O
Ministério Público Federal (MPF) abriu investigação para apurar
indícios de que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tenha
praticado o crime de tráfico de influência para conseguir contratos
para a empreiteira Odebrecht na República Dominicana e em Cuba,
entre 2011 e 2014. Segundo a portaria que abre o procedimento
investigatório criminal, de 8 de julho, o ex-presidente “teria
obtido vantagens econômicas da empreiteira Odebrecht, a pretexto de
influir em atos praticados por agentes públicos estrangeiros,
notadamente dos governos da República Dominicana e de Cuba e por
agentes públicos federais brasileiros”. No caso de Cuba, as obras
foram financiadas pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e
Social (BNDES).
Lula
divulgou nota na qual classificou a medida do MPF como “um
procedimento absolutamente irregular, intempestivo e injustificado”.
Segundo a nota, o ex-presidente tomará “as medidas cabíveis para
corrigir essa arbitrariedade no âmbito
do
próprio Ministério Público, sem prejuízo de outras providências
juridicamente cabíveis”.
Lula
diz ter sido surpreendido pela notícia de que o procurador Valtan
Timbó Mendes Furtado determinou a abertura de procedimento
investigatório sobre tema que já vinha sendo examinado, no âmbito
próprio, pela procuradora da República, Mirella de Carvalho Aguiar.
O
ex-diretor de Relações Institucionais da Odebrecht Alexandrino
Alencar acompanhou o ex-presidente Lula em um périplo por Cuba,
República Dominicana e Estados Unidos, em janeiro de 2013. A empresa
teria pagado as despesas do voo do ex-presidente, mesmo não sendo
uma viagem de trabalho para a empreiteira. Alexandrino empreiteira é
investigada na Operação Lava Jato.
Fonte:
Correio do Povo, página 6 de 17 de julho de 2015.
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