lima

A história é o espelho da verdade. Alerta e salva. Instrui com a experiência e corrige com o exemplo. Na história conhecemos o passado e, atentos, podemos perceber o futuro. Nosso tempo é o presente. Os crimes, as loucuras e as desgraças, quando reconhecidos, já são passado, com ou sem nossa participação ou omissão. Li, com prazer, a Revista da Magistratura do TRF da 4ª Região, vol. 2, particularmente, o artigo do desembargador federal Carlos Eduardo Thompson Flores Lenz, “O legado do julgamento de Nuremberg”. Texto precioso e enriquecedor, com a força da verdade de acontecimentos que abalaram o mundo, fazendo vítimas em crimes tenebrosos, quando a maldade humana mostrou-se em limites inconcebíveis.

Em 20 de setembro de 1945, findo o conflito mundial, iniciou-se o julgamento. Eram réus os chefes nazistas como Herman Goering. Julgamento público. Foi promotor-chefe Robert H. Jackson. Ampla defesa, negada a milhões de vítimas. Foi “a força do mais lúcido sentimento jurídico, o triunfo de uma moral superior, compromisso com a Justiça”, a resposta civilizada ao barbarismo. Parabéns ao autor.

O curso histórico encerrou um tempo. Esgotou-se o impulso motor que o instigava. A lição tem que ser aprendida. Os fatos não podem ser esquecidos. O tempo passa, restam as trágicas lembranças. Os fatos não se isolam. As vítimas imoladas estão vivas na memória da humanidade.

Na história, o homem trabalha com o passado. As instituições, as tradições, os costumes, com os valores humanos, com a realidade. A história é para as energias individuais um impulso e um freio, por confluir nelas as grandes reservas morais dos povos e das gerações. Contra o orgulho desvairado, os períodos históricos imbricam-se uns nos outros, como as diversas idades de um mesmo organismo. Cada período nasce do passado e prepara o futuro. A continuidade do processo histórico é uma sucessão de momentos progressivos de uma mesma vida. Clio, a musa da história, na mitologia grega, vestia-se com uma túnica branca, feita de uma peça só, simbolizando que a história não tem emendas, é inconsútil.

Professor de Direito

Fonte: Correio do Povo, edição de 26 de julho de 205, página 2.

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