No final
de semana, mais uma leva de imigrantes chegou ao Rio Grande do Sul.
Ao todo, foram três na tarde de sábado e 28 na madrugada de
domingo, segundo o coordenador da Igualdade Étnica e Racial da
Secretaria Estadual da Justiça e dos Direitos Humanos, Sérgio
Nunes. Ao longo da semana, são esperados mais imigrantes. Mas, assim
como tem ocorrido, as informações são desencontradas.
Os
estrangeiros vindos do Acre estão sendo recepcionados e levados ao
Centro Vida, na zona Norte. No local, foi montada uma espécie de
abrigo. Estão organizados dormitórios, local para refeições e
também para higiene básica. Como eles sofrem com as temperaturas
mais baixas, típicas desta época do ano no RS, são
disponibilizados roupas.
A
maioria é de homens. No domingo, entre os 28, havia um senegalês,
um gambiano e 26 haitianos. Alguns nem chegaram a permanecer muito
tempo no Centro Vida. Um grupo partiu para Marau, atrás de emprego.
Como a
vinda dos imigrantes tem se tornado mais frequente, os que chegam
recebem apoio dos conterrâneos mais antigos. O idioma ainda é a
principal barreira na adaptação. Questionados sobre a expectativa
da nova vida, a resposta é unânime: boa.
Nem tudo
tem sido felicidade. Alguns foram ao Interior em busca de trabalho
voltaram diante da falta de oportunidades. “Tentamos de todas as
maneiras recolocá-los, mas está difícil para todo mundo”,
comentou o senegalês Mor Ndiayê, que recepcionou os conterrâneos.
Fonte:
Correio do Povo, página 12 de 29 de junho de 2015.
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