Com
o plantio de milho iniciado no Estado, os produtores que na safra
2014/2015 não receberam cartelas com ovos de vespa para experimentar
o controle biológico estão fazendo contato com a Emater para
solicitar. “Muitos produtores queriam usar, mas não chegaram a
receber. Desmotivados, acabam comprando produto tradicional”,
avalia o agrônomo Luiz Antônio Rocha Barcellos, assistente técnico
regional da Emater em Santa Maria. Ele afirma que a demanda pelo
produto é grande, só não é maior porque não há nenhuma fábrica
comercial no Rio Grande do Sul para atender à demanda. E mesmo que
os agricultores comprem de outros estados, como São Paulo, o produto
demora para chegar e não há volume suficiente.
Não
é o caos do agricultor Marcelo Dreschler, que planta 10 hectares de
milho para silagem em Caiçara. Na safra 2015/2015 ele fez o
experimento em dois hectares e aprovou o resultado. Neste ano, ele
pretende recorrer ao controle biológico em toda a área. “Não tem
muito segredo para aplicar funciona. As cartelas de vespa têm um
efeito seletivo, agem só na lagarta”, destaca. Além de ser menos
trabalhoso, o agricultor destaca a vantagem no custo – R$
30,00/hectare para a cartela com ovos de vespas compradas em São
Paulo. Já o custo do controle químico pode chegar a R$ 200,00 o
litro do produto – Dreschler utiliza, em média, 1,5 litro cada
aplicação e, muitas vezes, é necessário fazer duas ou três
aplicações.
Fonte:
Correio do Povo, página 9 de 18 de agosto de 2015.
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