Corte
adicional no Orçamento será de R$ 8,6 bi
Brasília
– O governo federal anunciou ontem que fará um corte adicional de
R$ 8,6 bilhões no Orçamento de 2015. Também confirmou que vai
propor ao Congresso uma redução da meta de superávit primário, a
economia feita pelo governo para o pagamento dos juros da dívida, de
1,1% do Produto Interno Bruto (R$ 66,3 bilhões) para 0,15% (R$ 8,7
bilhões), uma queda de 86,73%.
O
anúncio foi feito pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, que estava
acompanhado do ministro de Planejamento, Nelson Barbosa, a quem
caberá articular junto ao Congresso a redução da meta fiscal. Levy
resistiu inicialmente à ideia de reduzir a meta por temer que
enviaria o sinal errado aos mercados com o ajuste fiscal. Ontem, ele
assegurou que a redução não é uma indicação de que o governo
vai afrouxar o ajuste. A decisão pela contração da meta foi tomada
na terça-feira à noite pela presidente Dilma Rousseff e retrata o
quadro de dificuldades do governo para fechar as contas em 2015. Nos
últimos dias, a própria presidente Dilma e seus assessores
insistiam na sinalização de que a meta seria mantida.
A
meta de R$ 66,3 bilhões foi fixada no final do ano passado. Desde
sua reeleição em outubro, Dilma prometeu reequilibrar as contas
públicas para evitar que o país perca o cobiçado grau de
investimento. No entanto, a forte queda na arrecadação tributária
causada pela desaceleração econômica acabou com as esperanças do
governo de atingir sua meta original. A atual expectativa dos
economistas semanalmente ouvidos pelo Banco Central na pesquisa Focus
é de que o Produto Interno Bruto (PIB) encolha 1,7% neste ano e
cresça apenas 0,33% em 2016.
Fonte:
Correio do Povo, página 5 de 23 de julho de 2015.
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