sexta-feira, 7 de agosto de 2015

Banco Central aumenta intervenção no mercado de câmbio

dólar

O swap cambial é uma ferramenta que permite ao Banco Central intervir no câmbio sem comprometer as reservas internacionaisArquivo/Agência Brasil

O Banco Central (BC) decidiu aumentar a intervenção no mercado de câmbio hoje (7), após seis dias seguidos de alta do dólar. Ontem (6), o dólar comercial fechou o dia vendido a R$ 3,537, com alta de R$ 0,048 (1,39%). A cotação chegou ao maior nível desde 5 de março de 2003, quando fechou em R$ 3,555. Hoje, por volta das 10h, o dólar comercial para venda estava cotado em R$ 3,548, alta de 0,30%.

Na noite de ontem (6), o BC informou que o leilão de hoje de rolagem (renovação) deswaps cambiais, operações equivalentes à venda de dólares no mercado futuro, alcançará 11 mil contratos. Anteriormente, o BC estava colocando no leilão 6 mil contratos, ou seja, a renovação englobava 60% dos contratos. Se mantiver o ritmo, com 11 mil contratos, o BC poderá rolar 100% dos contratos.

O dólar começou a subir desde que a equipe econômica anunciou, há duas semanas, a redução para 0,15% do Produto Interno Bruto (PIB, soma das riquezas produzidas no país) da meta de superávit primário (economia para pagar os juros da dívida pública). Segundo economistas ouvidos pela Agência Brasil, a possibilidade de o país perder o grau de investimento das agências de classificação de risco pressionou o câmbio.

Ontem, na máxima do dia, a moeda chegou a R$ 3,571, após a divulgação de pesquisa sobre a queda na popularidade da presidenta Dilma Rousseff.

Para tentar conter a alta, o diretor de Política Monetária do BC, Aldo Mendes, disse ontem em entrevista ao Valor Econômico que o “preço do dólar está claramente esticado” e que os agentes econômicos estão agindo “aparentemente com pouca racionalidade”.

Mercado futuro

Desde maio de 2013, quando os Estados Unidos começaram a reduzir as injeções de dólares na economia mundial, o BC voltou a vender dólares no mercado futuro para segurar a cotação da moeda norte-americana e oferecer proteção cambial para as empresas em momentos de forte oscilação da moeda. Em agosto daquele ano, o programa tornou-se permanente, com o BC ofertando diariamente contratos de swap.

A política durou até março deste ano, quando o Banco Central parou de ofertar novos lotes. Desde então, a autoridade monetária passou a rolar 70% dos contratos em vigor. Depois, o BC reduziu essa rolagem para 60%.

Nos meses em que o dólar sobe, o BC tem prejuízo com as operações de swap. Quando a cotação cai, o órgão tem lucro. Os resultados são transferidos para os juros da dívida pública, aliviando as contas públicas quando os contratos de swap são favoráveis à autoridade monetária e precisando ser cobertos com as emissões de títulos públicos pelo Tesouro Nacional quando ocorrer o oposto.

Criado em 2001, o swap cambial é uma ferramenta que permite ao Banco Central intervir no câmbio sem comprometer as reservas internacionais. O BC vende contratos de troca de rendimento no mercado futuro. Apesar de serem em reais, as operações são atreladas à variação do dólar. No swap cambial, a autoridade monetária aposta que o dólar subirá mais que a taxa DI. Os investidores apostam o contrário. No fim dos contratos, ocorre uma troca de rendimentos (swap) entre as duas partes. Quando o dólar sobe, o BC tem prejuízo proporcional ao número de contratos em vigor. Quando a cotação cai, os investidores deixam de lucrar.

 

Agência Brasil

 

Faculdade de Medicina em Porto Alegre

Foto de Daniel Castro.

 

EI inspirou homicídios de marines

    Washington – O jovem que matou quatro fuzileiros navais americanos na última quinta-feira na região de Chattanooga, no Tennessee, teria se inspirado no grupo Estado Islâmico (EI). “Os alvos são idênticos aos propostos pelo EI”, disse uma autoridade envolvida nas investigações. O assassino, morto no tiroteio, foi identificado como Mohammad Yussuf Abdulazeez, de 24 anos.

Fonte: Correio do Povo, página 8 de 19 de julho de 2015.

 

 

El Chapo foge da prisão

    Cidade do México – O narcotraficante mexicano Joaquín “El Chapo” Guzmán, líder do poderoso cartel de Sinaloa, escapou de uma penitenciária de segurança máxima por um túnel de 1.500 metros de comprimento, informou neste domingo a Comissão Nacional de Segurança. Quando as autoridades procuraram o narcotraficante em sua cela na noite de sábado, encontraram uma “boca de túnel” na área do banheiro, disse um porta-voz.
    O sofisticado canal, de 1,7 metros de altura por 80 centímetros de largura, contava com ventilação e iluminação. Em um trecho, as autoridades encontraram uma motocicleta adaptada sobre trilhos que teria servido para transportar as ferramentas e máquinas necessárias para as obras de escavação, assim como para retirar a terra.


Fonte: Correio do Povo, página 6 de 13 de julho de 2015.

 

El Niño forte pela terceira semana seguida

    As anomalias de temperatura da superfície do mar (TSM) positivas na área do Pacífico Equatorial diminuíram na última semana, conforme os dados semanais que foram divulgados ontem pela Noaa (EUA). Mesmo assim o El  Niño segue sendo de forte intensidade, uma vez que a anomalia no Pacífico Equatorial Central (região Niño 3.4) segue acima do patamar de +1,5ºC que determina forte intensidade e pela terceira semana seguida. O aquecimento perdeu mais força no Pacífico Equatorial Leste (Niño 1+2), perto da América do Sul mas esta região costuma apresentar grandes oscilações para mais ou para menos em curto intervalo. Crucial é se ter em conta que o El Niño não só continua como forte a maioria dos modelos indica o fenômeno se prolongando durante o restante do segundo semestre e começo de 2016. Vários indicam intensificação do El Niño no fim do inverno e na primavera. Com isso, a ameaça de novos eventos de chuva extrema no Rio Grande do Sul e Sul do Brasil prossegue nos próximos meses.

Fonte: Correio do Povo, coluna Tempo & Clima, página 16 de 28 de julho de 2015.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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