O governo federal pode usar os números como um argumento na estratégia para reformar o Poder Judiciário, de acordo com a edição desta terça-feira do jornal "O Globo". Um levantamento sobre o setor mostrou que apesar do dinheiro público gasto nos últimos anos com a manutenção do sistema, a eficiência é baixa. A pesquisa revelou, também, que as despesas do governo brasileiro com o Judiciário são 4,8 vezes maiores do que a média de todos os países, medida pelo Banco Mundial.
Entre 1995 a 2002, a União e os governos estaduais usaram, em média, R$ 28,5 bilhões por ano com o Judiciário, do pagamento de salários até infra-estrutura. O Brasil é o país em que a Justiça fica com a maior parcela do Orçamento nacional — 3,66% — e ocupa a segunda posição no ranking de países que mais gastam com a administração da Judiciário. Ao considerar a despesa por grupos de cem mil habitantes, o país somente perde para a Itália: são R$ 9,84 milhões contra o equivalente a R$ 10,76 milhões gastos pelos italianos. Para cada grupo, a média mundial é de R$ 2,04 milhões.
— O gasto com o Poder Judiciário é elevado e não há correspondência na melhora do atendimento à população. Há uma irracionalidade nessas despesas — explicou o secretário de Reforma do Judiciário do Ministério da Justiça, Sérgio Renault.
Apesar de não esclarecer quais as maiores fontes de gastos, o levantamento mostra que os salários dos juízes federais brasileiros estão entre os maiores do planeta — por volta de R$ 11 mil. O Brasil perde apenas para os juízes canadenses. Além disso, somam três vezes o valor da média mundial, ou 54 vezes o salário de um juiz no Vietnã, por exemplo.
terça-feira, 11 de agosto de 2015
Gasto com Judiciário no Brasil é quase cinco vezes mais alto que em outros países
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário