Credores exigem solução
até o dia 30. Dívida chega a 1,6 bilhão de euros
Atenas
– O primeiro-ministro da Grécia, Alexis Tsipras, viajou para
Bruxelas na noite de ontem para uma reunião de emergência que pode
ser crucial para a permanência do país na zona do euro. A viagem
ocorre após um dia inteiro de contatos por telefone com os
principais atores das negociações entre o governo grego e seus
credores, incluindo a chanceler da Alemanha , Angela Merkel e o
presidente da França, Frnçois Hollande, além do presidente da
Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker.
A Grécia
fez uma apresentação prévia de um conjunto de propostas que serão
levadas aos credores. Ainda não havia sido divulgada ontem a lista
exata das novas concessões que o governo grego estaria oferecendo. A
negociação incluiria o aumento do Imposto sobre Valor Agregado
(IVA), a elevação da meta de superávit primário e o fim do regime
de aposentadoria antecipada. O governo estaria disposto também a
alterar tributos sobre alguns alimentos e sobre o setor hoteleiro.
São as pensões, no entanto, que estão entre os pontos de maios
desacordo entre a Grécia e os credores, que estão exigindo cortes
nesse benefício, correspondente hoje a aproximadamente de 1% do
Produto Interno Bruto (PIB) grego de 2016.
“O
primeiro-ministro apresentou aos três líderes a proposta para um
acordo mutuamente benéfico que chegue a uma solução definitiva e
não adie o problema”, afirmou o governo do premiê Alexis Tsipras
em comunicado. Em crise desde 2010, a Grécia tem dívidas coma União
Europeia (UE) e com o Fundo Monetário Internacional (FMI). No
próximo dia 30 chega ao fim o programa de resgate, ou seja, a
data-limite para que o governo grego pague o débito correspondente a
1,6 bilhão de euros (R$ 5,7 bilhões).
Fonte:
Correio do Povo, página 5 de 22 de junho de 2015.
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