Dois
países, em particular, têm altíssimos riscos com a ocorrência do
El Niño. Hoje, o fenômeno está no limite de moderado e forte pode
ser intenso nos próximos meses, tal como em 1982/1983 e 1997/1998.
Em 1983, o PIB do Peru despencou 12%, sobretudo pela redução na
produção agrícola e pesqueira. A economia nacional levou uma
década pra se recuperar. Os danos estimados em países da Comunidade
Andina (Bolívia, Colômbia, Equador, Peru e Venezuela) causados pelo
El Niño de 1997/1998 foram de 7,5 bilhões de dólares. Peru e
Equador enfrentaram forte contração econômica. A dívida pública
dos dois países deu um salto com a queda de arrecadação tributária
e os gastos para atender às emergências climáticas. A MetSul
conversou esta semana com Abraham Levy, maior nome da meteorologia
peruana. Segundo ele, o país já começa a sentir com força os
efeitos deste El Niño, Lima teve o outono mais quente até hoje e já
começou a mortandade de animais marinhos na costa devido às águas
muito quentes.
Fonte:
Correio do Povo, coluna Tempo & Clima, página 12 de 5 de julho
de 2015.
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