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quinta-feira, 20 de agosto de 2015

Afocefe critica imposto maior

O Rio Grande do Sul tem capacidade de sair da crise financeira sem recorrer ao aumento de impostos, principalmente de ICMS, como deseja o governo de José Ivo Sartori. A avaliação é do presidente da Afocefe/Sindicato, Carlos De Martini Duarte, que ontem apresentou um estudo sobre a arrecadação de impostos e propostas para enfrentar a crise no Estado.
Segundo Duarte, as fontes tradicionais de receitas não estão esgotadas, o que não justifica a elevação de impostos. “Os aumentos de alíquota do ICMS irão penalizar toda a sociedade em um andamento em que existem recursos robustos que podem ser aproveitados”, explicou.
Como exemplo citou o contrabando, que anualmente causa prejuízo de R$ 500 milhões aos cofres do Estado: “Se o governo decidisse enfrentar o problema de forma mais firme, teríamos uma importante fonte de receita”. Conforme Duarte, no setor de fumo o contrabando responde por quase 50% dos cigarros vendidos no RS, uma evasão de R$ 115 milhões em 2014.
O estudo da Afocefe mostra que o Estado está hoje em 20º lugar na tabela de arrecadação de ICMS por estado e abaixo da média nacional. Segundo o Sindicato Nacional dos Procuradores da Fazenda Nacional (Sinprofaz), a sonegação corresponde a 27,6% do ICMS, ou R$ 7,33 bilhões por ano.
Para Duarte, o motivo é o desmonte da fiscalização ostensiva, com o fechamento de 10 postos fiscais e 60 turmas volantes. Ele propôs medidas para melhorar a arrecadação, entre elas a mudança de comportamento na gestão da Receita Estadual, permitindo que técnicos tributários atuem com efetividade, a instituição de equipes de fiscalização com auditores fiscais e técnicos tributários desenvolvendo ações regulares e a criação de agências móveis de fiscalização para enfrentar a sonegação, o contrabando e a evasão fiscal.



Fonte: Correio do Povo, página 7 de 20 de agosto de 2015.

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