A
concentração de riquezas oriunda das manobras tributárias entre
grandes empresas e bancos, além de empobrecer as sociedades, também
exerce uma pressão danosa sobre o Estado democrático. O alerta é
da coordenadora nacional do movimento Auditoria Cidadã da Dívida,
Maria Lúcia Fattorelli. “Para manter o poder econômico,
organizações empresariais e financeiras patrocinam campanhas
eleitorais, influenciando sobre escolha dos representantes da
sociedade”, advertiu.
De
acordo com o Instituto Justiça Fiscal (IJF), que mantém a
iniciativa 'Os donos do Congresso”, no website
(osdonosdocongresso.com.br),
a ameaça sobre o sistema democrático pode ser dimensionada com
danos recentes do Brasil, através do cruzamento de informações
sobre os políticos eleitos e quem foram os patrocinadores de suas
campanhas. “As últimas eleições tiveram 60% do financiamento com
recursos de empresas (R$ 1,15 bilhão). Na lista dos doadores figuram
cerca de 80 empresas que patrocinaram campanhas de 80% dos deputados
eleitos, o que corresponde a mais de 400dos 513 componentes da
Câmara”, exemplificou o diretor da IJF, Dão Real dos Santos.
Já
a palestrante do Instituto de Estudos Socioeconômicos de Brasília,
Grazielle David, destacou que a corrupção representa 12% do volume
de dinheiro da evasão, elisão e sonegação.
Fonte:
Correio do Povo, página 3 de 24 de julho de 2015.
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