Final
de semana teve protestos em Porto Alegre e Sapucaia do Sul contra
possíveis privatizações
O
final de semana foi marcado por atos em defesa das fundações
estaduais que estão ameaçadas de extinção. As manifestações
incluíram abraços simbólicos no Jardim Botânico e no Parque
Zoológico de Sapucaia do Sul, que integram a Fundação Zoobotânica,
e palmas em frente às sedes da Fundação de Esportes do Rio Grande
do Sul (Fundergs) e da Fundação Estadual de Produção e Pesquisa
em Saúde (Fepps).
Servidores só zoológico e pessoas
da comunidade tentaram ontem sensibilizar o Estado, que encaminhou
projeto à Assembleia Legislativa para extinguir as fundações.
“Queremos reverter esta decisão”, afirmou o representante dos
funcionários, Jair Giovani de Castro, que participou do abraço ao
zoológico. Ele alega que a proposta é muito ampla e não há
previsão do que acontecerá com o espaço e o pessoal.
Boa parte dos trabalhadores tem de 14
a 40 anos de serviço ao zoológico. Caso a administração passe
para a iniciativa privada, serviços para a comunidade estariam
ameaçados, conforme Castro. “Recebemos colégios. Cada ônibus com
estudantes paga apenas R$ 67,00, declarou. Os tratadores Geovar
Rodrigues, 57 anos, e Mara Regina Garzão, 57, estão sofrendo com a
indecisão. Eles têm um carinho especial pelo local, pois foi lá
que se conheceram e apaixonaram-se. A união já dura 23 anos. “Foi
amor à primeira vista”, contou ela.
No sábado, cerca de cem ciclista se
reuniram no Monumento ao Expedicionário, na Redenção, em Porto
Alegre, e realizaram uma pedalada, passando em frente às sedes da
Fundergs e da Fepps, além do Jardim Botânico. Uma das organizadoras
do ato, Karin Potter, destacou que “trabalhos como as pesquisas de
base só podem ser realizadas pelo poder público”, pois não há
interesse pelo lucro.
Debate
público
Acontece
hoje, a partir das 19h, a audiência pública que discutirá a
privatização do Parque Zoológico de Sapucaia do Sul. A atividade é
promovida pela Comissão de Saúde e Meio Ambiente da Assembleia
Legislativa e contará com a participação de representantes da
prefeitura. A discussão acontece no auditório da escola Vanessa
Ceconet, em Sapucaia. Segundo o prefeito Vilmar Ballin, a
administração é contra a privatização. “Pedimos que a
população abrace esta causa, pois se a fundação for extinta,
provocará perdas imensuráveis para todos.”
Fonte: Correio do Povo, página 10 de
24 de agosto de 2015.
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