Gestão 2015-2019 prevê
aplicação de US$ 130,3 bi menor nível desde 2008
Rio
– A Petrobras vai Investir menos nos próximos anos. O Plano de
Negócios e Gestão 2015-2019 prevê 130,3 bilhões de dólares em
investimentos – uma redução de 37% na comparação com o plano
anterior, de 2014 a 2018, que previa 220,6 bilhões. É o menor nível
desde 2008. A Petrobras destaca que seu plano de negócios para os
próximos cinco anos tem o objetivo principal de reduzir o elevado
nível de endividamento da companhia.
Para
melhorar a situação das contas, além de reduzir investimentos, a
empresa também pretende vender bens e outros ativos – é o chamado
desinvestimento. O montante de venda previsto para este e o próximo
ano soma 15,1 bilhões de dólares, ante a estimativa anterior de
13,7 bilhões. Do total, 30% serão em exploração e produção, 30%
no abastencimento e 40% em gás e energia. Em 2017 e 2018 os
desinvestimentos deverão somar 42,6 bilhões de dólares, incluindo
uma reestruturação de negócios, desmobilização de ativos (venda
de um bem, que poderá ser alugado em seguida) e desinvestimentos
adicionais.
A maior
parte dos investimentos – 108,6 bilhões de dólares – será
feita na área de exploração e produção. Deste valor, 86% serão
destinados ao desenvolvimento da produção e 3% em suporte
operacional. Serão investidos 64,4 bilhões de dólares em novos
sistemas de produção no Brasil – deste total, 91% no pré-sal. A
área de Abastecimento, que foi um dos maiores focos de caso de
corrupção revelados pela Operação Lava Jato da Polícia Federal,
receberá apenas 12,8 bilhões de dólares, 10% do total. A Petrobras
também reduziu a sua meta de produção para 2020. No Brasil, a
estimativa de produção de óleo e gás foi revisada de 4,2 milhões
de barris diários para 2,8 milhões de barris. Na produção total
(país e exterior), o número baixou de 5,3 milhões para 3,7
milhões.
Em maio,
a Petrobras informou que fechou o primeiro trimestre do ano com lucro
líquido de R$ 5,330 bilhões, leve queda de 1% ante os três
primeiros meses do ano passado. A divulgação ocorreu menos de um
mês após a estatal ter divulgado o balanço do terceiro trimestre
de 2014 e de todo o ano passado, auditado, com cinco meses de atraso.
A companhia registrou em 2014 um prejuízo de R$ 21.587 bilhões, o
primeiro resultado negativo desde 1991.
Fonte: Correio do Povo,
página 5 de 30 de junho de 2015.
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