A
elevação da taxa de juros básica da economia de 13,75% ao noa para
14,25%, a maior média histórica verificada desde julho de 2006,
determinada pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco
Central na última quarta-feira, caiu como um verdadeiro balde de
água fria sobre o ânimo do setor produtivo. Várias entidades e
associações que representam setores da economia criticaram o
reajuste e afirmaram que esse aumento na taxa de juros somente irá
dificultar a tentativa do país de se aproximar novamente do caminho
do crescimento.
De
acordo com uma nota oficial emitida pela Confederação Nacional da
Indústria (CNI), a medida terá como consequências a inibição nos
investimentos, a diminuição no capital de giro das empresas e o
recuo no nível de consumo das famílias brasileiras.
Alternativamente, propõe a continuidade da austeridade fiscal e o
incentivo à competitividade dos segmentos ligados à produção.
Sem
dúvida, o caminho adotado pelo governo federal é o da contenção
da inflação por meio de juros altos, uma vez que o consumo é
diretamente atingido. Com o custo do dinheiro e do crédito mais
caro, as pessoas irão comprar menos, o que, se é bom para manter os
preços, não é nada bom para um país que precisa crescer e
aumentar a oferta de bens e serviços. A curto prazo, é estreme de
questionamento que o país estará mais propenso a uma retração da
economia do que a uma expansão da sua produtividade, principalmente
no varejo e na indústria.
Fonte:
Correio do Povo, editorial da edição de 31 de julho de 2015, página
2.
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