Motorista reage de maneira mais lenta ao precisar frear ou desviar
Acidentes podem ser causados por distrações ao celular | Foto: André Ávila
O celular tão indispensável nos dias de hoje pode trazer graves prejuízos quando estiver relacionado ao trânsito. Segundo o Observatório Nacional de Segurança Viária (ONSV), o uso do aparelho diminui em 35% a atenção do motorista, o que contribui para o aumento de risco de acidentes. Mas como isso ocorre?
A Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (Abramet) informa que o motorista reage de maneira mais lenta ao precisar frear ou desviar; dificilmente olha pelo retrovisor, uma vez que está focado na tela e no fluxo à frente; assume uma trajetória errática; e tem dificuldade em trocar as marchas. Outra situação é a de não conseguir controlar a velocidade do carro, que poderá ficar maior ou menor do que a ideal para o trecho.
Para se ter uma noção, para pegar um celular, o motorista demora de 3 a 4 segundos. Se ele estiver a 100 km/h, significa que o carro seguirá 100 a 120 metros num caminho cego, ou seja, sem que o motorista esteja realmente atento.
O maior problema atualmente nem são ligações, mas o hábito de mandar mensagens. Segundo o diretor da Abramet, Dirceu Rodrigues Alves Júnior, a atenção do motorista é interrompida várias vezes no processo de responder a uma simples mensagem. Primeiro pelo alerta sonoro de recebimento, depois ao ler e, em seguida, ao responder. Além disso, o motorista ainda permanece distraído, porque fica no aguardo da resposta.
Os mais afetados pelo uso inadequado do celular no trânsito são os jovens, que dominam com mais rapidez a tecnologia. De uma maneira bem radical, Alves Júnior disse que o ideal seria que o motorista desligasse o celular ao entrar no veículo. “Digitar uma mensagem é uma ação absurda na direção de um carro, uma vez que o condutor fica recebendo múltiplas informações e não consegue se focar na direção”, enfatizou.
Entre as justificativas para o uso do celular estão a curiosidade em saber o conteúdo da mensagem, o motivo da ligação e a falta de consciência dos riscos que esse comportamento pode provocar. A maioria acha que não será multado por isso.
Segundo o coordenador da Educação para o Trânsito da EPTC, Juranês Castro, há muitos acidentes causados por distrações provocadas pelo celular. Apesar de não existir dados oficiais, ele explicou que por meio da análise de câmeras de vigilância e pelas características do acidente é possível avaliar a influência que o aparelho teve.
Quase 6 mil multas no RS
Quase 6 mil multas são aplicadas por mês nas rodovias estaduais a motoristas flagrados utilizando o celular enquanto dirigem. Segundo os dados fornecidos pelo Detran/RS, entre janeiro e maio desde ano foram quase 30 mil infrações registradas por esse motivo. E se o número assusta, é importante lembrar que houve uma redução de três mil multas na comparação com o mesmo período de 2014, quando foram 33 mil.
Em Porto Alegre os números não são modestos. Em média são 80 multas por dia pelo uso do celular ao volante. Nos primeiros cinco meses foram registradas quase 12 mil multas. Na comparação com o ano passado houve uma redução de 20%. O motorista flagrado nessa situação acaba tendo que pagar uma multa de R$ 85,13. O uso do aparelho representa uma multa média, com aplicação ainda de 4 pontos na Carteira Nacional de Habilitação.
A questão preocupante é que a redução das infrações necessariamente não representa que os motoristas estejam mais conscientizados sobre os prejuízos trazidos por essa imprudência, analisa o diretor da Abramet. Para ele, o registro da infração sofre muitas flutuações por estar diretamente ligado ao aumento ou redução da fiscalização. “Quando há uma ampliação no controle, os dados se elevam, o mesmo ocorre no sentido oposto”, explica.
O que muitos esquecem é que o celular não traz distrações apenas aos motoristas. Quando se refere a trânsito, os pedestres também são prejudicados pelo uso inadequado do telefone móvel, uma vez que acabam tendo a atenção distraída pelo aparelho e se colocam em risco, como ao atravessar uma rua e não reparar no sinal do semáforo.
CEEE: concessão e venda na pauta, por Taline Oppitz
Com a proximidade do fim do prazo de concessão da CEEE, que expira na próxima terça-feira, o tema está mobilizando autoridades e parlamentares em reuniões no Estado e em Brasília. Apesar de a concessão terminar dia 7, há garantia de manutenção do contrato por mais algum tempo, pelo menos até o dia 13, quando está marcada audiência da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e do Ministério de Minas e Energia para discutir possíveis alterações no decreto do início deste mês, que estabeleceu uma série de exigências necessárias às renovações de concessões. Entre elas, garantias de equilíbrio financeiro: questões técnicas de distribuição e satisfação dos clientes. As discussões em torno da concessão da CEEE acabaram abrindo debates paralelos nos bastidores da Assembleia, conforme apurado pelo repórter Gabriel Jacobsen, da Rádio Guaíba, já que há ala de integrantes do governo que defende, internamente a venda da companhia. A iniciativa, no entanto, depende de alteração (já em análise pelo Executivo) na Constituição Estadual, que desde 2002 determina a realização de plebiscito para A VENDA DO Banrisul, da CEEE e da Corsan. Nos dois casos – para manter a CEEE e investir na empresa, ou para vendê-la -, a manutenção da concessão é imprescindível. Sem a concessão para distribuição, a companhia ganha passivo imediato de cerca de R$ 1,4 bilhão, que teria de ser assumido pelo Estado, o acionista majoritário. O valor é referente, entre outros, à liquidação antecipada de contratos de financiamentos firmados com organismos internacionais como o Banco Interamericano de Desenvolvimento e a Agência Francesa de Desenvolvimento, além de saldos relativos a ações trabalhistas e cíveis.
Para depois, se necessário
Enio Bacci e Marlon Santos, os dois deputados do PDT que integram a Comissão de Finanças, que votou ontem a Lei de Diretrizes Orçamentárias, pretendiam apresentar emenda para abrir rubrica prevendo recursos para aumento de capital da CEEE. Ambos somente desistiram da iniciativa após o líder do governo, Alexandre Postal ter se comprometido de que, se necessário, o Executivo adotaria a iniciativa, por decreto ou por projeto posterior.
'Ficamos atônitos'
O ministro do Supremo Tribunal Federal Marco Aurélio Mello afirmou em entrevista ao programa “Esfera Pública”, da Rádio Guaíba, que é inconstitucional a manobra regimental do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, que teve como resultado a votação em primeiro turno da PEC de redução da maioridade penal. “Já há jusrisprudência segmentada no Supremo, por isto ficamos atônitos”, disse o ministro. Segundo Marco Aurélio, chegando à Corte questionamento sobre a validade da votação da PEC, sua tramitação será bloqueada e “não seguirá pra segunda votação, muito menos para o Senado”.
Liminar inédita
O ex-deputado federal Beto Albuquerque, que não concorreu à reeleição, obteve liminar no Superior Tribnal de Justiça determinando que o governo federal libere seus R$ 8,3 milhões em emendas parlamentares. A decisão foi do ministro Napoleão Nunes Maia. Na ação, Beto alegou discriminação e descumprimento legal por parte do governo, já que emendas de deputados não reeleitos, que participaram da elaboração do orçamento da União para este ano, não estão sendo cumpridas, apesar da vigência do orçamento impositivo, que obriga o Planalto a liberar as emendas parlamentares. A decisão deve acabar estendida a outros ex-deputados na mesma situação.
Fonte: Correio do Povo, página 4 de 3 de julho de 2015.
Cenário de repressão à imprensa
Quatro anos depois da Primavera Árabe, que abalou diversos países localizados no Norte da África e na Península Arábica, os gritos por liberdade de expressão e de imprensa parecem ter soado vazios. O cenário de repressão é cada vez maior e tem se tornado um pesadelo para jornalistas, constantemente ameaçados pelos regimes. Na região, líderes autoritários entendem que a imprensa livre favorece novas revoluções e por isso combatem jornalistas.
Fonte: Correio do Povo,capa da edição de 2 de agosto de 2015, página 2.
CGU exige transparência de sindicatos
O Ministério do Trabalho e Emprego deverá tornar disponíveis informações relativas à contribuição sindical obrigatória recolhida para sindicatos patronais e de trabalhadores. Os dados deverão ser colocados para consulta em até 30 dias.
Fonte: Correio do Povo, capa da edição de 26 de julho de 205, página 2.
05.08.2015 | OpiniãoEstado de Exceção
Por mais de uma vez chamei a atenção de uma prática utilizada por alguns políticos e governos que é a de VITIMIZAÇÃO. Ao invés…
James M. Dressler
David Iasnogrodski
Percival Puggina
ASSALTO À BASE DE CANETAS E MALETAS
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Grêmio cobra até quarto árbitro de fora no Gre-Nal
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Amar é ... vacinar seu animal!
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- Ex-ministro José Dirceu chega a Curitiba
- Executiva do PT fala em 'estado de exceção' e convoca jornada de luta
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- CPI do futebol terá depoimento de Marin na prisão da Suíça
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05.08.2015 | FutebolDiretor do Leverkusen desdenha de time inglês em disputa por Aránguiz
O Bayer Leverkusen ofereceu menos que o Leicester City, mas continua para lá de otimista na tentativa de contratar Charles Aránguiz. Nesta terça-feira (04)…
- Por mais ritmo de jogo, atacante pede para atuar pelo time B do Inter
- Lesionados seguem fora e Grêmio amplia mistério para clássico
- CBF confirma Costa Rica como primeiro rival do Brasil após Copa América
- FIA anuncia homologação dos oito novos trens de força desenvolvidos para segunda temporada da F-E
- Bellucci é eliminado por australiano na estreia em Washington
- Brasil vence a França no Mundial de 14 anos
SOBE E DESCE
Sobe - 21.07.2015
Dilma Rousseff e a Lava Jato: Em pesquisa CNT/MDA, 69,2% dos entrevistados consideram Dilma Rousseff 'culpada' por corrupção investigada pela Operação Lava Jato.
Desce - 21.07.2015
Dilma Rousseff e seu governo: Em pesquisa CNT/MDA, ‘apenas’ 7,7% dos entrevistados avaliam o governo Dilma como ótimo ou bom. A desaprovação chega a 79,9%.
Ago
05
HOJE NA HISTÓRIA
- 2004Pentágono assegura um orçamento de US$ 417 bi para guerra
- 2000Morre sir Alec Guinness, ator britânico
- 1995Após 20 anos do fim da Guerra do Vietnã, Hanói e Washington normalizam suas relações
- 1984O ator Richard Burton, que foi casado com Elizabeth Taylor duas vezes, morre aos 58 anos de hemorragia cerebral
- 1973O programa Fantástico faz sua estréia, ainda em preto-e-branco, na TV Globo
- 1966Lançado Revolver, sétimo álbum do grupo inglês The Beatles
- 1963Os Estados Unidos, Grã-Bretanha e União Soviética assinam um tratado em Moscou banindo os testes nucleares na atmosfera, espaço e água
- 1962Marilyn Monroe é encontrada morta devido a uma dose excessiva de barbitúricos
Chegada de empresas vai reforçar a economia
Protocolo a ser assinado amanhã garante investimento de R$ 50 milhões
Para garantir investimento de quase R$ 50 milhões, o governo do Estado assinará um protocolo de intenções com três empresas amanhã. A Multiplast será instalada em Osório, litoral Norte, a Provento, em Rio Grande, na região Sul, e a Rail Investiment, em Cacequi, no Centro. Conforme o Departamento de Promoção do Investimento Nacional e Sala do Investidor da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia, além de 230 empregos diretos que devem ser gerados, o início da produção movimentará a cadeia produtiva, resultando em mais trabalho e recursos, além de receita para o Rio Grande do Sul. 'são fornecedores de matéria-prima e isso faz girar a economia como um todo. As três empresas são diferenciadas”, informa.
As negociações ocorreram através da Sala do Investidor e o Estado deverá conceder um pacote de incentivos. “O Fundopem é o principal. Também deve ter diferimento de ICMS. Na hora que a empresa está investindo, se abre mão desse imposto na aquisição de máquinas, por exemplo”, diz a secretaria.
A Multiplast fará embalagens plásticas e o investimento será de aproximadamente R$ 25 milhões. Serão 150 vagas de trabalho diretas, no Litoral Norte. O empreendimento deve reduzir a vinda de transformados plásticos de outros estados. O município de Osório tem localização estratégica para a empresa.
A Rail Investiment desenvolveu uma nova tecnologia e produzirá dormentes metálicos de trem. Segundo Boff, o polímero diferenciado é mais resistente, barato e leve do que os componentes tradicionais de madeira. O investimento será de R$ 18 milhões, com geração de 50 empregos diretos. O principal cliente da empresa é a América Latina Logística (ALL). A Provento fabricará módulos fotovoltaicos, que são placas de geração de energia solar. “Atualmente se importa esse tipo de produto, e a intenção é vender para o mercado interno”, declarou. O investimento da empresa em Rio Grande será de R$ 5 milhões. Serão 30 empregos diretos.
Fonte: Correio do Povo, página 6 de 27 de julho de 2015.
Collor propõe enquadrar MPF
O senador Fernando Collor de Mello (PTB-AL) voltou ontem à tribuna para criticar a atuação do Ministério Público Federal (MPF). Ele propôs uma “agenda suprapartidária, isenta política e ideologicamente para garantir que o MPF retorne suas atribuições e competências originais, com plena autonomia e liberdade, mas estritamente dentro dos limites constitucionais do Direito”.
“Quem freará o modus operandi do MPF? Quem, afinal, vai parar o senhor Janot?
Fernando Collor de Mello
Senador do PTB-AL
Fonte: Correio do Povo, página 6 de 17 de julho de 2015.
Colono: um forte, por Francisco Turra
Em uma das mais primorosas obras da literatura brasileira, disse o genial Euclides da Cunha: “O sertanejo, antes de tudo, é um forte”. Em várias das milhares de análises sobre a obra do autor fluminense, fica clara a alusão desse trecho à perseverança, inteligência, habilidade e capacidade de sobrevivência em meio às adversidades do inóspito sertão nordestino.
Pois façamos referência destas características aos milhões de colonos que chegaram às várias regiões deste nosso país, que romperam fronteiras, que desenvolveram e construíram suas vidas em meio às mais diversas forças contrárias, sejam da natureza, daqueles que aqui já viviam ou tantas outras.
Também inóspitas eram as terras desbravadas quando da chegada das colônias italianas, alemãs, polonesas, japonesas, holandesas, austríacas e outras. Em territórios inexplorados, cuja única certeza era a de tempos difíceis pela frente, nossos antepassados deram início a uma jornada que trouxe desenvolvimento ao interior do país.
Permita-me Euclides da Cunha pegar por emprestada sua frase e fazer justa reverência: também o colono, antes de tudo, e um forte. Das mãos calejada que aravam a terra, nasceram novas culturas e novas formas de pensar. Assim foi o cooperativismo, primor trazido ao país pelo padre Theodor Amstad em 1902, com as primeiras cooperativas de crédito e agrícolas do nosso Rio Grande do Sul, inspiradas pela experiência alemã. Os sabores que hoje encantam o Brasil, como dos nossos vinhos, também viveram da força e da perseverança dessas mãos.
Das pequenas criações de subsistência de frangos e suínos vieram as grandes organizações produtivas, que especialmente após os anos 60, com a adoção do modelo de produção integrado, permitiu ao país se consolidar como um dos mais importantes produtores de cárneos do mundo. O agronegócio, que hoje orgulha nosso país e sustenta a economia de pequenas, médias e grandes cidades, teve no colono uma de suas mais importantes contribuições.
Hoje o colono conquistou o Brasil. Não pelas armas, mas pela garra e coragem, com o júbilo que só a força do trabalho pode proporcionar Em seu dia, que sejam prestadas as mais justas homenagens àqueles que, após dia, fizeram desta Pátria um lugar melhor.
Presidente executivo da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA)
Fonte: Correio do Povo, página 2 de 25 de julho de 2015.
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