Força-tarefa
pode que grupo pague R$ 156,35 milhões por dano à Petrobras
O
Ministério Público Federal pediu a condenação do ex-diretor da
Petrobras Nestor Cerveró (Internacional) e do operador de propinas
do PMDB na estatal Fernando Antônio Falcão Soares, o Fernando
Baiano, pelos crimes de corrupção (duas vezes) e lavagem de
dinheiro( 64 operações). Foi requerida, ainda, a condenação de
dois delatores da Operação Lava Jato, o doleiro Alberto Youssef e o
lobista Júlio Gerin Camargo, que denunciou ter sido pressionado pelo
deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), presidente da Câmara, suposto
recebedor de 5 milhões de dólares em propinas.
Os
procuradores sustentam que a “vantagem indevida solicitada” por
Cerveró, Baiano e Júlio Camargo alcança R$ 140,4 milhões –
equivalente a US$ 53 milhões pela taxa de câmbio de R$ 2,65, nos
termos da denúncia. A força-tarefa quer a condenação do grupo ao
pagamento de R$ 156, 35 milhões correspondente à soma de estimativa
de dano material e moral à Petrobras e à administração pública –
decorrente do pagamento da propina – e ao sistema econômico e
financeiro e à Justiça, “violados pela lavagem de dinheiro e
evasão de divisas”.
Cerveró
e Baiano, apontados como elos do PMDB no esquema de corrupção na
Petrobras, são acusados pela cobrança e recebimento de 40 milhões
de dólares no âmbito de dois contratos assinados em 2006 e 2007
pela coreana Samsung Hearvey Industries em parceria com a japonesa
Mtsui & Co., para entrega de dois navios-sonda, Petrobras 1000000
e Vitória 10000 – equipamentos para exploração de petróleo em
águas profundas.
Do
total de propina exigida, 30 milhões de dólares teriam sido
efetivamente pagos. Os outros US$ 10 milhões desviados, segundo
Júlio Camargo, foram “exigidos” pelo presidente da Câmara dos
Deputados, em 2011. O delator disse que Eduardo Cunha se dizia
“merecedor de 5 milhões de dólares”.
Fonte:
Correio do Povo, página 4 de 24 de julho de 2015.
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