1. Neste domingo (05), o governo grego fará realizar um referendo sobre o acordo com a União Europeia e as obrigações do governo grego. Uma vitória do NÃO, defendido pelo governo de esquerda, legitimará as ações de resistência dele em relação às medidas exigidas. O SIM poderá abrir as portas para o acordo, com o governo lavando as mãos, dizendo ter honrado seus compromissos, mas que a decisão foi do povo. Ou renunciando e convocando novas eleições.
2. As consequências do rompimento do acordo com a União Europeia são imprevisíveis, pois enquanto alguns dizem que virá o caos, outros acham que a União Europeia terá que acomodar uma solução.
3. A vitória do SIM aliviará as tensões, pois o acordo seria cumprido, legitimado pelo voto popular.
4. O debate político e econômico passou a incorporar os líderes políticos e grandes economistas, envolvendo a Europa e os Estados Unidos. Lideres políticos europeus a favor do SIM dão entrevistas e gravam para as redes sociais tentando mostrar que a vitória do NÃO seria o caos e só a vitória do SIM permitiria uma transição para a normalidade. O primeiro ministro espanhol tem sido enfático.
5. Os economistas, na sua grande maioria, defendem o SIM. Mas dois grandes economistas, Paul Krugman e Stiglitz, defendem o NÃO em artigos e entrevistas. (Globo, 30/06) “Dois vencedores do Nobel de Economia — Joseph Stiglitz e Paul Krugman — também são contrários à aplicação de mais medidas de austeridade por Atenas. E registraram isso em artigos divulgados nesta segunda-feira em que tecem duras críticas à chamada troika — Banco Central Europeu (BCE), Comissão Europeia (CE) e Fundo Monetário Internacional (FMI) — e à receita aplicada por eles à Grécia nos últimos cinco anos.”
6. As pesquisas flutuam. Numa delas o SIM tem 57%. Em outra, mais recente, o NÃO tem 47% e há 17% de indecisos.
7. É importante lembrar que o sistema eleitoral grego dá ao partido com maioria simples no parlamento uma bonificação de 50 deputados para formar maioria e, com isso, dar estabilidade ao sistema. Na última eleição em que venceu a esquerda, essa obteve 37% dos votos nominais. Ou seja, para vencer o referendo deste domingo, suas posições deverão ter avançado pelo menos 13 pontos nesses meses de conflito nas negociações. O partido de centro que governava, obteve nessa eleição 28% dos votos, e os demais pulverizados, no entorno dos 5% e abaixo. A expectativa de caos econômico e o fechamento dos bancos reforça a defesa do SIM.
8. A Grécia tem 10 milhões de eleitores inscritos. Na última eleição a abstenção foi de 35%, responsabilidade atribuída às distâncias até às sessões eleitorais e dificuldade de mobilidade. Brancos e Nulos alcançaram 2,3%. Analistas mais confiáveis e estudos dos principais bancos e empresas europeias indicam uma probabilidade maior de vitória do SIM, mas com um resultado apertado, o que poderia exigir renúncia do governo e nova eleição.
9. O mundo político e econômico aguarda com ansiedade o final da tarde de domingo, quando as pesquisas de boca de urna serão publicadas e os resultados começarão a ser divulgados.
* * *
IBOPE: 18-21 JUNHO, 2002 ENTREVISTAS!
1. Avaliação do governo da presidente Dilma Rousseff: Ótimo+Bom 9%. Ruim+Péssimo 68%.
2. Confiança. 20% dos entrevistados disseram ter confiança na presidente Dilma. 78% afirmaram não confiar nela.
3. Maneira de governar. O percentual dos eleitores que aprovam a maneira de governar de Dilma são 15% e os que desaprovam são 83%.
4. Segundo mandato. 82% avaliam que o segundo mandato está sendo pior que o primeiro. 14% apontam a gestão como igual à anterior, 3% considera a administração no segundo mandato melhor.
5. Restante do mandato. 11% da população acredita que o restante do segundo governo será ótimo ou bom. 61% consideram que será ruim ou péssimo.
6. Notícias mais lembradas. Operação Lava Jato/Petrobras: 20% / - mudanças na aposentadoria: 16% / - mudanças no seguro-desemprego: 8%
- corrupção no governo: 6% / - inflação: 4%.
7. Aprovam x Desaprovam o governo por área. Combate à fome e à pobreza: Aprovam 29% - Desaprovam 68% / Meio Ambiente: Aprovam 27% - Desaprovam 63% / Educação: Aprovam 24% - Desaprovam 74% / Combate ao desemprego: Aprovam 15% Desaprovam 83% / Segurança pública: Aprovam 14% - Desaprovam 84% / Saúde: Aprovam 13% - Desaprovam 86% / Combate à inflação: Aprovam 11% - Desaprovam 86% / Impostos:
Aprovam 7% - Desaprovam 90% / Taxa de juros: Aprovam 6% - Desaprovam 90%.
* * *
A "PRIMAVERA ÁRABE" DA TUNÍSIA!
1. O primeiro-ministro da Tunísia, Habib Essid, anunciou este sábado que durante a próxima semana vai fechar 80 mesquitas salafistas, por considerar que estes locais são usados para espalhar o "veneno" jihadista. A decisão de Habib Essid surge um dia depois do ataque terrorista na zona balnear de Sousse que provocou a morte de 38 pessoas.
2. O turismo é uma das receitas da Tunísia e Essid um conjunto adicional de medidas que incluem a presença de reservistas do Exército nas zonas turísticas e nos locais arqueológicos. Em conferência de imprensa, o chefe do Governo da Tunísia disse que também iria sancionar todos os partidos e grupos que ajam à margem da Constituição e colaborem com a propaganda terrorista.
3. Em menos de quatros meses, a Tunísia foi palco de dois atentados que transformaram os turistas em alvos. Recorde-se que em março um atentado contra o Museu do Bardo, em Tunes, assassinou 22 pessoas. O jornal espanhol "El Pais" diz que os operadores britânicos de turismo estão evacuando os turistas em férias na Tunísia. O número total de turistas para serem repatriados ronda os 2500.
4. A Tunísia era apontada, junto com o Líbano e a Argélia, um dos casos de relativo sucesso depois da chamada Primavera Árabe.
Ex-Blog do Cesar Maia
2. As consequências do rompimento do acordo com a União Europeia são imprevisíveis, pois enquanto alguns dizem que virá o caos, outros acham que a União Europeia terá que acomodar uma solução.
3. A vitória do SIM aliviará as tensões, pois o acordo seria cumprido, legitimado pelo voto popular.
4. O debate político e econômico passou a incorporar os líderes políticos e grandes economistas, envolvendo a Europa e os Estados Unidos. Lideres políticos europeus a favor do SIM dão entrevistas e gravam para as redes sociais tentando mostrar que a vitória do NÃO seria o caos e só a vitória do SIM permitiria uma transição para a normalidade. O primeiro ministro espanhol tem sido enfático.
5. Os economistas, na sua grande maioria, defendem o SIM. Mas dois grandes economistas, Paul Krugman e Stiglitz, defendem o NÃO em artigos e entrevistas. (Globo, 30/06) “Dois vencedores do Nobel de Economia — Joseph Stiglitz e Paul Krugman — também são contrários à aplicação de mais medidas de austeridade por Atenas. E registraram isso em artigos divulgados nesta segunda-feira em que tecem duras críticas à chamada troika — Banco Central Europeu (BCE), Comissão Europeia (CE) e Fundo Monetário Internacional (FMI) — e à receita aplicada por eles à Grécia nos últimos cinco anos.”
6. As pesquisas flutuam. Numa delas o SIM tem 57%. Em outra, mais recente, o NÃO tem 47% e há 17% de indecisos.
7. É importante lembrar que o sistema eleitoral grego dá ao partido com maioria simples no parlamento uma bonificação de 50 deputados para formar maioria e, com isso, dar estabilidade ao sistema. Na última eleição em que venceu a esquerda, essa obteve 37% dos votos nominais. Ou seja, para vencer o referendo deste domingo, suas posições deverão ter avançado pelo menos 13 pontos nesses meses de conflito nas negociações. O partido de centro que governava, obteve nessa eleição 28% dos votos, e os demais pulverizados, no entorno dos 5% e abaixo. A expectativa de caos econômico e o fechamento dos bancos reforça a defesa do SIM.
8. A Grécia tem 10 milhões de eleitores inscritos. Na última eleição a abstenção foi de 35%, responsabilidade atribuída às distâncias até às sessões eleitorais e dificuldade de mobilidade. Brancos e Nulos alcançaram 2,3%. Analistas mais confiáveis e estudos dos principais bancos e empresas europeias indicam uma probabilidade maior de vitória do SIM, mas com um resultado apertado, o que poderia exigir renúncia do governo e nova eleição.
9. O mundo político e econômico aguarda com ansiedade o final da tarde de domingo, quando as pesquisas de boca de urna serão publicadas e os resultados começarão a ser divulgados.
IBOPE: 18-21 JUNHO, 2002 ENTREVISTAS!
1. Avaliação do governo da presidente Dilma Rousseff: Ótimo+Bom 9%. Ruim+Péssimo 68%.
2. Confiança. 20% dos entrevistados disseram ter confiança na presidente Dilma. 78% afirmaram não confiar nela.
3. Maneira de governar. O percentual dos eleitores que aprovam a maneira de governar de Dilma são 15% e os que desaprovam são 83%.
4. Segundo mandato. 82% avaliam que o segundo mandato está sendo pior que o primeiro. 14% apontam a gestão como igual à anterior, 3% considera a administração no segundo mandato melhor.
5. Restante do mandato. 11% da população acredita que o restante do segundo governo será ótimo ou bom. 61% consideram que será ruim ou péssimo.
6. Notícias mais lembradas. Operação Lava Jato/Petrobras: 20% / - mudanças na aposentadoria: 16% / - mudanças no seguro-desemprego: 8%
- corrupção no governo: 6% / - inflação: 4%.
7. Aprovam x Desaprovam o governo por área. Combate à fome e à pobreza: Aprovam 29% - Desaprovam 68% / Meio Ambiente: Aprovam 27% - Desaprovam 63% / Educação: Aprovam 24% - Desaprovam 74% / Combate ao desemprego: Aprovam 15% Desaprovam 83% / Segurança pública: Aprovam 14% - Desaprovam 84% / Saúde: Aprovam 13% - Desaprovam 86% / Combate à inflação: Aprovam 11% - Desaprovam 86% / Impostos:
Aprovam 7% - Desaprovam 90% / Taxa de juros: Aprovam 6% - Desaprovam 90%.
A "PRIMAVERA ÁRABE" DA TUNÍSIA!
1. O primeiro-ministro da Tunísia, Habib Essid, anunciou este sábado que durante a próxima semana vai fechar 80 mesquitas salafistas, por considerar que estes locais são usados para espalhar o "veneno" jihadista. A decisão de Habib Essid surge um dia depois do ataque terrorista na zona balnear de Sousse que provocou a morte de 38 pessoas.
2. O turismo é uma das receitas da Tunísia e Essid um conjunto adicional de medidas que incluem a presença de reservistas do Exército nas zonas turísticas e nos locais arqueológicos. Em conferência de imprensa, o chefe do Governo da Tunísia disse que também iria sancionar todos os partidos e grupos que ajam à margem da Constituição e colaborem com a propaganda terrorista.
3. Em menos de quatros meses, a Tunísia foi palco de dois atentados que transformaram os turistas em alvos. Recorde-se que em março um atentado contra o Museu do Bardo, em Tunes, assassinou 22 pessoas. O jornal espanhol "El Pais" diz que os operadores britânicos de turismo estão evacuando os turistas em férias na Tunísia. O número total de turistas para serem repatriados ronda os 2500.
4. A Tunísia era apontada, junto com o Líbano e a Argélia, um dos casos de relativo sucesso depois da chamada Primavera Árabe.
Ex-Blog do Cesar Maia
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