sábado, 11 de julho de 2015

Onde o El Niño é desastre para a economia

Dois países, em particular, têm altíssimos riscos com a ocorrência do El Niño. Hoje, o fenômeno está no limite de moderado e forte pode ser intenso nos próximos meses, tal como em 1982/1983 e 1997/1998. Em 1983, o PIB do Peru despencou 12%, sobretudo pela redução na produção agrícola e pesqueira. A economia nacional levou uma década pra se recuperar. Os danos estimados em países da Comunidade Andina (Bolívia, Colômbia, Equador, Peru e Venezuela) causados pelo El Niño de 1997/1998 foram de 7,5 bilhões de dólares. Peru e Equador enfrentaram forte contração econômica. A dívida pública dos dois países deu um salto com a queda de arrecadação tributária e os gastos para atender às emergências climáticas. A MetSul conversou esta semana com Abraham Levy, maior nome da meteorologia peruana. Segundo ele, o país já começa a sentir com força os efeitos deste El Niño, Lima teve o outono mais quente até hoje e já começou a mortandade de animais marinhos na costa devido às águas muito quentes.


Fonte: Correio do Povo, coluna Tempo & Clima, página 12 de 5 de julho de 2015.

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