sábado, 8 de agosto de 2015

Crise na economia brasileira muda hábitos dos consumidores

Produtos supérfluos são deixados de lado
Ocorreu uma diminuição de 3% a 5% na compra de bolachas, salgadinhos, chocolates, iogurtes e achocolatados | Foto: Pável Bauken / AFP / CP
Ocorreu uma diminuição de 3% a 5% na compra de bolachas, salgadinhos, chocolates, iogurtes e achocolatados | Foto: Pável Bauken / AFP / CP

A crise na economia brasileira, especialmente em razão de fatores como inflação alta e elevação dos preços dos produtos, está obrigando os brasileiros a mudarem os seus hábitos. Este comportamento pode ser notado nos supermercados, lojas, bares e restaurantes de Porto Alegre. 

O presidente da Associação Gaúcha de Supermercados (Agas), Antônio Cesa Longo, disse que o setor percebeu há 60 dias que está ocorrendo essa conscientização por parte do consumidor quando adquire os produtos. “Os clientes estão deixando de comprar os supérfluos em razão da crise.” Segundo Longo, ocorreu uma diminuição de 3% a 5% na compra de bolachas, salgadinhos, chocolates, iogurtes e achocolatados. Conforme o presidente da Agas, os consumidores estão passando longe das gôndolas com produtos supérfluos e mantendo a compra dos produtos essenciais. 

Já o presidente do Sindicato de Hospedagem e Alimentação de Porto Alegre e Região (Sindha), Henry Chmelnitsky, explicou que o movimento caiu em restaurantes e na rede hoteleira da Capital e da Região Metropolitana. Uma estimativa do Sindha aponta redução de 15% a 20% no setor da hospedagem e hotelaria no Estado por conta da crise na economia brasileira. 

Uma pesquisa feita pelo SPC Brasil e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) mostra que a maioria dos brasileiros está pessimista com os rumos da economia do Brasil. Além disso, 56,1% acreditam na piora do cenário nos próximos meses em relação a 2014. 

De acordo com os dados levantados, 61,3% dos entrevistados disseram que pretendem diminuir a compra de produtos supérfluos. O setor mais afetado, segundo a pesquisa, será o da alimentação, já que 47,7% têm a intenção de cortar os gastos com refeições fora de casa, sobretudo os consumidores pertencentes às classes C, D e E (55,7%).

As despesas com lazer também devem ser afetadas: 43,1% pretendem diminuir gastos com cinema e 33,7% com bares e restaurantes. Outros cortes incluem itens de supermercado de menor necessidade, como iogurtes, congelados, carne, leite e bebidas (35,4%).

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