Rodrigo Janot foi sabatinado por mais
de dez horas por comissão do Senado
Após mais de dez horas de sabatina,
a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou
ontem, em votação secreta, por 26 votos a um, a recondução ao
cargo do atual procurador-geral da República, Rodrigo Janot. A
indicação foi aprovada também pelo plenário do Senado. Candidato
mais votado na lista tríplice do Ministério Público Federal, Janot
foi indicado pela presidente Dilma Rousseff para mais dois anos à
frente da Procuradoria Geral da República (PGR).
Durante a sabatina na comissão,
Janot ficou frente a frente, por mais de três horas, com o senador
Fernando Collor (PTB-AL), que compareceu disposto a constranger o
adversário. Suplente na CCJ, Collor se sentou na primeira fileira,
de onde podia encarar Janot. O senador questionou contratos feitos
pela PGR com empresa de assessoria de imprensa e o aluguel de um
imóvel, afirmou que Janot protegeu, em 1995, um parente que era
procurado pelo Interpol, escondendo-o em uma casa Angra dos Reis, e
acusou Janot de ter advogado para uma empresa contra interesses da
União. Segundo testemunhas, Collor sussurrou xingamentos que não
foram captados pelo microfone. Janot reagiu e negou todas as
acusações. Sobre ter deixado “vazar” nomes de investigados
disse: “Não se vaza nomes que não estão na lista. Eu sou
discreto.”
Fonte: Correio do Povo, página 3 de
27 de agosto de 2015.
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